A disciplinarização da epistemologia no ensino da(s) teoria(s) da comunicação
Palavras-chave:
Teoria da Comunicação. Epistemologia. Ensino.Resumo
Como as discussões epistemológicas sobre Comunicação articulam-se com o ensino acadêmico? A questão nasce de um paradoxo: embora não exista consenso a respeito de premissas epistemológicas da área, nos cursos de graduação essa discussão é reduzida a poucas disciplinas, geralmente Teoria da Comunicação. Este texto discute três aspectos desse processo: (1) a disciplinarização dos saberes na área, (2) as demandas acadêmicas no ensino de Teoria e (3) as teorias nos programas universitários.Downloads
Referências
AFONSO, M. A. Ensino: sonhos e pesadelos do curso pioneiro. In: MELO, J. M. Pedagogia da Comunicação: matrizes brasileiras. São Paulo: Angellara, 2006.
ALBUQUERQUE, A. Os desafios epistemológicos da comunicação mediada por computador. Revista Fronteiras, v. 4, n. 2, dezembro 2002.
BAITELLO, N. Comunicação, mídia e cultura. São Paulo em Perspectiva. São Paulo, v. 12, n. 4, p. 11-
, 1999.
BARBOSA, M. A pesquisa em Comunicação no século XXI: bases para uma nova ciência? In: MELO, J. M.; GOBBI, M. C. Pensamento comunicacional latino-americano. São Paulo: Unesco/Metodista, 2004.
BARBOSA, M. Paradigmas de construção do campo comunicacional. In: HOHFELDT, A. et al. Tensões e objetos da pesquisa em Comunicação. Porto Alegre: Sulina, 2002.
BONIN, J. A. Elementos para pensar a formaçao e o ensino em teorias da comunicaçao. Revista Conexão - Comunicação e Cultura, Caxias do Sul, v. 4, n. 8, p. 61-68, jul./dez, 2005.
BOURDIEU, P. Os usos sociais da ciência. São Paulo: Unesp, 2006.
BOURDIEU, P. Questões de Sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983.
BRAGA, J. L. Os estudos de interface como espaço de construção do Campo da Comunicação. ENCONTRO DA COMPÓS, 8. São Bernardo do Campo, 2004. Anais... São Bernardo do Campo, 2004.
EPSTEIN, I. Um impasse curricular: Teoria da Comunicação. In: MELO, J. M. Ensino de Comunicação no Brasil: impasses e desafios. São Paulo: Eca/Usp, 1987.
FELINTO, E. Patologias no sistema da comunicação: ou o que fazer quando seu objeto desaparece. In: FERREIRA, G.; MARTINO, L. C. Teorias da Comunicação. Salvador: Ed. UFBA, 2007.
FERREIRA, J. Questões e linhagens na construção do campo epistemológico da Comunicação. In:_______ (Org.). Cenários, teorias e metodologias da Comunicação. Rio de Janeiro: e-papers, 2007.
FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 2009.
FOUCAULT, M. História da Sexualidade. Rio de Janeiro: Graal, 2001.
FRANÇA, V. Paradigmas da Comunicaçao: conhecer o que? In: MOTTA, Luiz Gonzaga; FRANÇA, V.,
PAIVA, R. e WEBER, M. H. (Org.) Estratégias e culturas da comunicação. Brasília: Editora UnB,
FUENTES NAVARRO, R. El estudio de la comunicación desde una perspectiva sociocultural en América Latina. Diálogos de la comunicación, Peru, n. 49, p. 16-25, 1994.
FUENTES NAVARRO, R. La investigacion de la comunicacion en America Latina. Comunicación y Sociedad. Guadalajara, n. 36, jul./dez. 1999.
KORMAN DIB, S., AGUIAR, L. e BARRETOS, I. Economia política das cartografias profissionais: a formação específica para o jornalismo. Revista de Economia Política de las tecnologias de información y comunicación, v. 12, n. 2, maio-agosto, 2010.
LIMA, V. Mídia: teoria e política. São Paulo: Perseu Abramo, 2001.
LIMA, V. Repensando a(s) teoria(s) da comunicação. In: MELO, J. M. Teoria e pesquisa em comunicação. São Paulo: Intercom/Cortez, 1983.
LOPES, M. I. V. Sobre o estatuto disciplinar do campo da Comunicação. In: ______. Epistemologia da Comunicação. São Paulo: Loyola, 2003.
LOZANO A., C.; VICENTE M., M. La enseñanza universitaria de las Teorías de la Comunicación en Europa y América Latina. Revista Latina de Comunicación Social, La Laguna n. 65, p. 255-265, 2010.
MAGNAVACCA, S. Lexico técnico de Filosofía Medieval. Buenos Aires: Miño y Davila, 2005.
MARTIN-BARBERO, J. Dos meios às mediações. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1997.
MARTINO, L. C. Apontamentos epistemológicos sobre a fundação e a fundamentação do campo
comunicacional. In: CAPPARELLI, S. et al. A Comunicação revisitada. Porto Alegre: Sulina, 2005.
