Incipiência da visualização de indicadores bibliométricos e altmétricos nos Repositórios Institucionais brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245230.213-234Palavras-chave:
Visualização. Indicadores bibliométricos e altmétricos. Repositório Institucional. Comunicação científica.Resumo
Os Repositórios Institucionais apresentam significativo potencial como fontes de informação para a elaboração dos estudos métricos, visando à compreensão das dinâmicas da atividade científica institucional. Contudo, sinalizam deficiências no tocante à externalização visual de seu vasto conteúdo científico na forma de indicadores bibliométricos e altmétricos. Neste contexto, o objetivo deste artigo foi investigar a capabilidade das iniciativas nacionais em Repositórios Institucionais de Acesso Aberto na utilização de indicadores bibliométricos e altmétricos, com base nos conceitos de visualização de informação. O método de pesquisa utilizado foi o estudo de caso exploratório, e a unidade de análise compreendeu 81 Repositórios Institucionais ativos nas Instituições de Ciência e Tecnologia brasileiras, identificados no Diretório de Repositórios de Acesso Aberto – OPENDOAR. Os resultados alcançados compreenderam a identificação e a análise da presença nos Repositórios Institucionais brasileiros dos indicadores bibliométricos e altmétricos e sua visualização gráfica. Observou-se que os indicadores bibliométricos apresentaram um índice maior de ocorrência na amostra analisada do que os indicadores altmétricos e a incipiência dos Repositórios Institucionais em disponibilizar os indicadores utilizando uma representação visual. Conclui-se que a discussão dos resultados alcançados pode contribuir para a compreensão da problemática em torno da utilização dos Repositórios Institucionais, como fontes de informação, para a elaboração e visualização de indicadores bibliométricos e altmétricos sobre as dinâmicas das atividades científicas desempenhadas pelas Instituições de Ciência e Tecnologia brasileiras.
Downloads
Referências
ARAÚJO, R. F. Marketing científico digital e métricas alternativas para periódicos: da visibilidade ao engajamento. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 20, n. 3, p. 67-84, set. 2015.
BAPTISTA, A. A. et al. Comunicação científica: o papel da Open Archives Initiative no contexto do acesso livre. Encontros Bibli: Revista Eletrônica em Ciência da Informação, Florianópolis, n. esp., p. 1-17, 1º sem. 2007.
BEHR, A. R.; FERREIRA, M. K. Customizações no Dspace para melhorar interação do usuário no Repositório Digital Lume. In: WORKSHOP DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR, 10., 2016, Gramado. Anais... Gramado: FAURGS, 2016. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/142244>. Acesso em: 29 out. 2016.
CAFÉ, L. et al. Repositórios institucionais: nova estratégia para publicação científica na Rede. In: ENCONTRO NACIONAL DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 13., 2003, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: INTERCOM, 2003. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2003/www/pdf/2003_endocom_trabalho_cafe.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2016.
CAMARGO, L. S. A.; VIDOTTI, S. A. B. G. Uma estratégia de avaliação em repositórios digitais. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 15., 2008, São Paulo. Anais... São Paulo: CRUESP, [2008]. Disponível em: <http://www.sbu.unicamp.br/snbu2008/anais/site/pdfs/3560.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2016.
CRONIN, B. Metrics à la mode. Journal of the American Society for Information Science and Technology, Hoboken, New Jersey, v. 64, n. 6, p. 1091-1091, 2013.
FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Indicadores de ciência, tecnologia e inovação em São Paulo 2004. São Paulo, 2004. Disponível em: <http://www.fapesp.br/2060>. Acesso em: 23 jun. 2016.
FEW, S. C. Now you see it: simple visualization techniques for quantitative analysis. Oakland: Analytics Press, 2009.
FREITAS, M. C. et al. Introdução à visualização de informações. Revista de Informática Teórica e Aplicada, Porto Alegre, v. 8, n. 2, p. 143–158, 2001.
GALLIGAN, F.; DYAS-CORREIA, S. Altmetrics: rethinking the way we measure. Serials Review, San Diego, v. 39, p. 56-61, 2013.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GOUVEIA, F.C. Altmetria: métricas de produção científica para além das citações. Liinc em Revista, Rio de Janeiro, v. 9, n. 1, p. 214-227, maio 2013.
INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER). Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.ibict.br/pesquisa-desenvolvimento-tecnologico-e-inovacao/sistema-eletronico-de-editoracao-de-revistas-seer>. Acesso em 29 ago. 2016.
KOBASHI, N. Y.; SANTOS, R. N. M. Institucionalização da pesquisa científica no Brasil: cartografia temática e de redes sociais por meio de técnicas bibliométricas. TransInformação, Campinas, v. 18, n. 1, p. 27-36, jan./abr. 2006.
LIMA, R. A.; VELHO, L. M. L. S.; FARIA, L. I. L. Bibliometria e “avaliação” da atividade científica: um estudo sobre o índice h. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 17, n. 3, p. 3-17, set. 2012.
