A construção do medo em It: a coisa: reflexões sobre a narrativa cinematográfica de Andy Muschietti, à luz do gênero fantástico
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583202152.92525Palabras clave:
Medo, Cinema, Fantástico, Andy MuschiettiResumen
Em 2017, a obra literária It – a coisa (1986) de Stephen King transformou-se em produto audiovisual pelas mãos do cineasta Andy Muschietti. Nascido na Argentina, em 1973, Muschietti ganhou notoriedade no cinema por conta do filme de terror Mama (2013). Muschietti declara sua paixão pela obra de King desde os 14 anos e reconheceu o desafio de adaptar para as telas as mais de mil páginas do romance do escritor norte-americano. Nesse sentido, este artigo traz à baila reflexões sobre a construção do medo na narrativa cinematográfica It: a coisa (2017). Para tanto, analisamos a película pelo viés do fantástico, a partir dos apontamentos de Lovecraft (1973), Todorov (1981), Bauman (2008), França (2017) e Araújo (2018). No campo do cinema, buscamos suporte em Aumont (1995) e Messias (2016). Defendemos que através do fantástico, é possível reconhecer a presença de recursos insólitos para construção do medo no filme. Assim, por ser um texto composto por sons, imagens e planos, a narrativa cinematográfica potencializa o pavor no espectador.
Descargas
Citas
ARÁUJO, Naiara Sales. Literatura Fantásticafantástica, ficção científica e literatura gótica: interfaces e diálogos entrelaçados. São Luís: EDUFMA, 2018.
AUMONT, Jacques; MARIE, Michael. Dicionário teórico e crítico de cinema. Campinas: Papirus, 2001.
AUMONT, Jacques. A estética do filme. Campinas: Papirus, 1995.
AUMONT, Jacques; MARIE, Michel. A Análise do Filme. Lisboa: Edições Texto & Grafia, 2013.
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. 2. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2008.
BAUMAN, Zygmunt. Medo Líquidolíquido. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
FRANÇA, Júlio (org.). Poéticas do mal: a literatura do medo no Brasil. Rio de Janeiro: Bonecker, 2017.
FREUD, Sigmund. O estranho. In: FREUD, Sigmund. Obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996. v. XVII, p. 237-273.
IT: a coisa. Direção: Andy Muschietti. [s.l]: NCidade : New Line Cinema, 2017. 1 DVD. (134 min), son., color.
KING, Stephen. Dança macabra: o fenômeno do horror no cinema, na literatura e na televisão dissecado pelo mestre do gênero. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003.
LOVECRAFT, Howard Phillips. Supernatural horror in literatureHorror in Literature. New York: Dover Publications, 1973.
MANGUEL, Alberto. Contos de Horror do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. São Paulo: Brasiliense, 2003.
MASCARELLO, Fernando (org.). História do cinema mundial. Campinas: Papirus, 2006.
MESSIAS, Adriano. Todos os monstros da terra: bestiários do cinema e da literatura. São Paulo: EDUC, 2016.
METZ, Christian. Linguagem e cinema. São Paulo: Perspectiva, 1980.
MONTAIGNE, Michel de. Ensaio XVIII: do medo. In: MONTAIGNE, Michel de. Ensaios. São Paulo: Nova Cultural, 1991, . cap. 0, pp. 39-40.0-0.
PEREIRA, Diogo Nonato Reis. Considerações sobre o fantástico. Memento, Três Corações, v. 4, n. 2, p. 1-21, 2013.
RAMOS, Jesus. Diccionario del guión audiovisualGuión Audiovisual. Barcelona: Oceano Ambar, 2002.
REIS, Wellignson Valente dos; CASTRO, José Guilherme de Oliveira; TEIXEIRA, Lucilinda. Miguel Miguel: O fantástico traduzido para o cinema. Alusões, [s. l.], v. 6, n. 6, 2018.
ROGAK, Lisa. A biografia Stephen King: coração assombrado. Rio de Janeiro: Darkside Books, 2017.
SANTANA, Gelson. Cinema, comunicação e áaudio visual. São Paulo: Alameda, 2007.
SIJLL, Jennifer Van. A narrativa cinematográfica: contando histórias com imagens em movimento. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2017.
TODOROV, Tzvetan. Introdução à literatura fantásticaLiteratura Fantástica. São Paulo: Perspectiva, 1981.
VANOYE, Francis; GOLIOT-LÉTÉ, Anne. Ensaio sobre a análise fílmica. Campinas: Papirus, 2012.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Naiara Sales Araújo, José Antonio Morae Costa

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en esta Revista pertenecen a los autores, y los derechos de la primera publicación están garantizados para la revista. Por estar publicados en una revista de acceso libre, los artículos son de uso gratuito, con la atribución apropiada, en las actividades educativas y no comerciales.
La revista utiliza la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY-NC 4.0), que permite el intercambio de trabajo con el reconocimiento de la autoría.
Autoarchivo (política de repositorios): se permite a los autores depositar todas las versiones de sus trabajos en repositorios institucionales o temáticos, sin período de embargo. Se solicita, siempre que sea posible, que se agregue la referencia bibliográfica completa de la versión publicada en Intexto (incluido el enlace DOI) al texto archivado.
Intexto no cobra ninguna tarifa por el procesamiento de artículos (article processing charge).