Da televisão para o cinema: paródia e memória da ditadura militar brasileira
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583201534.163-177Palavras-chave:
Televisão. Cinema. Ditadura militar brasileira. Rede Globo. Globo Filmes.Resumo
O presente artigo tem a finalidade de examinar como os filmes A taça do mundo é nossa (2003), dirigido por Lula Buarque de Hollanda e Reis e ratos (2012), dirigido por Mauro Lima representaram a história da ditadura militar brasileira. Com base na discussão sobre o contexto da transmediação no cinema e na televisão, pretende-se analisar como a construção de uma memória sobre esse período, em ambos os filmes produzidos pela Globo Filmes, se pautou em paródias baseadas nos bemsucedidos formatos televisivos criados na Rede Globo ao longo dos anos 1980 por Guel Arraes e pelo grupo Casseta & Planeta. No cinema, essas produções perderam certamente a dimensão inovadora contida, décadas antes, em seriados televisivos. Ao mesmo tempo, construíram uma memória que coloca aquele período como algo acabado no passado, longe de tensões do momento em que os filmes foram produzidos.
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