Entre sufocamentos e alguns possíveis: violência urbana e políticas públicas
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.86349Palavras-chave:
violência urbana, homicídios, juventudes, pesquisa-intervenção, psicologia socialResumo
O objetivo deste artigo é problematizar implicações da intensificação da violência letal e desafios frente a isso no cotidiano de trabalhadores sociais que atuam em uma das regiões com maiores taxas de homicídios na cidade de Fortaleza. Trata-se de um desdobramento de uma pesquisa-intervenção, à luz do método da cartografia, que analisou práticas institucionais em torno da problemática dos homicídios de adolescentes e jovens. Os dados foram produzidos por observações, conversas no cotidiano, entrevistas e grupos de discussões. A seção de resultados e discussão destaca: 1) a violência como fortalecedora de barreiras no acesso de profissionais aos territórios e no acesso das juventudes mais estigmatizadas aos serviços existentes; 2) os desafios de profissionais de tomar a violência como objeto de ação-reflexão-ação e 3) a experiência de grupos de discussões intersetoriais na Barra do Ceará como estratégia de coletivização da problemática dos homicídios.
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