Intexto https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto <p>Intexto é uma publicação do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Lançada em 1997, tem periodicidade contínua, com um número anual e artigos publicados todos os meses. Está aberta a contribuições originais de autores brasileiros e estrangeiros em fluxo contínuo. Acolhe pesquisas teóricas e empíricas realizadas no campo interdisciplinar da <strong>Comunicação</strong>, tendo como objetivo constituir-se como espaço para o debate e a difusão de ideias capazes de configurar diferentes cenários comunicacionais.</p> <p>Sua missão é tornar-se uma das mais qualificadas publicações para o debate e difusão de pesquisas entre a comunidade científica da área de Comunicação.</p> <p> </p> <p>Confira a página da Intexto no <a href="http://scholar.google.com/citations?huser=R3L7UjgAAAAJ&amp;user=R3L7UjgAAAAJ" target="_blank" rel="noopener"><strong>Google Acadêmico</strong></a> e a divulgação de nossos artigos na página do PPGCOM UFRGS no <a href="https://www.instagram.com/ppgcom_ufrgs/" target="_blank" rel="noopener">Instagram</a>. </p> Universidade Federal do Rio Grande do Sul pt-BR Intexto 1807-8583 <p>Os Direitos Autorais dos artigos publicados neste periódico pertencem aos autores, e os direitos da primeira publicação são garantidos à revista. Por serem publicados em uma revista de acesso livre, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em atividades educacionais e não-comerciais.</p> <p>A revista utiliza a Licença de Atribuição Creative Commons (<a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/deed.pt_BR" target="_blank" rel="noopener">CC BY-NC 4.0</a>), que permite o compartilhamento de trabalhos com reconhecimento de autoria.</p> <p>Auto-arquivamento (política de repositórios): autores têm permissão para depositar todas as versões de seus trabalhos em repositórios institucionais ou temáticos, sem embargo. Solicita-se, sempre que possível, que a referência bibliográfica completa da versão publicada na <em>Intexto</em> (incluindo o link DOI) seja adicionada ao texto arquivado.</p> <p>A <em>Intexto</em> não cobra qualquer taxa de processamento de artigos (<em>article processing charge</em>).</p> Análise da comunicação da Barber Beer Sport Club https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/144000 <p>Este artigo tem o objetivo de analisar a construção de efeitos de sentido na comunicação da <em>Barber Beer Sport Club</em>, barbearia de Belo Horizonte estilizada com temática de esportes tidos culturalmente, por um viés tradicional, como masculinos. Com esse intuito, a pesquisa empreendeu uma análise semiótica de base discursiva em diálogo com teorias de gênero e de interseccionalidade de uma peça gráfica, disponível na capa da página do Facebook da empresa, que traz, de maneira panorâmica, alguns <em>astros do esporte</em>. Como resultados, conclui-se que a barbearia demonstra, por meio de sua construção de marca junto ao público, um posicionamento próximo dos estereótipos do que é tido como normativo no contexto do masculino no Ocidente, incorporando um ideário de masculinidade hegemônica/tóxica.</p> José Lemos Monteiro Filho Conrado Moreira Mendes Copyright (c) 2025 José Lemos Monteiro Filho , Conrado Moreira Mendes https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-06-18 2025-06-18 57 10.19132/1807-8583.57.144000 Mulheres cientistas são minoria nas reportagens de capa e seções de entrevista da revista Pesquisa Fapesp https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/145092 <p>Pesquisas recentes sobre jornalismo científico têm investigado a comunicação organizacional das instituições de pesquisa e sua presença na mídia, as áreas do conhecimento mais divulgadas e as que menos aparecem e a diferença entre cientistas homens e cientistas mulheres no número de pessoas entrevistadas. Este estudo usa como metodologia a Análise Textual Discursiva para investigar as instituições, as áreas do conhecimento e o sexo das fontes entrevistadas pela revista <em>Pesquisa Fapesp</em> para as suas reportagens de capa e para as seções de entrevista, em suas doze edições publicadas em 2024. Como referencial teórico se tem pesquisas que tratam de comunicação organizacional e de desigualdade de gênero. A Universidade de São Paulo se destaca como instituição com maior número de entrevistados, e mais da metade dos entrevistados são de universidades públicas. A equipe de reportagem da revista entrevistou pesquisadores de todas as regiões do país e também do exterior. Nenhuma pessoa da Grande Área Linguística, Letras e Artes foi entrevistada para as reportagens de capa da revista em 2024. A Grandes Áreas com mais entrevistados são Ciências Exatas e da Terra, Ciências Agrárias e Ciências da Saúde. Entre as áreas específicas, Medicina, Meteorologia e Física são as que têm mais pessoas entrevistadas. As mulheres cientistas representam menos de um terço do total de entrevistados nas reportagens de capa e menos de um quarto nas seções de entrevista.