MARCONDES, C. H.; SAYÃO, L. À guisa de introdução: repositórios institucionais e livre acesso. In: SAYÃO, L. et al. Implantação e gestão de repositórios institucionais: políticas, memória, livre acesso e preservação. Salvador: EDUFBA, 2009. p. 9-21.
MEDEIROS, S. A. et al. Gestão do conhecimento na sociedade da informação: repositório institucional da Universidade Federal de Lavras In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 17., 2012, Gramado. Anais... Gramado: FAURGS, 2012. Disponível em: <http://repositorio.ufla.br/handle/1/302>. Acesso em: 29 out. 2016.
MOHAMMADI, E., et al. Who reads research articles?: an altmetrics analysis of Mendeley user categories. Journal of the Association for Information Science and Technology, Hoboken, New Jersey, v. 66, n. 9, p. 1832–1846, abr. 2014.
MOURA, A. V. J. et. al. Repositório Institucional da UFBA: atividades desenvolvidas por estudantes de Biblioteconomia e documentação. Múltiplos Olhares em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 3, n. 2, p. 1-12, 2013.
MUGNAINI, R.; CARVALHO, T.; CAMPANATTI-OSTIZ, H. Indicadores de produção científica: uma discussão conceitual. In: POBLACION, D. A.; WITTER, G. P.; SILVA, J. F. M. da (Orgs.). Comunicação e produção científica: contexto e avaliação. São Paulo: Angellara, 2006. p. 313-340.
MUGNAINI, R.; JANNUZZI, P. M.; QUONIAM, L. Indicadores bibliométricos da produção científica brasileira: uma análise a partir da base Pascal. Ciência da Informação, Brasília, v. 33, n. 2, p. 123-131, 2004.
NARIN, F.; OLIVASTRO, D.; STEVENS, K. S. Bibliometric theory, practice and problem. Evaluation Review, Thousand Oaks, v. 18, n. 1, p. 65-76, 1994.
OKUBO, Y. Bibliometric Indicators and Analysis of Research Systems: Methods and Examples. OECD Science, Technology and Industry Working Papers, Paris, v. 97, n. 41, 1997/1, OECD, p. 8-12, 1997.
OLIVEIRA, E. F. T.; GRACIO, M. C. C. Indicadores bibliométricos em ciência da informação: análise dos pesquisadores mais produtivos no tema estudos métricos na base Scopus. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 16, n. 4, p. 16-28, out./dez. 2011.
OPENDOAR. The Directory of Open Access Repositories. University of Nottingham, UK. 2016. Disponível em: <http://opendoar.org>. Acesso em: 20 mar. 2016.
PRIEM, J.; HEMMINGER, B. M. Scientometrics 2.0: Toward new metrics of scholarly impact on the social web. First Monday, Chicago, v. 15, n. 7, jul. 2010. Disponível em: <http://firstmonday.org/htbin/cgiwrap/bin/ojs/index.php/fm/article/view/2874/257>. Acesso em: 10 jun. 2016.
RIBEIRO, F., PINTO, M. M. G. A. O acesso aberto à investigação em Ciência da Informação em Portugal: alcance e impacto. Páginas a&b: arquivos e bibliotecas, Porto, n. 4, p. 7-33, 2009.
SANTOS, P. X.; LIMA, N. T. Acesso Aberto: uma nova possibilidade de monitorar e avaliar o fluxo e o impacto da ciência. PontodeAcesso, Salvador, v. 9, n. 3, p. 149-163, dez. 2015.
SAYÃO, L. F. Padrões para bibliotecas digitais abertas e interoperáveis. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, v. 12, n. esp., p. 18-47, 1º sem. 2007.
SHINTAKU, M.; ROBREDO, J.; BAPTISTA, D. M. Webometria dos repositórios institucionais acadêmicos. Ciência da Informação, Brasília, v. 40, n. 2, 312-326, maio/ago. 2011.
TARABORELLI, D. Soft peer review: social software and distributed scientific evaluation. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON THE DESIGN OF COOPERATIVE SYSTEMS, 8., 2008, Carry-le-Roue. Proceedings... Aix-en-Provence: Institut d’Etudes Politiques d’Aix-enProvence, 2008. p. 99-110.
TIJSSEN, R. J. W.; VAN RAAN, A. F .J. Mapping changes in science and tecnology: bibliometric cooccurrence analysis of the R&D literature. Evalutation Review, Thousand Oaks, California, v. 18, n. 1, p. 98-115, 1994.
VANZ, S. A. de S.; STUMPF, I. R. C. Colaboração científica: revisão teórico-conceitual. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 15, n. 2, p. 42-55, maio/ago. 2010.
VOLPATO, G. L. Metodo lógico para a redação científica. Botucatu: Best Writhing, 2011.
WATSON, A. B. Comparing citations and downloads for individual articles. Journal of Vision, Rockville, v. 9, n. 4, p. 1–4, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Em Questão

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria xxx.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, como publicar em repositório institucional, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os artigos são de acesso aberto e uso gratuito, com atribuições próprias em atividades educacionais, de pesquisa e não comerciais.