Profanar a utopia: dos cenários sociais em lusco-fusco

Autores

  • Laís Vargas Ramm Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Édio Raniere Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-152X.69433

Palavras-chave:

Utopia, Profanação, Resistência

Resumo

O presente trabalho problematiza a noção clássica de utopia, perfurando-a com o conceito de profanação, tal qual proposto por Giorgio Agamben (2007). Trata-se de um ensaio teórico onde se busca restituir a utopia - sacralizada como projeto, meta a ser atingida - ao uso comum. O estudo proposto se depara com algumas questões: haveria na utopia abrigo para um exercício ético capaz de potencializar processos de singularização? Tal experiência, uma vez disparada, colocaria em questão algumas das linhas de força que compõem os modos de subjetivação hegemônicos no contemporâneo? 

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Biografia do Autor

Laís Vargas Ramm, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestranda em Psicologia Social e Institucional na UFRGS.

Édio Raniere, Universidade Federal de Pelotas

Professor do curso de Psicologia

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Publicado

2019-03-28

Como Citar

Ramm, L. V., & Raniere, Édio. (2019). Profanar a utopia: dos cenários sociais em lusco-fusco. Revista Polis E Psique, 9(1), 7–29. https://doi.org/10.22456/2238-152X.69433

Edição

Seção

Artigos