</p> Rodrigo Bastos Cunha Copyright (c) 2025 Rodrigo Bastos Cunha https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-05-29 2025-05-29 57 10.19132/1807-8583.57.145092 #HomologaCamilo https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/144610 <p class="IntResumoepalavras-chave">Este artigo investiga o ativismo nas redes sociais digitais relacionado ao Parecer 50, um documento técnico com diretrizes para a educação de alunos com Transtorno do Espectro Autista. Representado pela <em>hashtag</em> #HomologaCamilo no Instagram, o movimento político digital buscava a homologação do documento pelo Ministro da Educação, Camilo Santana. O estudo fundamenta-se nos estudos de redes sociais digitais de Pollyana Ferrari e Raquel Recuero, bem como na análise da participação social em plataformas digitais de Clay Shirky. A metodologia segue as diretrizes de Recuero, mapeando os efeitos e impactos das conversações em rede para compreender as potencialidades e limitações desse ativismo digital.</p> Amanda Ganzarolli Cilene Victor Copyright (c) 2025 Amanda Ganzarolli, Cilene Victor https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-05-22 2025-05-22 57 10.19132/1807-8583.57.144610 Trilhas musicais de mulheres no cinema brasileiro da década de 2010 https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/143477 <p>Este artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa abrangente sobre a autoria feminina de trilhas musicais cinematográficas no Brasil. A partir de um mapeamento detalhado, objetiva-se valorizar e dar visibilidade às compositoras que, em um campo amplamente dominado por homens, enfrentam desafios para manter suas carreiras. Os dados aqui discutidos referem-se a filmes brasileiros de longa-metragem lançados comercialmente entre 2010 e 2019. Além da evidente disparidade de gênero, os resultados demonstraram que poucas mulheres conseguem assinar uma trilha musical de forma individual ou manter uma trajetória na função, o que contribui para a falta de reconhecimento e impede a circulação das autoras.</p> Suzana Reck Miranda Debora Regina Taño Georgia Cynara Coelho de Souza Copyright (c) 2025 Suzana Reck Miranda, Debora Regina Taño, Georgia Cynara Coelho de Souza https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-05-14 2025-05-14 57 10.19132/1807-8583.57.143477 Game of Nudes https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/142348 <p class="IntResumoepalavras-chave">O texto se volta à nudez em <em>Game of Thrones</em> com o objetivo de observar de quais maneiras, e em quais contextos, se dá essa exposição e o que ela produz em termos de significação. Para tanto, desenvolve uma análise quantitativa, refletindo sobre as 115 cenas localizadas em nossa coleta e, ainda, uma análise qualitativa, com base em protocolo analítico desenvolvido em nosso projeto, de oito cenas específicas. Ao fim, constatamos lugares de aproximação e de afastamento acerca dos modos como corpos nus de mulheres e de homens aparecem, apontando para aspectos como a reprodução de uma gramática audiovisual particular que age sob lógica de um olhar masculino</p> Felipe Viero Kolinski Machado Kaio Moreira Veloso Copyright (c) 2025 Felipe Viero Kolinski Machado, Kaio Moreira Veloso https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-04-22 2025-04-22 57 10.19132/1807-8583.57.142348 Para branquear a pele https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/142372 <p class="TextodoResumoepalavras-chave"><span lang="EN-US">Este artigo analisa as publicidades de produtos de beleza para branquear a pele no Brasil do início do século XX. A partir de uma abordagem da Comunicação e História, realizamos um mapeamento dos anúncios publicitários veiculados no jornal carioca <em>Correio da Manhã</em> e documentamos o discurso publicitário das três primeiras décadas do século XX, no período de 1902 a 1924, a partir da concepção de rastros e vestígios do passado. Identificamos que os discursos sobre o embelezamento, na época, revelavam os dilemas raciais da nação e o surgimento do discurso médico-eugenista na capital da Primeira República. Acreditamos que as publicidades de produtos para branquear a pele exerceram um importante papel na construção da brancura como valor estético e moral das elites cariocas.