O perfil da precarização docente no Brasil: o professor temporário das redes estaduais
DOI:
https://doi.org/10.22491/2236-5907138170Palavras-chave:
Precarização, Professor Temporário, Educação BásicaResumo
O objetivo deste artigo é analisar o perfil dos professores temporários das redes estaduais brasileiras. Para tal, o estudo tomou por base um estudo comparativo entre os direitos garantidos na legislação específica que regulamentava este tipo de contratação em 2022 em relação aos principais direitos garantidos aos professores efetivos nos planos de carreira e estatutos do magistério, no âmbito de cada estado e para o mesmo ano. Foi possível definir 7 (sete) eixos em que os direitos existentes para os professores efetivos e temporários foram classificados e permitiram materializar, em termos da perda de direitos, a precarização das relações de trabalho vivenciadas pelos professores temporários das redes em estudo.
Downloads
Referências
ALVES, Sonia. Professores efetivos, professores substitutos: caminhos de persistência e rendição norteados pelo tipo de contratação. 1998. 153 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal de Santa Catarina, Ilha de Santa Catarina, 1998.
AMBRÓSIO, Claudiomiro. Professores contratados e o processo pedagógico nas escolas estaduais. 2007. 87 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Porto Alegre, 2007.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acessível em 26 mar. 2023.
BRASIL. Emenda Constitucional Nº 19, de 04 de junho de 1998. Modifica o regime e dispõe sobre princípio e normas da Administração Pública, Servidores e Agentes políticos, controle de despesas e finanças públicas e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 1998. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm. Acesso em: 25 abr. 2023.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADI 2.135/DF. Relatora: Min. Ellen Gracie. Brasília, 2007. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=11299. Acesso em: 22 abr. 2022.
CASTEL, Robert. El ascenso de las incertidumbres: trabajo, protecciones, estatuto del individuo. 1º edición. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2012.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 33. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020.
FERREIRA, Denize Cristina Kaminski. Os professores temporários da educação básica da rede pública estadual do Paraná: a flexibilização das contratações e os impactos sobre as condições de trabalho. 2013. 185 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013.
FERREIRA, Gledson de Souza. A Condição de Trabalho do Professor Temporário da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza – CE. 2016. 67 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade de Fortaleza, Fortaleza - CE, 2016.
FONTANA, Claudionéia Aparecida. O trabalho informal docente na rede pública de ensino do Estado de São Paulo. 2008. 150 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, 2008.
GALDINO, Valéria Kemp. Trabalho decente? Para que(m)?: um estudo sobre o trabalho de professores contratados na rede estadual de educação paulista. 2012. 111 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Nove de Julho, São Paulo, 2012.
JANN, Margaret. Acesso e permanência dos professores contratados nas instituições educativas: uma análise das suas experiências. 2016. 130 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2016.
LIMA, Gercina Ângela de. Gênesis da classificação: uma análise de conteúdo a partir da definição. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 26, n. 01, p. 197-237, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-5344/32686. Epub 21 Maio 2021. ISSN 1981-5344.
MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo moderno. 21. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2018.
MIGUEL, Denise Soares. O trabalho temporário no magistério público estadual de Santa Catarina. 1996. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal Santa Catarina, Florianópolis, 1996.
NAUROSKI, Everson Araujo. Trabalho docente e subjetividade: a condição dos professores temporários (PSS) no Paraná. 2014. 293 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Setor de Ciências Humanas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2014. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/38054?locale-attribute=en. Acesso em: 25 maio 2018.
NETO, José Quibao. Docentes não concursados na Rede Estadual de Ensino de São Paulo: ordenamento jurídico, perfil e remuneração. 2015. 240 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2015.
NETO, José Quibao; PINTO, José Marcelino de Rezende. O perfil dos docentes não concursados na rede estadual de ensino de São Paulo. Fineduca – Revista de Financiamento da Educação, Porto Alegre, v. 6, n. 10, 2016. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/fineduca/article/view/68141/39686. Acesso em: 15 out. 2019. http://dx.doi.org/10.17648/fineduca-2236-5907-v6-68141.
SANTOS, João Batista Silva dos. Professores temporários da rede estadual de São Paulo: análise da política de pessoal da perspectiva orçamentária. 2016. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de São Paulo, Guarulhos, 2016.
SÃO PAULO. Lei nº 500/74. Institui o regime jurídico dos servidores admitidos em caráter temporário e dá providências correlatas. Diário Oficial, São Paulo, 1974. Disponível em: http://www.al.sp.gov.br/. Acesso em: 15 jan. 2021.
SILVA, Roselaine Batalha. Perfil dos professores da educação básica: o desejado e o excepcionalmente contratado para as escolas da rede estadual de São Paulo. 2014. 111 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo, 2014.
SOUZA, Artur Gomes de. Professor temporário: situações da docência em Educação Física na Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (2011/2017). 2018. 200 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018.
TEIXEIRA, Maria Cecília Sanchez. Política e administração de pessoal docente: um estudo sobre a Secretaria de Estado da Educação do Estado de São Paulo. 1998. 284 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1988.
TREIN, Laura Dexheimer; GIL, I-Juca-Pirama Camargo. Mapa dos planos de carreira docente no Brasil. Fineduca – Revista de Financiamento da Educação, Porto Alegre, v. 5, n. 2, 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.17648/fineduca-2236-5907-v5-67565. Acesso em: 02 ago. 2023.
VENCO, Selma. Precariedades: desdobramentos da Nova Gestão Pública no trabalho docente. Crítica e Sociedade. Revista de Cultura Política, v. 6, n. 1, nov. 2016. ISSN: 2237-0579.
VENCO, Selma; RIGOLON, Walkiria. Quem quer ser professor? A precariedade objetiva e subjetiva no trabalho docente. In: REUNIÃO NACIONAL DA ANPED, 36., 2013. Anais [...]. 2013. Disponível em: http://36reuniao.anped.org.br/pdfs_trabalhos_aprovados/gt09_trabalhos_pdfs/gt09_2817_texto.pdf. Acesso em: 25 nov. 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 FINEDUCA - Revista de Financiamento da Educação

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).