Remontar as mídias: o pensamento imagético de Harun Farocki
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583202048.22-43Palavras-chave:
Farocki. Montagem. Mídias. Cinema. Técnica.Resumo
O cineasta alemão Harun Farocki desenvolveu, ao longo de sua filmografia, uma série de investigações pujantes sobre as imagens técnicas e seus efeitos sobre a vida humana. Ao trabalhar com materiais heterogêneos, provenientes dos mais diversos suportes midiáticos, ele desenvolve reflexões fundamentais que podem ser colocadas ao lado dos principais pensadores da mídia e da técnica no século XX, como Friedrich Kittler e Jonathan Crary, e das tecnologias de controle, como Michel Foucault. Voltando-se predominantemente para os condicionamentos e as interseções das tecnologias midiáticas, Farocki elabora um pensamento ímpar no qual elementos ou contextos específicos são reconectados, por meio da montagem cinematográfica, aos circuitos mais amplos que os envolvem. Um pensamento assim constituído permite que as imagens, juntamente às mídias que as promovem, sejam continuamente desmontadas e remontadas, a fim de alcançar uma compreensão mais ampla sobre os seus mecanismos em contextos variados. Neste artigo, partimos da análise de dois filmes do cineasta, A saída dos operários da fábrica (1995) e Videogramas de uma revolução (1992), para demonstrar como esse gesto de remontagem ocorre.
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