</span></p> Julio Cesar Sanches Copyright (c) 2025 Julio Cesar Sanches https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-04-10 2025-04-10 57 10.19132/1807-8583.57.142372 Leituras críticas da alteridade no audiovisual https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/142629 <p class="IntResumoepalavras-chave">Vinculado a uma pesquisa de caráter mais amplo sobre a questão do outro na cultura audiovisual, este trabalho tem como foco compreender o processo de recepção de produtos audiovisuais de ficção e não ficção por imigrantes e refugiados residentes no Brasil. Para isso, propomos uma discussão teórico-conceitual ancorada nos processos de mediação e midiatização do outro; no impacto de representações sociais na fixação de leituras sobre povos, culturas e identidades; na abordagem da recepção como forma de compreender as estratégias de negociação e fixação de sentido em sujeitos representados nas mídias; e na conformação da narrativa de alteridade às codificações e formas de dois gêneros televisuais em específico (documentário e ficção seriada). No recorte da pesquisa proposto neste texto, relacionamos dez entrevistas semiabertas com imigrantes e refugiados residentes no Brasil, oriundos de seis nações da América Latina, da África e do Oriente Médio, a comentários e apontamentos que evidenciam sua interpretação sobre os produtos audiovisuais. As reflexões traçadas por eles a respeito de dois programas – capítulos da telenovela <em>Órfãos da Terra</em> e uma edição do jornalístico GloboNews Especial – indicam um olhar crítico acerca dos mecanismos de atribuição de valores e tradução da alteridade operados pelos meios de comunicação brasileiros.</p> José Augusto Mendes Lobato Copyright (c) 2025 José Augusto Mendes Lobato https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-03-26 2025-03-26 57 10.19132/1807-8583.57.142629 Estruturas profissionais de gestão de riscos e crises em organizações que atuam no Brasil https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/143040 <p class="IntResumoepalavras-chave">O artigo tem por objetivo apresentar e discutir dados de uma pesquisa de mercado, realizada entre os anos de 2022 e 2023 com profissionais que atuam em nível organizacional intermediário ou de alta gestão. A pesquisa teve como finalidade investigar as estruturas de gestão de riscos e crises mantidas pelas organizações brasileiras, assim como o lugar que a comunicação ocupa nesse contexto. Foram ouvidos 43 gestores de organizações de diferentes tamanhos e áreas de atuação. De forma geral, concluiu-se que a maturidade organizacional no processo de avaliação e gestão de riscos é o principal desafio a ser enfrentado pelas organizações brasileiras na criação e manutenção de culturas mais resilientes. Questões como a relação entre perfil de lideranças e práticas organizacionais, bem como a relação entre riscos organizacionais e ambiente externo também são destacadas como elementos importantes na discussão sobre o papel da comunicação nesses espaços.</p> Ana Karin Nunes Rosângela Florczak de Oliveira Diego Wander Montagner Aline Barros Shimoda Copyright (c) 2025 Ana Karin Nunes, Rosângela Florczak de Oliveira, Diego Wander Montagner, Aline Barros Shimoda https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-03-18 2025-03-18 57 10.19132/1807-8583.57.143040 Comunicação e ciberestética https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/141279 <p>O presente artigo propõe uma reflexão crítica acerca dos processos de intermidiação e gerativos de sentidos, tendo como articulação os dispositivos digitais e a inteligência artificial. Problematiza os processos de comunicação de massa, cultura e mídia, questionando os efeitos de sentido na sociedade de uma tal articulação entre ciberespaço e consumo. O objeto de estudo proposto delineia-se a partir do <em>vocaloid </em>virtual japonês, Hatsune Miku, derivando para outros dispositivos digitais, como os Deep Real, ou seja, avatares jornalistas articulados com inteligência artificial. De forma especulativa, aproximando filosofia, estética e comunicação, propõe-se uma reflexão crítica sobre estes novos artefatos midiáticos e chega-se à noção de que estes dispositivos corroboram a implementação de uma nova fase dos processos capitalísticos contemporâneos, onde a ausência de peso físico destes novos entes tende a gerar formas mais difusas entre o entretenimento, o controle e a alienação de massa.