Às amadoras e amantes das ciências
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.118098Palavras-chave:
Objetividade, Feminismo, Amadoras.Resumo
A partir de reflexões sobre objetividade nos estudos feministas, argumentamos, neste ensaio, para a importância de se reativar práticas de atenção e políticas de afeto que se abrem para o maravilhamento, o espanto e outros tipos de afetações acionados na produção do conhecimento científico. Nos referimos às amadoras e amantes para aludir a um certo modo de cientistas se colocarem em relação com o mundo e as ciências. Os interesses das amantes das ciências são diferentes daqueles que produzem a objetividade moderna, voltam-se a saberes localizados e para o maravilhamento, abrem-se para a multiplicidade e para a construção de outros afetos, corpos, agenciamentos e subjetividades nos encontros com humanos e não-humanos; e na constituição de saberes situados.
Downloads
Referências
Barad, K. (2011). Erasers and erasures: Pinch’s unfortunate ‘uncertainty principle’. Social Studies of Science, 41(3), 443–454. doi: https://doi.org/10.1177/0306312711406317
Barad, K. (2017). Troubling time/s and ecologies of nothingness: re-turning, re-membering, and facing the incalculable. New Formations, 92(31), 56-86. Recuperado de https://muse.jhu.edu/article/689858
Barad, K. (2020). Performatividade queer da natureza. Revista brasileira de estudos da homocultura, 03(11), 300-346. doi: 10.31560/2595-3206.2020.11.11882
Daston, L. (1999). As imagens da objetividade: a fotografia e o mapa. In F. Gil (Ed.), A ciência tal qual se faz. (pp. 79-103). Lisboa: Sá da Costa.
Daston, L. (2017). Historicidade e objetividade. São Paulo: LiberArs.
Daston, L. & Galison, P. (2010). Objectivity. Princeton University: Zone Books.
Despret, V. & Stengers, I. (2012). Les faiseuses d’histoires: Que font les femmes à la pensée? Paris: La Découverte: Les Empêcheurs de penser en rond parution.
Dias, J. P., Borba, M., Vanzolini, M., Sztutman, R., Schavelzon, S. & Averty, M. (2016). Uma ciência triste é aquela em que não se dança: Conversações com Isabelle Stengers. Rev. Antropol., 59(2), 155-186. doi: https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2016.121937
Haraway, D. (1991). Simians, Cyborgs, and Women: the reinvention of Nature. New York: Routledge.
Haraway, D. (2004). The Haraway Reader. New York: Routledge.
Harding, S. (1995). “Strong objectivity”: A response to the new objectivity question. Synthese, 104, 331–349. doi: https://doi.org/10.1007/BF01064504
Harding, S. (2007). Gênero, democracia e filosofia da ciência. RECIIS – R. Eletr. de Com. Inf. Inov. Saúde, 1(1), 163-168. doi: doi.org/10.29397/reciis.v1i1.891
Harding, S. (2019). Objetividade mais forte para ciências exercidas a partir de baixo. Em construção: arquivos de epistemologias históricas e estudos de ciência. 5, 143-162. doi: https://doi.org/10.12957/emconstrucao.2019.41257
Kuala, R. (2008). Naturalizing Objectivity. Perspectives on Science, 16(3), 285-302. Recuperado de https://direct.mit.edu/posc/article/16/3/285/15230/Naturalizing-Objectivity
Latour, B. (1993). Pasteur on lactic acid yeast- a partial semiotic analysis. Configurations, 1(1), 127-142. Recuperado de http://www.bruno-latour.fr/node/257.html
Latour, B. (1996). On Interobjectivity. Mind, Culture, and Activity, 3(4), 228–245. Recuperado de http://www.bruno-latour.fr/sites/default/files/63-INTEROBJECTS-GB.pdf
Latour, B. (2009). Como falar do corpo? A dimensão normativa dos estudos sobre a ciência. In J. A. Nunes & R. Roque (Orgs.), Objectos Impuros. Experiências em Estudos sobre a Ciência (pp. 38-61). Porto: Afrontamento.
Law, J. (2000). Objects, Spaces and Others. Centre for Science Studies Lancaster University, 4, 1-13. Recuperado de https://www.lancaster.ac.uk/fass/resources/sociology-online-papers/papers/law-objects-spaces-others.pdf
Law, J. (2004). After Method: mess in social Science research. Lancaster University: Psychology Press.
Shotter, J. (2013). Agentive spaces, the “background”, and other not well articulated influences in shaping our lives. Journal for the theory of social behaviour, 43(2), 133-154. doi: https://doi.org/10.1111/jtsb.12006
Sloterdijk, P. (2003). Esferas I. Burbujas. Madrid: Ediciones Siruela.
Shotter, J. (2013). From inter- subjectivity, via inter- objectivity, to intra- objectivity: from a determinate world of separate things to an indeterminate world of inseparable flowing processes. In: Gordan, S., Daanen P. & Maghadam, F. (Orgs.), Uderstanding the self and the others. (pp. 1-20). Londres, Routledge.
Stengers, I. (2011). “For a public intelligence of science”, Alliage, 69. Recuperado de http://revel.unice.fr/league/index.html?id=3239
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
IMPORTANTE: a carta de declaração de direitos deverá ser submetida como documento suplementar.