https://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/issue/feedMovimento2025-03-05T18:39:08-03:00Movimentomovimento@ufrgs.brOpen Journal Systems<p>A revista Movimento é uma publicação de acesso aberto da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que tem por objetivo divulgar a produção científica nacional e internacional, <strong>sobre temas relacionados à Educação Física, no que tange aos seus aspectos pedagógicos, históricos, políticos e culturais</strong>. Nessa perspectiva, o periódico recebe, avalia e publica manuscritos que problematizem os fenômenos e os temas investigados, <strong>tendo como fundamentos teóricos, metodológicos, analíticos e interpretativos aqueles oriundos das Ciências Humanas e Sociais</strong>. O periódico aceita manuscritos originais nos idiomas português, espanhol, inglês e francês.</p> <p><strong>Publicação Contínua | </strong><strong>ISSN 0104-754X | e-ISSN 1982-8918<br /></strong></p>https://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/138554Prática pedagógica em Educação Física Escolar na pandemia da Covid-192024-07-31T22:35:19-03:00Alessandra Catarina Martinsalessandracatarinamartins@gmail.comGabriel Costa de Souzagabriel.souza2608@edu.udesc.brFranciane Maria Araldifranciane.m.araldi@hotmail.comAlexandra Follealexandra.folle@udesc.br<p>O objetivo do estudo foi investigar a prática pedagógica, no ensino remoto, de professores de Educação Física, atuantes no ensino fundamental, da rede federal de educação de Florianópolis, Santa Catarina. Participaram do estudo sete professores. A coleta e a análise dos dados foram realizadas por meio da técnica Entrevista, Transcrição, Categorização e Interpretação (ETCI). A prática pedagógica foi alterada, principalmente com a diminuição das aulas práticas. O uso dos recursos tecnológicos e o aprofundamento dos conteúdos foram vistos como facilitadores, enquanto a falta de conexão da internet e de interação dos estudantes surgiram como os principais desafios da prática pedagógica. A seleção dos conteúdos e a estrutura das aulas não foram amplamente modificadas, e as estratégias de ensino foram fortalecidas com o uso da tecnologia. A dimensão atitudinal foi a mais avaliada, embora os instrumentos avaliativos e o foco do planejamento tenham sido nas aulas teóricas.</p>2025-05-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Movimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/141483Um estudo sobre os usos teóricos do conceito de esportivização na Educação Física e na Sociologia do Esporte 2024-10-15T23:36:51-03:00Renan Santos Furtadorenan.furtado@yahoo.com.br<p>A partir do horizonte epistemológico da história social do conceito, este estudo buscou compreender os usos teóricos do conceito de esportivização em Educação Física e Sociologia do Esporte. A investigação empreendida indicou que existem usos distintos e aproximados do conceito de esportivização nas duas áreas. Na sociologia, o termo esportivização apresenta o teor histórico, descrevendo o processo de transformação de atividades de movimento em esportes regulamentados. Na Educação Física, a noção ganha conotação pedagógica, passando a narrar a submissão da Educação Física escolar aos códigos e valores da instituição esporte, ocasionando consequências didáticas, curriculares e valorativas para o cotidiano escolar. Em termos propositivos, indicou-se algumas possibilidades investigativas e educativas para o conceito de esportivização na contemporaneidade, aspecto esse que pode revitalizar seu uso ou seu emprego.</p>2025-05-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Movimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/138602A construção de um herói para os tempos de crise no Uruguay2024-10-22T09:10:14-03:00Daniele Cristina Carqueijeiro de Medeirosdanieli_ccm@hotmail.comEmiliano Gómezemigomez8740@gmail.comGonzalo Álvarezgalvarezferreira@gmail.comJosé Estévezjestevez@cup.edu.uy<div><span lang="es-419">No início dos anos 2000, o Uruguai enfrentava uma crise econômica sem precedentes. O clima de apreensão e angústia começou a transformar-se em esperança e orgulho no dia 20 de setembro, quando Milton Wynants, um ciclista experiente da cidade de Paysandú, conquistou a segunda posição na prova de ciclismo de pista nos Jogos Olímpicos de Sidney. Este artigo explora a construção de uma figura heroica pela imprensa local de Paysandú em torno de Wynants, proporcionando um contraste ideal com o contexto de crise nacional. Inicialmente, a imprensa não considerava essa conquista como possível, no entanto, sua vitória desencadeou um discurso epopeico, elevando-o ao status de herói esportivo. O artigo conclui que houve uma transformação cultural somada a uma transformação simbólica em sua imagem para a construção desse imaginário.