</p> Fábio Pezzi Parode Maximiliano Zapata Copyright (c) 2025 Fábio Pezzi Parode, Maximiliano Zapata https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-02-19 2025-02-19 57 10.19132/1807-8583.57.141279 A experiência pública do Alzheimer no YouTube https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/142844 <p>Este artigo investiga de que maneira a experiência midiatizada no canal <em> Francisquinha Alves - O Bom do Alzheimer </em>do YouTube contribui para o desenvolvimento de aprendizagens sociais, a partir da mobilização de competências midiáticas. Com base no paradigma indiciário de Braga, tomado como abordagem metodológica, a análise organiza essa experiência em quatro fases, que refletem habilidades associadas às competências midiáticas ao longo do tempo. Foram examinados 1.291 vídeos publicados entre 30 de julho de 2016 e 31 de julho de 2021. A partir das noções de midiatização em Braga e das dimensões da competência midiática de Ferrés e Piscitelli, identifica-se que a youtube<em>r</em> Cláudia não apenas desenvolve habilidades ao cuidar de sua mãe durante esse período, mas também aprimora sua capacidade de compartilhar esses aprendizados nas plataformas digitais. Paralelamente, a midiatização de sua trajetória promove o desenvolvimento de aprendizagens entre os públicos do canal.</p> Adriana Helena de Almeida Freitas Rennan Lanna Martins Mafra Copyright (c) 2025 Adriana Helena de Almeida Freitas, Rennan Lanna Martins Mafra https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-23 2025-01-23 57 10.19132/1807-8583.57.142844 Consórcio de Imprensa para dados de covid-19 https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/140935 <p>O artigo aborda a formação do Consórcio de Imprensa para dados de covid-19 no Brasil, quando em junho de 2020, um grupo de veículos se reuniu em trabalho colaborativo para suprir a ausência de informações do Ministério da Saúde. A metodologia é a análise categorial do conteúdo de entrevistas semiestruturadas com três jornalistas que estiveram na liderança da operação do consórcio nas suas respectivas redações, O Estado de São Paulo, G1 e Folha de S. Paulo. Os conceitos teóricos passam pela transparência de Estado na democracia e na imprensa e pela colaboração no jornalismo. O objetivo é identificar como o trabalho do consórcio foi operacionalizado destacando a intersecção de ferramentas digitais e a prática da produção colaborativa no jornalismo de dados. O resultado aponta para a centralidade de ferramentas digitais em nuvem para a colaboração no jornalismo.</p> Marlise Viegas Brenol Carlos Augusto de França Rocha Júnior Copyright (c) 2025 Marlise Viegas Brenol, Carlos Augusto de França Rocha Júnior https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-08 2025-01-08 57 10.19132/1807-8583.57.140935 Teias e tramas entre política e mídia no combate à corrupção no Brasil https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/139897 <p>Este artigo propõe uma abordagem interdisciplinar entre a Sociologia do Direito, a Ciência Política e a Comunicação Social, analisando como se deu a relação entre mídia e política no combate à corrupção durante a Operação Lava Jato. Analisamos como a mídia contribuiu para construir e desconstruir narrativas de corrupção, influenciando diretamente a opinião pública e o campo político. Aplicamos um método descritivo e analítico composto por coleta de dados e revisão de literatura. Os resultados encontrados indicam que a mídia foi a principal ferramenta de divulgação dos resultados da Operação, inserindo no cenário político as autoridades responsáveis pelas investigações e processos judiciais da Lava Jato. O protagonismo assumido pelos agentes e instituições públicas na mídia foi capaz de direcionar a opinião pública contra os políticos envolvidos, influenciando o resultado das eleições de 2018. Por outro lado, em um contexto de propagação de escândalos político-midiáticos, a ampla cobertura midiática dos escândalos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato foi responsável por ofuscar a percepção da sociedade sobre outros problemas do país, de forma semelhante ao ocorrido em outros países.