Rios, ruas e redes
o papel das TICs no processo de desocultamento dos cursos de água da cidade de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583202253.104419Palabras clave:
Rios urbanos, Coletivos urbanos, Redes digitais, São Paulo, Territórios híbridosResumen
A cidade de São Paulo se desenvolveu baseada em uma lógica de urbanização que ocultou uma rede hidrográfica de mais de trezentos cursos de água. Este artigo tem o objetivo de investigar o papel das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nas ações de coletivos e iniciativas sociais engajados no desocultamento dessas águas. O método de investigação e análise consiste no mapeamento e observação dos coletivos e dos dispositivos e arquiteturas digitais e em rede mobilizados por esses grupos. Isso indica traçar e descrever as interações entre pessoas, tecnologias e outros elementos espaciais que também compõem o processo. A fim de inserir a discussão dentro de uma perspectiva tecnocomunicacional, a análise buscou destacar dois aspectos, a saber, a natureza e forma reticular do fenômeno investigado e a contínua hibridação entre espaços e territórios físicos e digitais-informacionais.
Descargas
Citas
AKRICH, M.; CALLON, M.; LATOUR, B. Sociologie de la traduction: textes fondateurs. Paris: Presses de l’École des Mines, 2006.
BARTALINI, V. A trama capilar das águas na visão cotidiana da paisagem. Revista USP, São Paulo, n. 70, p. 88–97, 2006.
BRUNO, E. S. História e tradições da cidade de São Paulo, Arraial dos Sertanistas (1554-1828). 4. ed. São Paulo: Hucitec, 1991. v. 1.
CALLON, M.; FERRARY, M. Les réseaux sociaux à l’aune de la théorie de l’acteu-réseau. Sociologies pratiques, [s.l.], v. 2, n. 13, p. 37–44, 2006.
CALLON, M.; LAW, J. L’irruption des non-humains dans les sciences humaines : quelques leçons tirées de la sociologie des sciences et des techniques. In: REYNAUD, B. (org.). Les limites de la rationalité. Tome 2. Rationalité, éthique et cognition. Paris: La Découverte, 1997. p. 99–118.
CASTELLS, M. Networks of outrage and hope: social movements in the Internet Age. Cambridge, UK; Malden, MA: Polity Press, 2012.
CIDADE AZUL. Encontro dos rios. 2018. Disponível em: https://www.cidadeazul.org. Acesso em: 10 abr. 2020.
CIDADE AZUL. Fotos. São Paulo, 16 jun. 2015. Facebook: @acidadeeazul. Disponível em: https://web.facebook.com/acidadeeazul/photos/995591290465593. Acesso em: 20 ago. 2019.
CIDADE AZUL. SoundClound. 2019. Disponível em: https://soundcloud.com/cidadeazul. Acesso em: 30 jun. 2019.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mille plateaux. Paris: Éditions de minuit, 1980.
ESTÚDIO LABORG, Rios des.cobertos — O resgate das águas da cidade. 2016. Disponível em: https://www.estudiolaborg.com.br/portfolio/rios-des-cobertos-o-resgate-das-aguasda-cidade. Acesso em: 03 ago. 2019.
EXISTE ÁGUA EM SP. Existe água em SP. 2019. Facebook: @existeaguaemsp. Disponível em: https://web.facebook.com/existeaguaemsp. Acesso em: 20 ago. 2019.
GOUVEIA, I. C. M. C. A cidade de São Paulo e seus rios: uma história repleta de paradoxos. Confins, São Paulo, n. 27, 2016. Disponível em: http://journals.openedition.org/confins/10884. Acesso em: 24 fev. 2018.
HEIDEGGER, M. A questão da técnica. Scientiæ Studia, São Paulo, v. 5, n. 3, p. 375–98, 2007.
HERNÁNDEZ-MORA, N. et al. Networked water citizen organizations in Spain: Potential for transformation of existing power structures in water management. Water Alternatives, [s.l.], v. 8, n. 2, p. 99–124, 2015.
INGOLD, T. Bringing things to life: Creative entanglements in a world of materials. World, [s.l.], v. 44, p. 1–25, 2010.
INSTITUTO HARMONIA. Mapa afetivo das nascentes paulistanas. 2019. Disponível em: https://rioseruas.wordpress.com/mapa-afetivo. Acesso em: 15 ago. 2019.
LATOUR, B. Enquête sur les modes d’existence: une anthropologie des modernes. Paris: La Découverte, 2012.
LATOUR, B. On actor-network theory. A few clarifications. Soziale Welt, Baden-Baden, v. 47, n. 4, p. 369–381, 1996.
LATOUR, B. Sphères et réseaux: deux façons de saisir le global. Les Études du CFA– Ouvertures.org, [s.l.], v. 26, p. 138–144, 2009.
LEMOS, A. Da Engenharia à Comunicação. Traduções e Mediações para compreender a Técnica e a Comunicação na Cultura Contemporânea. In: LOPES, I. V. (org.). Epistemologia da Comunicação no Brasil: trajetórias autorreflexivas. São Paulo: ECA-USP, 2016. p. 1–20.
LEMOS, A. Mídia locativa e territórios informacionais. In: SANTAELLA, L.; ARANTES, P. (org.). Estéticas tecnológicas: novos modos de sentir. São Paulo: Educ., 2008. p. 207–230.
MAFFESOLI, M. L’ordre des choses: penser la postmodernité. Paris: CNRS éditions, 2014.
