Capacitismo nas trajetórias educacionais e a produção da fadiga de acesso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/2175-6236141797vs01

Palavras-chave:

Fadiga de Acesso, Capacitismo, Trajetórias Educacionais, Políticas Neoliberais

Resumo

Este artigo tem o objetivo de identificar as implicações do capacitismo na produção da fadiga de acesso presente nas trajetórias educacionais de mulheres negras com deficiência. A pesquisa foi embasada nos estudos feministas da deficiência e nos estudos da deficiência na educação. As informações foram obtidas por meio de formulário sociodemográfico e entrevistas em profundidade de caráter autobiográfico com 12 participantes de diferentes regiões do Brasil. Os resultados apontaram que o capacitismo, na interseção com outros sistemas opressivos, associado à compreensão neoliberal de que a busca por direitos é de responsabilidade individual, cria barreiras estruturais e interpessoais à busca por acessibilidade, gerando fadiga de acesso.

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Biografia do Autor

Marivete Gesser, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis/SC – Brasil

Marivete Gesser é Doutora em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com Pós-doutorado na State University of New York/Stony Brook/USA. Atua como professora associada no Departamento de Psicologia da UFSC e coordena o Núcleo de Estudos da Deficiência (NED-UFSC). Recebe financiamento do CNPq - bolsa PQ nível 1D.

Valéria Aydos, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Uruguaiana/RS – Brasil

Valéria Aydos é doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e professora do curso de Medicina da Universidade Federal do Pampa. É co-editora-chefe da revista internacional Cahier franco-latino-américains d’études sur le handicap e coordena o Grupo Brasileiro de Estudos sobre Deficiência, Sociedade e Cultura. Também atua no Comitê de Deficiência e Acessibilidade da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), além de ser membra da ABRAÇA (Associação Brasileira pelos Direitos dos Autistas). Em seus últimos projetos tem focado seus interesses em pesquisas emancipatórias sobre a interseccionalidade entre autismo, gênero, raça e classe social em processos de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e na educação.

Pamela Block, Western University, London/ON – Canadá

Pamela Block é professora de Antropologia Cultural da Western University, o Dr. Block estuda a experiência de deficiência nos níveis individual, organizacional e comunitário, concentrando-se nos movimentos sociais da deficiência (justiça e direitos) e opressão da deficiência (eugenia, esterilização, encarceramento em massa e extermínio). Ela está interessada na múltipla marginalização e nas interseções de gênero, raça, pobreza e deficiência no Brasil, Estados Unidos e Canadá. Mais recentemente, ela é parceira de um grande projeto de intercâmbio internacional financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) 2019-2022 para analisar as interseções de violência, gênero, sexualidade e diversidade. É membro da Sociedade de Antropologia Aplicada e ex-presidente da Society for Disability Studies.

Paula Xavier da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis/SC – Brasil

Paula Xavier da Silva é graduanda em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e atuou como bolsista de Iniciação Científica (PIBIC) no Núcleo de Estudos da Deficiência (NED-UFSC) entre 2022 e 2023.

Publicado

2024-11-06

Como Citar

Gesser, M., Aydos, V., Block, P., & Silva, P. X. da. (2024). Capacitismo nas trajetórias educacionais e a produção da fadiga de acesso. Educação & Realidade, 49. https://doi.org/10.1590/2175-6236141797vs01

Edição

Seção

Estudos da Deficiência na Educação

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