</p> Carlos Renan Moreira Bretas Maria Alice Nunes Costa Copyright (c) 2025 Carlos Renan Moreira Bretas, Maria Alice Nunes Costa https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-08 2025-01-08 57 10.19132/1807-8583.57.139897 Crônicas de dois tempos https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/141162 <p>O artigo tem como objetivo analisar a representação da comunidade LGBT na primeira e na quarta minisséries do universo <em>Crônicas de San Francisco</em>, ambas baseadas nos escritos do autor Armistead Maupin e lançadas, respectivamente, em 1993 e 2019. O sujeito de ambos os microuniversos aqui estudados é Mary Ann Singleton, uma jovem branca e hétero, de Cleveland, que lida com uma São Francisco repleta de pessoas LGBTs e feministas, todas num espectro progressista de liberdade dos corpos. Também é comum nas narrativas a presença de cenas de choque cultural entre protagonista e coadjuvantes. Para realizar esta análise foi utilizado o método de leitura crítica dos textos midiáticos proposto por Kellner tendo como escopo teórico os Estudos Culturais, os Estudos Queer e os Estudos de Gênero. A análise do universo narrativo <em>Crônicas de San Francisco</em> nos possibilitou compreender a mudança representacional que aconteceu num intervalo de quase 25 anos. A partir desta análise, constatou-se que, se na primeira minissérie retratar homens gays brancos e uma personagem central trans parecia ser suficientemente disruptivo, nos anos 2010, para evocar diversidade foi necessário não apenas multiplicar as identidades desviantes como também pensar em um quase infinito número de interseccionalidades para que se pudesse dizer que o programa é diverso – com pessoas com deficiência, casais interraciais, pessoas vivendo com HIV e pessoas de diferentes localidades, cores e corpos.</p> Kaippe Arnon Silva Reis Ana Luisa de Castro Coimbra Copyright (c) 2025 Kaippe Arnon Silva Reis, Ana Luisa de Castro Coimbra https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-08 2025-01-08 57 10.19132/1807-8583.57.141162 Ideologia Paralela https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/140249 <p>O presente artigo busca realizar uma análise da recepção de temas, figuras e atores discursivos em uma audiência majoritária de extrema-direita nos comentários do vídeo <em>Geração sem Gênero</em> na plataforma de vídeos YouTube. A estrutura do trabalho abarca a contextualização da questão de gênero no cenário das guerras culturais correntes no Brasil, a construção metodológica, que compreende extração de dados por meio da ferramenta YouTube Data Tools e análise baseada na semiótica narrativa de Greimas, e ainda considerações que apontam para autovitimização e confusões por parte do espectador médio conservador entre os conceitos de gênero, sexo biológico e sexualidade.</p> Carla Montuori Fernandes Paolo Demuru Maria Estela Silva Andrade Copyright (c) 2025 Carla Montuori Fernandes, Paolo Demuru, Maria Estela Silva Andrade https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-08 2025-01-08 57 10.19132/1807-8583.57.140249 Inteligência artificial responsável e publicidade https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/142540 <p class="IntResumoepalavras-chave">O objetivo deste artigo é delinear e explicar o conceito de Inteligência Artificial Responsável envolvendo, nesse exercício de contribuição conceitual, os espaços da publicidade e as suas implicações éticas. É proposta também identificar, descrever e refletir acerca das ações e os enquadramentos éticos que as entidades brasileiras do campo publicitário, especificamente o Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária, vêm deliberando para fomentar e difundir princípios e recomendações-chave para uma abordagem responsável à Inteligência Artificial. A metodologia adotada envolve a articulação de um levantamento bibliográfico e uma pesquisa documental, guiada pela análise de conteúdo qualitativa, que explora as primeiras representações éticas contra campanhas publicitárias denunciadas e avaliadas pelo Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária que acionam a temática da Inteligência Artificial. Esses casos constam documentados, entre 2019 e 2023, no banco de decisões de casos julgados pela entidade e disponível no seu site para consulta pública. Como resultados, de modo geral, se identificou que ainda são raras as práticas das entidades setoriais da publicidade no Brasil para orientar o campo sobre as repercussões da Inteligência Artificial. Além disso, a partir das análises das representações éticas supracitadas, foi possível desenvolver o quadro descritivo e explicativo “Brechas regulatórias e pontos de atenção tecnoéticos sobre o uso da IA na publicidade brasileira”.