</span></div>2025-05-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Movimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/141118O poder disciplinar e o coaching na Ginástica Artística Feminina2024-12-03T10:54:25-03:00Vitor Ricci Costavitor.costabr@gmail.comMyrian Nunomuramnunomur@usp.br<p>Embasado no referencial teórico de Foucault, o objetivo deste estudo foi analisar a relação treinador(a)-ginasta a partir da perspectiva de ambos, em um ginásio de Ginástica Artística Feminina (GAF). Os dados foram produzidos a partir da observação participante e da entrevista semiestruturada com 4 treinadores(as) e 15 ginastas. Por meio da Análise Temática Reflexiva, encontramos três temas: (1) Produtividade e controle, no qual demonstramos como os(as) treinadores(as) utilizam técnicas disciplinares no ginásio; (2) A “contraprodutividade” do poder disciplinar, no qual discutimos como as ações autoritárias dos(as) treinadores(as) poderiam prejudicar o processo de ensino-aprendizagem; (3) Onde há poder, há resistência? A perspectiva das ginastas, nas quais exploramos as reações delas frente às ações dos(as) treinadores(as). Em síntese, os três temas deste artigo indicam que se as técnicas disciplinares se justificam por produzirem resultados esportivos, às vezes elas são pedagogicamente “contraprodutivas” e, por isso, também deveriam ser repensadas pelos(as) treinadores(as).</p>2025-05-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Movimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/140997Stephen John Ball e a pesquisa stricto sensu em Educação Física2024-10-07T08:54:39-03:00Daiana Machadodaiana.machado.santos@escola.pr.gov.brIsabel Porto Filgueirasbelfilgueiras45@gmail.comThiago Villa Lobos Mantovanithiagovlm@hotmail.comWilson Alviano Júniorwilson.alviano@ufjf.br<p>Este artigo analisa como as pesquisas de Educação Física no Brasil se apropriam do referencial teórico de Stephen Ball. Utilizando uma revisão integrativa de teses e dissertações, identificamos que a abordagem de Ball é adotada para entender a influência das políticas educacionais nas práticas pedagógicas e na formação de professores. A pesquisa revela três tipos de apropriação: incidental, conceitual tópica e do modo de trabalho. A maioria dos estudos utiliza teorias críticas e pós-estruturalistas para examinar as relações de poder e a governamentalidade na educação. Concluímos que a abordagem de Ball oferece ferramentas valiosas para analisar a interação entre política e prática na Educação Física, destacando a importância de considerar tanto os aspectos macro quanto micro das políticas educacionais. Sugere-se ampliar a adoção desse referencial para aprofundar a compreensão sobre políticas curriculares e práticas docentes.</p>2025-05-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Movimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/138029Ficar ou partir?2024-10-22T21:10:01-03:00Yutao Zhouzhouyutao@hut.edu.cnFrancesco Vincenzo Ferrarof.ferraro@derby.ac.ukChengwen Fanfanchengwen@hut.edu.cnAndy Hootona.hooton@derby.ac.ukChris Ribchesterc.ribchester@derby.ac.uk<div><span class="Fontepargpadro1"><span lang="ES">Estudos anteriores demonstraram os impactos dos esportes artísticos na saúde mental e no desempenho acadêmico das crianças. Nosso projeto se concentra em experiências de mentores de esportes artísticos com Crianças Excluídas (CE) na China rural. Os dados foram coletados através de entrevistas com 32 mentores voluntários, explorando três áreas-chave: razões para a participação, fatores que influenciam a continuação da participação ou a interrupção, e desafios encontrados pelos mentores. Os resultados revelaram que os mentores foram motivados principalmente pela sua paixão pela dança e pelo seu desejo de influenciar positivamente as vidas de CE. No entanto, enfrentaram numerosos desafios, tais como dificuldades decorrentes das CE, resistência dos professores e dos pais, restrições financeiras, bem como dificuldades pessoais de adaptação ao ambiente local. Os insights coletados neste estudo fornecem uma base útil para orientar futuras iniciativas destinadas a melhorar a vida das CE na China rural através de atividades desportivas artísticas.