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Interrogando expectativas e realidades na relação entre discentes e docentes, na pós-graduação brasileira

Resumo

A complexidade das relações de ensino-aprendizagem permeia todos os níveis educativos, impactando tanto indivíduos quanto sociedades. Na educação superior, particularmente na pós-graduação, as interações entre orientadores e orientandos são essenciais, mas frequentemente problemáticas. Estudos mostram que muitos pós-graduandos enfrentam dificuldades com prazos rígidos e problemas de orientação, o que pode afetar sua saúde mental. A importância da autoeficácia e da autonomia dos orientandos é destacada, sugerindo que o apoio dos orientadores deve ser articulado ao desenvolvimento do letramento acadêmico dos estudantes. No entanto, no Brasil, a pressão sobre os docentes para publicar e obter financiamento de pesquisas, muitas vezes resulta na negligência das funções pedagógicas, prejudicando a qualidade da orientação. Para melhorar o suporte oferecido, recomenda-se a implementação de modelos de supervisão em grupo, a promoção de uma cultura de pesquisa colaborativa, assim como processos formais de qualificação dos docentes para a orientação acadêmica. Em resumo, é essencial combinar a crítica ao contexto atual com esforços para criar um ambiente de ensino mais ético, relevante e transformador, garantindo condições adequadas, tanto para os estudantes, quanto para os orientadores.