Analfabetismo no Brasil: configuração e gênese das desigualdades regionais

Autores

  • Alceu Ravanello Ferraro UFRGS
  • Daniel Kreidlow

Palavras-chave:

analfabetismo, Brasil, desigualdades regionais, latifúndio, escravismo.

Resumo

O analfabetismo é uma forma extrema de exclusão. O Censo 2000 revela: a persistência do analfabetismo no Brasil, sua distribuição extremamente desigual entre as Unidades da Federação (UFSs) e a configuração regional dessa distribuição. Em 1872 (primeiro Censo), as diferenças entre as províncias eram mínimas. O Censo 1920 evidencia o primeiro rompimento dessa condição de “igualdade” no analfabetismo generalizado. O período 1920/1960 conclui a configuração regional do analfabetismo, assim como aparece no Censo 2000. O que tem empurrado para baixo as taxas de analfabetismo no Brasil é, principalmente, a concentração da administração pública (RJ e DF), a propriedade rural familiar (RS e SC), a urbanização aliada à industrialização (SP e, mais recentemente, MG e PR), a proximidade com os centros do poder político e econômico. Nunca o latifúndio. Nem mesmo o latifúndio do rei café.

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Biografia do Autor

Alceu Ravanello Ferraro, UFRGS

Professor do Departamento de Educação da Escola Superior de Teologia, São Leopoldo/RS. Professor Titular aposentando da UFRGS. Pesquisador do CNPq. Em 1992, por determinação judicial, houve retificação no sobrenome do autor, o qual passou de FERRARI para FERRARO.

Daniel Kreidlow

Aluno do Bacharelado em Teologia, da Escola Superior de Teologia, participante na condição de bolsista de Apoio Técnico do CNPq

Arquivos adicionais

Publicado

2004-12-01

Como Citar

Ferraro, A. R., & Kreidlow, D. (2004). Analfabetismo no Brasil: configuração e gênese das desigualdades regionais. Educação & Realidade, 29(2). Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/25401

Edição

Seção

Artigos