Alinhavos para pensar o presente: arte de Rosana Paulino e Beth Moysés

Autores

  • Catia Paranhos Martins Universidade Federal da Grande Dourados/Curso de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-152X.99274

Palavras-chave:

psicologia social, arte, mulheres, feminismo,

Resumo

Neste texto busco articular mulheres, arte e política como dimensões para pensar o presente. A produção artística é utilizada como dispositivo para problematizar o que nos acontece e enxergar o que deveria ser intolerável, bem como procurar os germens de vida que possam descolonizar o pensamento e o desejo. Rosana Paulino e Beth Moysés são artistas com reconhecimento internacional e apontam questões sobre o que é ser/estar mulher e não branco ao desnaturalizarem as violências e violações cotidianas e históricas do projeto colonial e patriarcal. Quais são as dores e os silêncios nas obras comentadas? Quanto de violência há em ser/estar mulher ou corpos generificados, feminizados e racializados? É sobre as políticas de vida e morte vigentes que as artistas contribuem para colocar em análise. Ambas usam a arte como estratégia de luta e resistência na construção de estéticas feministas com potência para produzir transformações na sensibilidade coletiva.

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Biografia do Autor

Catia Paranhos Martins, Universidade Federal da Grande Dourados/Curso de Psicologia

Psicóloga com graduação, mestrado e doutorado em Psicologia pela UNESP/Assis. Docente da Faculdade de Ciências Humanas, Curso de Psicologia e do Programa de Pós-gradução em Psicologia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Mato Grosso do Sul.

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Publicado

2020-03-24

Como Citar

Martins, C. P. (2020). Alinhavos para pensar o presente: arte de Rosana Paulino e Beth Moysés. Revista Polis E Psique, 10(1), 47–62. https://doi.org/10.22456/2238-152X.99274

Edição

Seção

Artigos