A Parceria Global pela Educação e o Financiamento da Educação: países, atores e contribuições

Autores/as

Palabras clave:

Financiamento da Educação. Sul Global. Parceria Global para a Educação.

Resumen

Neste texto analisa-se o fluxo de doações para a Parceria Global para a Educação no período de 2011 a 2020, caso elucidativo da problemática do financiamento da educação nos países do Sul Global, principalmente os países da África Subsaariana. Para tal, constituiu-se um corpus documental cuja análise obedeceu a uma estratégia indutiva que visou responder às questões: quem são os doadores, que financiamento disponibilizam e em que ano(s)? Numa primeira fase, procedeu-se à identificação exaustiva dos atores que fornecem apoio financeiro e a sua categorização. Numa segunda fase, conduziu-se uma estatística descritiva. A análise realizada permite inferir que há três países que se destacam em termos absolutos como os principais doadores desse Fundo - Reino Unido, Noruega e Dinamarca. A análise permitiu, ainda, constatar que aparecem como doadores Fundações, embora a sua contribuição seja esporádica, em menor volume e inconsistente ao longo dos anos. O setor privado não faz contribuições financeiras, apenas em espécie.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Rui da Silva, Universidade do Porto, Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto, Porto

Rui da Silva é investigador integrado e Presidente da direção do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto (CEAUP). Mestre e doutor em Ciências da Educação com especialidade em Desenvolvimento Curricular pela Universidade do Minho. Desenvolveu trabalho como investigador, consultor e especialista de educação em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Sudão do Sul e Timor-Leste.

Joana Oliveira, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Escola Superior de Educação (ESE-IPVC), Viana do Castelo

Joana Oliveira é professora adjunta da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo e pesquisadora do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto (CEAUP). Doutora em Ciências pela Universidade do Minho. Pós-doutora em Educação, especializada em Educação Ambiental e para a Sustentabilidade.

Citas

ADRIÃO, T. Dimensões e Formas da Privatização da Educação no Brasil: caracterização a partir de mapeamento de produções nacionais e internacionais. Currículo sem Fronteiras, v. 18, n. 1, p. 8-28, 2018.

ANDERSON-LEVITT, K. M. Globalization and Curriculum. In: CONNELLY, F. M.;HE, M. F. et al. (Org.). The SAGE Handbook of Curriculum and Instruction. Londres: SAGE Publications, 2008. p. 349-368.

BALL, S. J. Global education inc: new policy networks and the neo-liberal imaginary. London: Routledge, 2012.

BISHOP, M.; GREEN, M. Philanthrocapitalism. How the Rich Can Save the World. London: Bloomsbury Press, 2008.

CROSO, C.; MAGALHÃES, G. M. Privatização da educação na América Latina e no Caribe: tendências e riscos para os sistemas públicos de ensino. Educação & Sociedade, Campinas, v. 37, n. 134, p. 17-33, 2016.

ELFERT, M. The power struggle over education in developing countries: The case of the UNESCO-World Bank Co-operative program, 1964-1989. International Journal of Educational Development, n. 81, p. 102336, 2021.

FONTDEVILA, C.; VERGER, A.; AVELAR, M. The business of policy: a review of the corporate sector’s emerging strategies in the promotion of education reform. Critical Studies in Education, v. 62, n. 2, p. 131-146, 2021.

GEORGE, J.; LEWIS, T. Exploring the global/local boundary in education in developing countries: the case of the Caribbean. Compare: A Journal of Comparative and International Education, v. 41, n. 6, p. 721-734, 2012.

GLOBAL PARTNERSHIP FOR EDUCATION. Factsheet - August 2019. Global Partnership for Education. 2019a.

GLOBAL PARTNERSHIP FOR EDUCATION. List of GPE partner countries and classification for the purpose of the results framework. 2019b. Disponível em: https://www.globalpartnership.org/sites/default/files/document/file/2020-03-GPE-partner-countries-fragile-conflict.pdf. Acesso em: 02 jun. 2020.

GREK, S. Prophets, saviours and saints: Symbolic governance and the rise of a transnational metrological field. International Review of Education, v. 66, n. 2, p. 139-166, 2020.

KASSAYE, W. Curriculum Development and Research in Ethiopia. In: PINAR, W. F. (Ed.). International Handbook of Curriculum Research. London: Routledge, 2013. p. 161-182.

KLEES, S. J. World Bank and Education. Ideological Premises and Ideological Conclusions. In: KLEES, S. J.;SAMOFF, J. et al. (Org.). The World Bank and education : critiques and alternatives. Rotterdam: Sense Publishers, 2012. p. 49-65.

KNUTSSON, B.; LINDBERG, J. On the absent ground of transnational partnerships in education: A post-foundational intervention. Globalisation, Societies and Education, v. 17, n. 4, p. 432-444, 2019.

KNUTSSON, B.; LINDBERG, J. Depoliticisation and dissensus in the global partnership for education: rethinking the post-political condition. Journal of International Relations and Development, v. 23, n. 2, p. 436-461, 2020.

LARSON, R. Bit Tyrants: The Political Economy of Silicon Valley. Chicago: Haymarket Books, 2020.

LE GRANGE, L. Curriculum Research in South Africa. In: PINAR, W. F. (Ed.). International Handbook of Curriculum Research. London: Routledge, 2013. p. 466-475.

