A Gestão Autônoma da Medicação e o Exercício do Cuidado
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.97830Palavras-chave:
cuidado, grupo, familiaresResumo
Este artigo foi construído a partir das análises produzidas na Pesquisa Intervenção que se realizou em interface com o projeto brasileiro da Estratégia da Gestão Autônoma da Medicação (GAM), especificamente em Vitória (Espírito Santo) em um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi). Esta escrita enuncia um desdobramento da GAM em sua experiência inédita com Grupo de Intervenção com Familiares (GIFs) de crianças e adolescentes. A GAM tem contribuído para a efetivação das políticas públicas de saúde, como um exercício de ampliação de possibilidades de cuidado, disparando processos de autonomia e protagonismo, democratização nos serviços de saúde, criando e sustentando formas de tratamento coletivamente. Percebemos os efeitos da GAM quando produzem interferência nos processos de gestão, reconfigurando as relações entre usuários, familiares, profissionais e também pesquisadores. São efeitos mapeáveis pela reciprocidade, interdependência, confiança e reposicionamento no cuidado de si e do outro.
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