</span></span></div>2025-05-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Movimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/134521Facilitadores e barreiras para a inclusão de crianças e adolescentes com deficiência na Educação Física no Chile2024-08-14T11:50:12-03:00Fernando Ignacio Muñoz Hinrichsenfernando.munoz_h@umce.clCesar Osorio Fuentealbacesar.osorio@umce.cl<div><span lang="ES-TRAD">A incluso de crianças e adolescentes com deficiência na Educação Física é essencial para que modelos educacionais no âmbito dos direitos sociais garantam qualidade e equidade. Esta pesquisa teve como objetivo analisar os facilitadores e barreiras que existem na realização da Educação Física no contexto escolar no Chile. Esta pesquisa qualitativa de ontologia construtivista incluiu participantes de escolas chilenas (gestores, profissionais e famílias) que participaram de grupos focais como instrumento de coleta de informações. O principal resultado desta pesquisa indica que as variáveis se comportam de forma dupla; ou seja, dependem do contexto e de suas características para serem considerados facilitadores ou barreiras ao processo de inclusão na Educação Física. Os resultados indicam que a favor do processo de inclusão, a formação dos professores, as dinâmicas, as equipes, a cultura educacional e organizacional, a infraestrutura e os materiais, o ambiente de trabalho, as atitudes da comunidade educacional e o papel da família devem ser considerados.</span></div>2025-05-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Movimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/139919Reinventando o karatedo2024-12-05T17:46:42-03:00Tiago Oviedo Frosit204119@dac.unicamp.brJoaquim Antônio Bernardes Carneiro Monteiroychikawa_hakugen@yahoo.com.brLeandro Carlos Mazzeilemazzei@unicamp.br<p>Este artigo trata da recomposição identitária pela qual passou a luta de Okinawa durante a primeira metade do Século XX. O <em>Karate </em>é amplamente praticado em todo o planeta, mas seu processo de difusão mundial só ocorre após a mudança para a denominação atual. O objetivo desta pesquisa histórica é identificar os elementos do processo de ruptura e as renegociações identitárias que culminam com a adoção do nome <em>Karatedō</em>. Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa baseada nos pressupostos da história cultural. A coleta de dados ocorreu em fontes primárias como jornais e manuscritos de Okinawa e de Tóquio da primeira metade do século XX. Este estudo revela uma drástica quebra no paradigma atual, removendo de Funakoshi Gichin a autoria no estabelecimento do nome <em>Karatedō </em>e apontando o protagonismo de outros <em>uchin</em><em>ānchu </em>nessa mudança, além desse processo ter ocorrido em meio a muitas resistências e disputas de poder.</p>2025-05-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Movimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/135774Estudo descritivo dos comportamentos de vitimização e perpetração do bullying em adolescentes2024-06-10T11:00:44-03:00Juan de Dios Benítez-Silleroeo1besij@uco.esJavier Murillo-Morañoj.murillo@magisteriosc.esJosé Manuel Armada Crespom62arcrj@uco.esFrancisco Córdoba-Alcaidez42coraf@uco.es<div><span lang="EN-US">Vários estudos apontam a Educação Física como uma disciplina adequada para a prevenção do bullying. Objetivo: o objetivo deste estudo foi identificar e analisar a perpetração e a vitimização que ocorrem em nível geral e na Educação Física no Ensino Médio. Método: o estudo foi realizado com 1.352 alunos de escolas públicas. Resultados: a análise dos resultados mostra diferenças na vitimização, com violência direta e verbal no contexto geral e insultos e exclusão na Educação Física; e na perpetração, com violência direta e verbal no contexto geral e insultos e agressões na Educação Física. Há uma menor ocorrência de bullying entre os alunos mais velhos e diferenças no tipo de bullying de acordo com o gênero, entre meninas e meninos. Conclusão: os comportamentos de vitimização e perpetração são reproduzidos de forma semelhante.