</p> Francisco Leite Copyright (c) 2025 Francisco Leite https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-08 2025-01-08 57 10.19132/1807-8583.57.142540 A Petrobras mítica e o desinvestimento da estatal símbolo de Brasil https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/139565 <p>O artigo resulta de uma pesquisa qualitativa sobre os discursos da Petrobras na última década. Por meio de revisão de literatura e estudo de caso relacionado à maior estatal do país, objetiva analisar o que há de mítico no ethos discursivo da marca, sobretudo, depois da operação Lava Jato, quando passa a ser projetada a venda de ativos da companhia. Com base nas reflexões de Roland Barthes e em diálogo com os estudos do discurso, o artigo demonstra que a Petrobras mítica, enunciada desde a sua fundação como “símbolo de Brasil”, é atualizada na proposta de transformação e desinvestimento da estatal, mas não sem disputas no processo de circulação de sentidos.</p> Lidiane Santos de Lima Pinheiro Copyright (c) 2025 Lidiane Santos de Lima Pinheiro https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-08 2025-01-08 57 10.19132/1807-8583.57.139565 A cartomante perdeu seus poderes https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/141212 <p class="IntResumoepalavras-chave">Neste artigo apresentamos um recorte da pesquisa realizada em nossa tese de doutoramento, onde analisamos a reconfiguração de sentidos da ordem do imaginário sob a ótica da midiatização. No que toca ao imaginário, neste recorte específico focamos no imaginário mítico, ou seja, em sentidos da ordem do mágico e do sobrenatural que, no que têm de imaginário, transbordam para além da concretude do mundo empírico. A partir dos apontamentos da epistemologia da midiatização, entendemos que mesmo esses sentidos ficam à mercê de reconfigurações quando materializados em dispositivos de mídia – no caso sob análise, jornais impressos. Equivale a dizer que, por força de processos que se estabelecem no transcurso do tempo e das mudanças sociais e culturais, e, também, pela interferência de outros agentes enunciadores, o sentido materializado reconfigura-se no ato interpretativo, desviando-se do que foi proposto pelo autor. Aqui, focaremos na reconfiguração do imaginário que pairava sobre uma cartomante, apresentada como testemunha nas investigações sobre o chamado Caso Kliemann, episódio policial verídico amplamente divulgado pela imprensa na década de 1960 no Rio Grande do Sul. Entendemos que a análise das narrativas jornalísticas da época dos fatos, na comparação com uma narrativa jornalística mais recente dos mesmos episódios, possibilita a observação de sentidos que, materializados nos jornais dos anos 1960, passaram por reconfigurações durante esse transcurso do tempo.</p> Ricardo Luís Düren Copyright (c) 2025 Ricardo Luís Düren https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-08 2025-01-08 57 10.19132/1807-8583.57.141212 O tamanho do self, problemas não resolvidos na biosemiótica e o sentido da ciência https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/142646 <p class="IntResumoepalavras-chave">Entrevista com o biosemioticista Kalevi Kull, herdeiro do legado da Escola de Tartu-Moscou – berço do que se convencionou chamar Semiótica da Cultura. Entre os tópicos abordados, estão problemas atuais enfrentados pela biosemiótica como, por exemplo, a produção de um modelo básico de semiose que possa ser aceito pelas diferentes vertentes de estudos semióticos; e a proposta de uma semiótica fundamentada no conceito de Umwelt, mais que no de signo. Há, ainda, uma discussão sobre simbioses, sustentabilidade de sistemas semióticos e crise ambiental, e o papel da semiótica nesse tipo de debate contemporâneo.</p> Arthur Walber Viana Copyright (c) 2025 Arthur Walber Viana https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-08 2025-01-08 57 10.19132/1807-8583.57.142646 Política editorial https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/144063 Comissão Editorial Intexto Copyright (c) 2025 Comissão Editorial Intexto https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-08 2025-01-08 57 144063 144063 Normas para publicação https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/144065 Comissão Editorial Intexto Copyright (c) 2025 Comissão Editorial Intexto https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-08 2025-01-08 57 144065 144065 Apresentação https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/144839 <p>Apresentação</p> André Iribure Rodrigues Basílio Alberto Sartor Thais Helena Furtado Copyright (c) 2025 André Iribure Rodrigues, Basílio Alberto Sartor, Thais Helena Furtado https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-08 2025-01-08 57 10.19132/1807-8583.57.144839 Expediente https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/144182 Comissão Editorial Intexto Copyright (c) 2025 Comissão Editorial Intexto https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-01-08 2025-01-08 57 144182 144182