Alice e os Paradoxos da Escrita Acadêmica

Autores

  • Renata Fischer da Silveira Kroeff Universidade Federal do Rio GRande do Sul (UFRGS)
  • Jéssica Prudente Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-152X.92289

Palavras-chave:

escrita acadêmica, ficção, paradoxo, agonística, processos de subjetivação

Resumo

O texto aborda a escrita acadêmica como experiência agonística. Utilizamos o recurso da ficção como estratégia para compor uma narrativa que visa a incidir nos modos de produção de verdades, por meio da convocação de afetos que transcendam o conteúdo da escrita. A experiência agonística é discutida pela personagem Alice, por meio da problematização de três paradoxos: o aspecto informativo e experiencial da escrita na constituição das políticas de produção, o engendramento entre virtualidade e atualização nos processos de subjetivação e a presença-ausente do autor na produção de autoria. Uma posição ético-estético-política é tecida a partir da problematização desses elementos, apostando na potência de um texto-experimentação para provocar fissuras nos modos de produção de conhecimento no âmbito acadêmico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Renata Fischer da Silveira Kroeff, Universidade Federal do Rio GRande do Sul (UFRGS)

mestre e doutoranda em Psicologia Social e Institucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente é professora do curso de Psicologia no Instituto Evangélico Novo Hamburgo (IENH). Integrante do Núcleo de Ecologias e Políticas Cognitivas (UFRGS).

Jéssica Prudente, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Mestre e doutoranda em Psicologia Social e Institucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Referências

Barthes, R. (2004). A morte do autor. In: R. Barthes. O Rumor da Língua (pp. 57-64). São Paulo: Martins Fontes.

Carroll, L. (1997). Alice no País das Maravilhas. São Paulo: Editora Scipione.

Deleuze, G. (1965). Nietzsche. Lisboa: Edições 70.

Deleuze, G. (1974). Lógica do sentido (L. R. S. Fortes, Trad.). São Paulo: Perspectiva.

Deleuze, G. (1978). Cours Vincennes. Recuperado de https://www.webdeleuze.com/textes/194.

Deleuze, G. (1996). O atual e o virtual. In: Deleuze, G.; & Parnet, C. Dialogues (pp. ) Paris: Flammarion.

Deleuze, G.; Guattari, F. (1997a). Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia. Vol. 5. São Paulo: Editora 34.

Deleuze, G.; Guattari, F. (1997b). O que é a filosofia? (B. Prado Jr. e A. A. Munõz, Trad.), 3 ed. São Paulo: Editora 34.

Foucault, M. (1986). A arqueologia do saber, 2a ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Foucault, M. (1997). Nietzsche, Freud e Marx: Theatrum Philosoficum. São Paulo: Princípio Editora.

Foucault, M. (2000). Sobre a história da sexualidade. In: M. Foucault. Microfísica do poder (pp. 243-276). Rio de Janeiro: Graal.

Foucault, M. (2009). O que é um autor? 7a ed. Lisboa: Vega.

Kastrup, V.; Barros, R. B. D. (2009). Movimentos-funções do dispositivo na prática da cartografia. In: E. Passo.; V. Kastrup; L. Escóssia. Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina.

Larrosa, J. (2002). Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Revista Brasileira de Educação, 19, 20-28.

Larrosa, J. (2003). O ensaio e a escrita acadêmica. Educação & Realidade, 28(2).

Larrosa, J. (2016). Tremores: Escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica Editora.

Maturana, H. R. (2001). Cognição, ciência e vida cotidiana. Belo Horizonte: Ed. UFMG.

Pessoa, F. (2004). Obra poética. Organização de Maria Aliete Galhoz. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar.

Woolf, V. (2014). Um teto todo seu. São Paulo, Editora: Tordesilhas.

Downloads

Publicado

2019-07-26

Como Citar

Kroeff, R. F. da S., & Prudente, J. (2019). Alice e os Paradoxos da Escrita Acadêmica. Revista Polis E Psique, 9(2), 151–170. https://doi.org/10.22456/2238-152X.92289

Edição

Seção

Dossiê - Temas em Debate: Riscos da Criação

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)