</span></div>2025-05-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Movimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/137904Hiperconexão em tempos de tecnologias de estilo de vida saudável2024-10-31T22:35:33-03:00Allyson Carvalho Araújoallyson.carvalho@ufrn.br<p>O objetivo deste ensaio é problematizar o universo das tecnologias de estilo de vida saudável para além dos usos e implicações na dimensão individual, desvelando implicações ético-estruturais próprias da lógica da plataformização. Aciona-se a teoria Ator-Rede, além de conceitos como plataformização e dataficação para pôr em evidência um caso específico de aplicação de tecnologia digital como ilustração de um movimento mais amplo. Ao fim, sugere-se quatro movimentos de resistência para a área de Educação Física frente ao quadro de hiperexposição dos sujeitos usuários de tais aplicações.</p>2025-05-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Movimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/145680Para além das Ciências Moles (e Duras) em direção à complementaridade nas maneiras de conhecer2025-02-07T15:37:34-03:00Edison de Jesus Manoelejmanoel@usp.br<p><span style="font-weight: 400;">No presente comentário sobre a proposta de Gastaldo e Eakin para a prática das Ciências Moles no campo da Saúde, eu argumento que o rótulo Mole pode não funcionar em campos acadêmicos que não a língua inglesa como nativa no sentido de mostrar a importância das Ciências Humanas e Sociais. Concordo com a ênfase que elas dão ao ensino do pensamento crítico e sugiro uma mudança mais radical no sentido de rever toda pós-graduação de maneira a abarcar conhecimentos e saberes da ciência, filosofia e artes. Finalmente, argumento em favor do princípio da complementaridade como um ponto de partida para articular conhecimentos não apenas de diferentes ciências, Naturais e Sociais, mas também encampar várias formas de conhecer incluindo as sabedorias ancestrais</span></p>2025-03-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Movimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/145650Reflexões sobre a força das “ciências moles” nas ciências da saúde2025-02-06T09:46:59-03:00Carolina Martínez-Salgadocmartine@correo.xoc.uam.mx<p><span style="font-weight: 400;">Este documento apresenta um conjunto de reflexões originadas da leitura de </span><em><span style="font-weight: 400;">Praticando “ciências moles” no campo da saúde</span></em><span style="font-weight: 400;">, de Denise Gastaldo e Joan Eakin. A intenção é dialogar sobre as questões importantes abordadas no texto. O debate gira em torno das limitações da visão científica quando a perspectiva se restringe a uma concepção dogmática. Aponta-se que o problema não se resume ao campo das ciências da saúde, afetando também as ciências sociais e se estendendo inclusive ao campo da pesquisa qualitativa, o que degrada e obscurece a força de sua perspectiva. As considerações levantadas apontam para a importância fundamental de se avançar na construção de uma visão científica à altura dos desafios do nosso tempo e no reconhecimento do valor da estratégia criativa concebida pelas autoras para trabalhar em prol desse objetivo.</span></p>2025-03-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Movimentohttps://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/145649Um forte argumento para as ciências moles2025-02-06T09:44:29-03:00Roshan Galvaanroshan.galvaan@uct.ac.za<p>Neste ensaio, reflito sobre o artigo de Gastaldo e Eakin <em>Practising Soft Science in the Field of Health</em>, em que a pesquisa qualitativa crítica é uma metodologia, com fundamentos epistemológicos, axiológicos e teóricos. Destaco os elementos-chave emergentes levantados no comentário, discutindo o valor que ele contribui para criar uma presença institucional para a pesquisa qualitativa crítica nas ciências da saúde. Chamo a atenção para o trabalho invisível, muitas vezes emocional, associado a essa estratégia, ao mesmo tempo em que discuto os pontos fortes dessa abordagem. Argumento que a formação de um coletivo alinhado contraria a orientação positivista dominante no que Ndlovu-Gatsheni (2021) chama de “academia de gladiadores”. Em vez disso, ela permite explorar o lócus da enunciação (Mignolo, 2009), trazendo à tona as desigualdades. Por meio da implementação dessas estratégias, a pesquisa qualitativa crítica tem o potencial de contribuir para a disrupção generativa, criando uma ciência mole que alimenta a transformação social.</p>2025-03-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Movimento