MARTINO, L. C. Elementos para uma epistemologia da Comunicação. In: VVAA. Campo da
Comunicação. João Pessoa: Editora da UFPB, 2001.
MARTINO, L. C. Teorias da Comunicação: muitas ou poucas? Cotia: Ateliê, 2007.
MARTINO, L. M. S. A disciplina interdisciplinar. INTERCOM SUDESTE, GT ESTUDOS INTERDISCIPLINARES, 16., São Paulo XVI Intercom Sudeste. Anais... São Paulo, 2011.
MARTINO, L. M. S. A ilusao teorica no campo da comunicaçao. Famecos, Porto Alegre, n. 38. Jun./ago., 2008.
MARTINS, L. Teorias da comunicação no século XX. Brasília: Casa das Musas, 2005.
MATTOS, M. A. Desafios para a aformação e o reconhecimento da identidade teórico-epistemológica do campo comunicacional e seus agentes acadêmicos. In: FERRREIRA, G. M. e MARTINO, L. C. Teorias da Comunicação. Salvador: Edufba, 2007.
MELO, J. M. Ciências da Comunicação na América Latina: itinerário para ingressar no Século XXI.
Conferência proferida no VI Congresso Latino-Americano de Ciências da Comunicação - ALAIC, Santa Cruz de la Sierra, Anais... Bolívia, 2002
MELO, J. M. Contribuições para uma pedagogia da Comunicação. São Paulo: Paulinas, 1974.
MENEZES, J. E. de O. Rádio e Cidade: vínculos sonoros. São Paulo: Annablume, 2007.
MORAGAS SPA, MǤ Las ciencias de la comunicacion en la ‘sociedad de la informacion’. Revista Dia-
Logos de la Comunicación, n. 49, outubro 1997.
PINHEIRO, A. F. Et al. A importância da percepção e da assimilação das teorias da Comunicação entre
os estudantes de Jornalismo da UESPI - Universidade Estadual do Piauí. INTERCOM JÚNIOR, CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 29., Brasília, 2006. Anais... Brasília, 2006.
ROMANCINI, R. O campo científico da Comunicação no Brasil. São Paulo, Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, 2006.
SANCHEZ, L.; CAMPOS, M. La Teoria de la Comunicación: diversidad teorica e fundamentación
epistemologica. Revista Dialogos de la Comunicación, n. 788, p. 1-15, jan./jul. 2009.
SANTAELLA, L. Comunicação e pesquisa. São Paulo: Hacker, 2003.
SANTOS, T. C. Teorias da Comunicaçao: caminhos, buscas e intersecçoes. Revista Famecos, Porto Alegre, n. 28, dezembro 2005.
SCOLARI, C. Hipermediaciones. Barcelona: Gedisa, 2008.
SILVA, C. E. L Indústria cultural e cultura brasileira: pela utilização do conceito de hegemonia cultural. Revista Civilização Brasileira, v. 3, n. 7, p. 189-191, ago/out, 1980.
SILVA, C. E. L. Teoria da Comunicação. In: FADUL, A.; MELO, J. M. Ideologia e poder no ensino de Comunicação. São Paulo: Cortez, 1978.
SILVA, M. L. Currículo e ensino de Comunicaçao. Unirevista, v. 1, n. 3, Julho 2006, p. 1-13.
SHOLLE, D. Resisting Disciplines: repositioning Media Studies in the University. Communication Theory, v. 5, n. 2, 1995, p. 130-143.
TEMER, A. C. Teorizar é pensar a prática: uma reflexão sobre o ensino das Teorias da Comunicação
nos Cursos de Jornalismo. ENCONTRO NACIONAL DE PROFESSORES DE JORNALISMO, 10., Goiânia,
Anais... Goiania, 2007.
TRIVINHO, E. O mal-estar na teoria. Rio de Janeiro: Quartet, 2001.
VARÃO, R. Notas sobre o mito dos quatro fundadores do campo comunicacional: coisas que ninguém nunca viu antes e pensamentos que ninguém teve. CONGRESSO DA INTERCOM, 31. Natal. Anais... Natal, 2008.
WILLIAMS, R. Keywords. Londres: Fontana, 1979.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2013 Luis Mauro Sá Martino

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os Direitos Autorais dos artigos publicados neste periódico pertencem aos autores, e os direitos da primeira publicação são garantidos à revista. Por serem publicados em uma revista de acesso livre, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em atividades educacionais e não-comerciais.
A revista utiliza a Licença de Atribuição Creative Commons (CC BY-NC 4.0), que permite o compartilhamento de trabalhos com reconhecimento de autoria.
Auto-arquivamento (política de repositórios): autores têm permissão para depositar todas as versões de seus trabalhos em repositórios institucionais ou temáticos, sem embargo. Solicita-se, sempre que possível, que a referência bibliográfica completa da versão publicada na Intexto (incluindo o link DOI) seja adicionada ao texto arquivado.
A Intexto não cobra qualquer taxa de processamento de artigos (article processing charge).