MEYROWITZ, J. The Rise of Glocality: New Sense of Place and Identity in the Global Village. In: THE GLOBAL AND THE LOCAL IN MOBILE COMMUNICATION: PLACES, IMAGES, PEOPLE, CONNECTIONS, 2004, Budapest. Proceedings […]. Budapest: Hongrie, juin 2004.
NASCENTE SP. Nascentes SP. 2019. Facebook: @NascenteSP. Disponível em: https://web.facebook.com/NascenteSP. Acesso em: 20 ago. 2019.
PARROCHIA, D. Philosophie des réseaux. Paris: Presses universitaires de France, 1993.
PAUL, M. J.; MEYER, J. L. Streams in the Urban Landscape. Annual Review of Ecology and Systematics, Palo Alto, v. 32, n. 1, p. 333–365, 2001.
QUEIROZ, M. H. L.; SOMEKH, N. A cidade comprometida: a questão ambiental e os planos de São Paulo. Cad. de Pós-Graduação em Arquit. e Urb., São Paulo, v. 3, n. 1, p. 113–124, 2003.
RIOS (IN)VISÍVEIS. Mapeamento colaborativo dos rios de São Paulo. 2016. Disponível em: http://www.riosdesaopaulo.org. Acesso em: 20 jul. 2019.
ROLNIK, R. São Paulo. São Paulo: PubliFolha, 2001.
ROTHBERG, D. Comunicação para sustentabilidade, memória social e cidadania em projetos de pesquisa. Líbero, São Paulo, v. 18, n. 35, p. 133–144, 2015.
SABESP – CIA. DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Programa Córrego Limpo. 2009. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/planejamento/escola_de_formacao/arquivos/cursos/presenciais/corrego_limpo.pdf. Acesso em: 20 jul. 2019.
SANTAELLA, L. Mídias locativas: a internet móvel de lugares e coisas. Revista Famecos, Porto Alegre, v. 15, n. 35, p. 95–101, 2008.
SANT’ANNA, D. B. Cidade das águas: usos de rios, córregos, bicas e chafarizes em São Paulo (1822-1901). São Paulo: Senac, 2007.
SANTOS, Á. R. A grande barreira da Serra do Mar: da trilha dos Tupiniquins à Rodovia dos Imigrantes. São Paulo: O Nome da Rosa, 2004.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Edusp, Ed. da Univ. de São Paulo, 2009.
SEABRA, O. C. Geografia urbana que fazemos. Revista do Departamento de Geografia – USP, São Paulo, v. Especial 30 Anos, p. 284–307, 2012.
SEABRA, O. C. Meandros dos Rios nos Meandros do Poder. Tietê e Pinheiros: valorização dos rios e das várzeas na cidade de São Paulo. 1987. Tese (Doutorado em Geografia) – FFLCH, USP, São Paulo, 1987.
SILVA, D. K. M. Hidrocidadania, redes digitais e a redescoberta dos rios e córregos de São Paulo. Contemporânea, Salvador, v. 18, n. 3, p. 166–186, 2020.
SILVA, D. K. M. Mouvements-réseau: les interconnexions entre technologie, environnement et vie sociale dans l’espace urbain. Sociétés, Paris, v. 145, n. 3, p. 75–84, 2019.
SILVA, D. K. M.; AGUIAR, C. E. S. Os paradoxos da Comunicação ante o Antropoceno. Revista ECO-Pós, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 12–32, 2020.
SILVA, A. S. From cyber to hybrid: mobile technologies as interfaces of hybrid spaces. Space and Culture, Thousand Oaks, v. 9, n. 3, p. 261–278, 2006.
SILVA, A. S.; SHELLER, M. (org.). Mobility and locative media: mobile communication in hybrid spaces. New York: Routledge, Taylor & Francis Group, 2015.
SIMONDON, G. Sur la technique (1953-1983). Paris: Presses universitaires de France, 2014.
SLOTERDIJK, P. Sphères III - Écumes. Paris: Hachette Littératures, 2006.
STEFANO, L. D. et al. Measuring Information Transparency in the Water Sector: What Story Do the Indicators Tell? International Journal of Water Governance, Netherlands, v. 4, n. 10, p. 1- 22, 2016.
TAUNAY, A. E. História da cidade de São Paulo no século XVIII. São Paulo: Divisão do Arquivo Histórico, 1951. v. 2.
WEISER, M. The computer for the 21 century. ACM SIGMOBILE Mobile Computing and Communications Review, [s.l.], v. 3, n. 3, p. 3–11, 1999.
ZAGNI, R. M. Uma análise iconográfica de São Paulo “Várzea do Carmo, c. 1862”. Estudos sobre a intolerância – FFLCH/USP, São Paulo, p. 1-5, 2004.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Dayana K. Melo da Silva

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en esta Revista pertenecen a los autores, y los derechos de la primera publicación están garantizados para la revista. Por estar publicados en una revista de acceso libre, los artículos son de uso gratuito, con la atribución apropiada, en las actividades educativas y no comerciales.
La revista utiliza la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY-NC 4.0), que permite el intercambio de trabajo con el reconocimiento de la autoría.
Autoarchivo (política de repositorios): se permite a los autores depositar todas las versiones de sus trabajos en repositorios institucionales o temáticos, sin período de embargo. Se solicita, siempre que sea posible, que se agregue la referencia bibliográfica completa de la versión publicada en Intexto (incluido el enlace DOI) al texto archivado.
Intexto no cobra ninguna tarifa por el procesamiento de artículos (article processing charge).