Os Arquivos Públicos mais próximos do cidadão
a pesquisa de usuário como ferramenta para ampliar os usos dos arquivos
DOI:
https://doi.org/10.1590/1808-5245.31.144898Palavras-chave:
arquivologia, pesquisa de usuário, gestão da qualidade, acessoResumo
O artigo examina o uso da pesquisa de usuário como ferramenta para criar indicadores que orientem políticas de acesso aos documentos de arquivo. Parte-se do reconhecimento do direito à cultura como dimensão constitutiva da cidadania e da necessidade de os arquivos atenderem a sociedade contemporânea, marcada por pluralidade e avanços tecnológicos, o que exige que os arquivos adotem uma agenda social que reconheça a centralidade dos usuários. O objetivo principal é compreender de que modo os estudos de usuários podem subsidiar melhorias nos serviços arquivísticos, indo além da mensuração da satisfação e contribuindo para a construção de indicadores de acesso, promover autonomia e ampliar o uso dos acervos. O arcabouço teórico articula os conceitos de direito cultural, gestão da qualidade e estudos de usuário em arquivos, com foco na produção de conhecimento sobre os mecanismos de busca e expectativas informacionais dos cidadãos. A metodologia baseia-se na análise documental, centrada nas diretrizes do Conselho Nacional de Arquivos, em especial o infográfico publicado em 2022. Conclui-se que, ao adaptar-se às novas demandas, os arquivos públicos poderão diversificar seu público e ampliar o interesse por seus acervos.
Downloads
Referências
BOJE, D. M.; WINDSOR, R. D. The ressurection of taylorism: total quality management’s hidden agenda. Journal of Organizational Change Management, Leeds, v. 6, n. 4, p. 58-71, 1995. Disponível em: https://doi.org/10.1108/09534819310042740. Acesso em: 2 fev. 2024.
BOUNDS, G. et al. Beyond total quality management: toward the emerging paradigm. New York: McGraw-Hill, 1994.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 1988.
BRASIL. Lei 12.343, de 2 de dezembro de 2010. Institui o Plano Nacional de Cultura - PNC, cria o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais - SNIIC e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, ano 147, n. 231, p. 1, 3 dez. 2010.
BRASIL. Ministério da Cultura. Conselho Nacional de Política Cultural. Colegiado Setorial de Arquivos. Plano setorial de arquivos (2017-2027). Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2018.
BUCKLAND, M. K. Information as thing. Journal of the American Society for information science, New Jersey, v. 42, n. 5, p. 351-360, 1991. Disponível em: https://doi.org/10.1108/09534819310 https://doi.org/10.1002/(SICI)1097-4571(199106)42:5<351::AID-ASI5>3.0.CO;2-3042740. Acesso em: 2 fev. 2024.
CARVALHO, M. S. Cultura, constituição e direitos. In: CUNHA FILHO, H. F.; BOTELHO, I.; SEVERINO, J. R. (org.) Direitos Culturais. Salvador: EDUFBA, 2018. p. 35-56.
CHAUÍ, M. Cultura e democracia. Crítica y Emancipación, Buenos Aires, n. 1, p. 53-76, 2008.
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (Brasil). Estudo de usuários em arquivos. Portal gov.br, Brasília, 3 maio 2022.
CUNHA FILHO, F. H. Cultura e democracia na Constituição Federal de 1988: a representação de interesses e sua aplicação ao Programa Nacional de Apoio à Cultura. 2004. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2004.
CUNHA FILHO, F. H.; BOTELHO, I.; SEVERINO, J. R. Direitos Culturais: centenários mas ainda desconhecidos. In: CUNHA FILHO, H. F.; BOTELHO, I.; SEVERINO, J. R. (org.). Direitos Culturais. Salvador: EDUFBA, 2018. p. 27-34.
CUNHA, M. P. E.; CUNHA, J. V.; DAHAB, S. Gestão da qualidade: uma abordagem dialéctica. Revista de Administração Contemporânea, Maringá, v. 5, n. esp., p. 197-215, 2001. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1415-65552001000500011. Acesso em: 2 fev. 2024.
GEVIRTZ, C. Developing new products with TQM. New York: McGraw-Hill, 1994.
GINZBURG, C. Conversar com Orion. Esboços: histórias em contextos globais, Florianópolis, v. 12, n. 14, p. 163-170, 2007.
GONZÁLEZ DE GÓMEZ, M. N. Regime de informação: construção de um conceito. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v. 22, n. 3, p. 43-60, 2012.
INTERNATIONAL COUNCIL ON ARCHIVES. Mutilingual Archival Terminology. Paris: ICA, 2015.
JIMERSON, R. C. Arquivos para todos: a importância dos arquivos na sociedade. Arquivo & Administração, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 27-44, 2008.
OLIVEIRA, L. M. V. Arquivos e cultura: por que é difícil de compreender? In: COLÓQUIO POLÍTICAS SETORIAIS DO CAMPO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE CULTURA: MUSEUS, ARQUIVOS E BIBLIOTECAS, 2023, Rio de Janeiro. Anais [...]. Fundação Casa de Rui Barbosa: Rio de Janeiro. 2023. Palestra.
OLIVEIRA, L. M. V et al. Os usuários da informação arquivística. Arquivo & Administração, Rio de Janeiro, v. 5, n. 2, p. 53-74, 2006.
OLIVEIRA, L. M. V.; BARBATHO, R. R. G. Como os historiadores realizam suas pesquisas: uma perspectiva contemporânea. Acervo, Rio de Janeiro, v. 29, n. 1, p. 223-235, 2016.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. New York: ONU, 1948.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural. New York: UNESCO, 2002.
PUT, E. Une flore d’archive? In: AUBRY, M.; DOOM, I. C. et V. (dir.). Archives, archivistes, archivistique dans l’Europe du Nord-Ouest du Moyen Âge à nos jours. Villeneuve d’Ascq: Institut de recherches historiques du Septentrion, 2007.
STEINGARD, D. S.; FITZGIBBONS, D. S. A postmodern deconstruction of total quality management. Journal of Organizational Change Management, Leeds, v. 6, n. 5, p. 27-42, 1993. Disponível em: https://doi.org/10.1108/EUM0000000001210. Acesso em: 2 fev. 2024.
THOMASSEN, T. Turning archival thinking upside down. Archival theory and the use of databases. In: ENCONTRO DE BASES DE DADOS SOBRE INFORMAÇÕES ARQUIVÍSTICAS, 2., 2007, Rio de Janeiro. Anais [...]. [S.l.]: AAB, 2007. p. 10-21.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Lucia Maria Velloso de Oliveira, Camilla Campoi Sobral

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, como publicar em repositório institucional, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os artigos são de acesso aberto e uso gratuito. De acordo com a licença, deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Não é permitido aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.