LEE, R. Métodos não interferentes em pesquisa social. Lisboa: Gradiva, 2003.

MACPHERSON, I. An Analysis of Power in Transnational Advocacy Networks in Education. In: MUNDY, K.; GREEN, A. et al. (Org.). The Handbook of Global Education Policy. Chichester: John Wiley & Sons, 2016. p. 401-418.

MAZZUCATO, M. The Value of Everything: Making and Taking in the Global Economy. London: Penguin, 2019.

MENASHY, F. Understanding the roles of non-state actors in global governance: evidence from the Global Partnership for Education. Journal of Education Policy, v. 31, n. 1, p. 98-118, 2016.

MENASHY, F. The Limits of Multistakeholder Governance: The Case of the Global Partnership for Education and Private Schooling. Comparative Education Review, v. 61, n. 2, p. 240-268, 2017.

MENASHY, F. Multi-stakeholder aid to education: power in the context of partnership. Globalisation, Societies and Education, v. 16, n. 1, p. 13-26, 2018.

MENASHY, F. International Aid to Education: Power Dynamics in an Era of Partnership. New York: Teachers College Press, 2019.

MENASHY, F.; DRYDEN-PETERSON, S. The Global Partnership for Education’s evolving support to fragile and conflict-affected states. International Journal of Educational Development, n. 44, p. 82-94, 2015.

MENASHY, F.; SHIELDS, R. Unequal partners? Networks, centrality, and aid to international education. Comparative Education, v. 53, n. 4, p. 495-517, 2017.

MUNDY, K.; GREEN, A.; LINGARD, R.; VERGER, A. The Handbook of Global Education Policy. West Sussex: Wiley-Blackwell, 2016.

OCDE. Net ODA (indicator). 2020. Disponível em: https://data.oecd.org/oda/net-oda.htm#indicator-chart. Acesso em: 13 jan. 2021.

PARREIRA DO AMARAL, M.; STEINER-KHAMSI, G.; THOMPSON, C. Researching the Global Education Industry. Commodification, the Market and Business Involvement. Cham: Palgrave Macmillan, 2019.

RIZVI, F.; LINGARD, B. Globalizing education policy. London: Routledge, 2010.

ROBERTSON, S. L. Researching Global Education Policy: Angles In/Oun/Out... In: VERGER, A.; NOVELLI, M. et al. (Org.). Global education policy and international development: New agendas, issues and policies. London: Bloomsbury Academic, 2012. p. 33-51.

ROBERTSON, S. L.; MUNDY, K.; VERGER, A.; MENASHY, F. Public Private Partnerships in Education: New Actors and Modes of Governance in a Globalizing World. Cheltenham: Edward Elgar Publishing, 2012.

SACK, R. Leadership and the “broken” International Architecture for Education: Where Is the Problem? NORRAG, Highlights, 2020. Disponível em: https://www.norrag.org/leadership-and-the-broken-international-architecture-for-education-where-isthe-problem-by-richard-sack/ Acesso em: 10 jan. 2021.

SILVA, R. D.; OLIVEIRA, J. Privatização da Educação em 24 Países Africanos: tendências, pontos comuns e atípicos. Educação & Sociedade, Campinas, n. 41, 2020.

SILVA, R. D.; SANTOS, J. G. D.; PACHECO, J. A. Crossed looks: globalisations and curriculum in Guinea-Bissau. Compare: A Journal of Comparative and International Education, v. 45, n. 6, p. 978-999, 2015.

VERGER, A. A política educacional global: conceitos e marcos teóricos chave. Praxis Educativa, v. 14, n. 1, p. 9-33, 2019.

VERGER, A.; NOVELLI, M.; ALTINYELKEN, H. K. Global education policy and international development: an introductory framework. In: VERGER, A.; NOVELLI, M. et al. (Org.). Global education policy and international development: New agendas, issues and policies. London: Bloomsbury Academic, 2012. p. 3-31.

VERGER, A.; NOVELLI, M.; ALTINYELKEN, H. K. Global education policy and international development: New agendas, issues and policies. London: Bloomsbury Academic, 2018.

VERGER, A.; STEINER-KHAMSI, G.; LUBIENSKI, C. The emerging global education industry: analysing market-making in education through market sociology. Globalisation, Societies and Education, v. 15, n. 3, p. 325-340, 2017.

Descargas

Publicado

2021-10-14

Cómo citar

Silva, R. da, & Oliveira, J. (2021). A Parceria Global pela Educação e o Financiamento da Educação: países, atores e contribuições. FINEDUCA - Revista De Financiamento Da Educação, 11. Recuperado a partir de https://seer.ufrgs.br/index.php/fineduca/article/view/113005

Número

Vol. 11 (2021)

Sección

Seção Temática - Os Recursos Públicos em Disputa: reflexões sobre a privatização da educação em distintos contextos

Licencia

  1. Los autores mantienen los derechos autorales y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
  2. Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales separadamente, para distribución no-exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ej.: publicar em repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
  3. Los autores tienen permiso y son estimulados a publicar y distribuir su trabajo online (ej.: en repositorios institucionales o en su página personal) a cualquier punto antes o durante el proceso editorial, ya que eso puede generar alteraciones productivas, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (Vea El Efecto del Acceso Libre).