RACISMO E A DERROTA QUE NÃO FOI ESQUECIDA: UMA ANÁLISE DOS DISCURSOS DE MÁRIO FILHO NA OBRA “O NEGRO NO FUTEBOL BRASILEIRO” E DA IMPRENSA ESCRITA ACERCA DA FINAL DA COPA DO MUNDO DE 1950
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-8918.15923Palavras-chave:
Futebol. Racismo. Análise do discurso. Imprensa escrita.Resumo
O objetivo deste trabalho é comparar o discurso estabelecido por Mário Filho na segunda edição de “O Negro no Futebol Brasileiro”, de 1964, e as notícias dos jornais da época, no que se refere à culpa atribuída aos jogadores negros pela derrota de 1950. Eles foram realmente culpados pela imprensa brasileira ou se está falando de uma “tradição inventada” por Mário Filho no entorno futebolístico? A fim de solucionar a questão, utilizou-se dos preceitos da análise do discurso e foram selecionados dois periódicos de grande circulação nacional: o jornal “O Estado de São Paulo” e a revista “O Cruzeiro”. Com base nas matérias averiguadas, pôde-se perceber que não houve qualquer tipo de preconceito racial. Assim, pode-se dizer que o discurso de Mário Filho, ao abordar o “recrudescimento do racismo”, a partir da narrativa da derrota de 1950, configura-se como uma tradição inventada.
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