Imputação subjetiva da pessoa jurídica

Dolo eventual, culpa consciente e o “juízo probabilístico do risco”

Autores

Palavras-chave:

Gestão de Riscos, Juízo Probabilístico do Risco, vieses heurísticos, Imputação Subjetiva das Organizações, Participação Penal de outras Pessoas Jurídicas

Resumo

Neste artigo, é realizado um exame da imputação subjetiva dentro do regime de responsabilidade penal da pessoa jurídica e sua relação com outros elementos, como a “análise de risco” de sistemas de compliance ou vieses (“bases”) heurísticos. Embora seja oferecida uma visão do estado da arte na Espanha, é uma questão que transcende fronteiras, razão pela qual é relevante no contexto internacional. A imputação subjetiva constitui elemento crucial para o destino penal (condenação ou absolvição) da pessoa jurídica, pois, se o órgão julgador inferir que houve dolo, a condenação prosseguirá; porém, se deduzir que houve culpa, não pode ser condenada (salvo se para aquele crime estiver contemplada a responsabilidade penal da pessoa jurídica na modalidade culposa). O texto analisa como a Suprema Corte espanhola diferencia os dois conceitos que marcam a fronteira difusa entre dolo e culpa: dolo eventual e culpa consciente. Da mesma forma, são abordados outros efeitos jurídico-criminais que a apuração do dolo pode gerar para a própria pessoa jurídica (como a possibilidade de ser punido por tentativa) ou para pessoas jurídicas terceiras (punibilidade por participação).

Tradutor: Lucas Fernandes da Costa
Universidade de São Paulo (USP)

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rafael Aguilera Gordillo, Universidade Loyola, Espanha

Doutor em Direito Penal pela Universidade de Córdoba, Espanha. Diretor do Programa de Especialização em Compliance e Professor de Criminal Compliance na Universidade Loyola, Espanha. Co-diretor do curso de pós-graduação em Responsabilidade Criminal de Pessoas Jurídicas, Sistemas Forenses e de Compliance em Marcos Internacionais e Nacionais da Universidade de Valladolid, Espanha. Co-diretor do Compliance Advisory LAB da Grant Thornton Espanha.

Referências

AGUILERA GORDILLO, Rafael. Manual de Compliance Penal en España (2ª Edición), Ed. Thomson Reuters Aranzadi, Pamplona, 2022.

BACIGALUPO SAGESSE, Silvina.; La responsabilidad penal de las personas jurídicas, Buenos Aires, 2001.

BLOUNT, Justin ; MARKEL, Spencer. The End of the Internal Compliance World as we know it, or an Enhacement of the Effectiveness of Securities Law Enforcement? Bounty Hunting Under the Dodd-Frank Act’sWhistleblower Provision. Fordham Journal of Corporate & Financial Law, Vol, 17, nº 4, 2012, pp. 1023-1062. Disponível em: https://ir.lawnet.fordham.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1317&context=jcfl. . Acceso em: 06 jun. 2022.

DEL MORAL GARCÍA, Antonio. “A vueltas con los programas de cumplimiento y su trascendencia penal”. Revista de jurisprudencia, octubre, 2017. Disponível em: https://elderecho.com/vueltas-los-programas-cumplimiento-trascendencia-penal. Acesso em: 6 jun. 2022.

DEL ROSAL BLASCO, Bernardo.; Manual de responsabilidad penal y defensa penal corporativas, Ed. Wolters Kluwer, Madrid, 2018.

DEL ROSAL BLASCO, Bernardo. Responsabilidad penal de las personas jurídicas: títulos de imputación y requisitos para la exención. AAVV/MORILLAS CUEVA (DIR.); Estudios sobre el Código Penal reformado (Leyes Orgánicas 1/2015 y 2/2015). Ed. Dykinson, Madrid, 2015.

FERNÁNDEZ TERUELO, Javier. Responsabilidad penal de las personas jurídicas. El contenido de las obligaciones de supervisión, organización, vigilancia y control referidas en el art. 31 bis 1. b) del Código Penal español. Revista Electrónica de Ciencia Penal y Criminología RECPC, núm. 21-03, 2019.

FERNÁNDEZ TERUELO, Javier. “Criterios de transferencia o conexión en el modelo vigente de responsabilidad penal de las personas jurídicas: La doble vía de imputación (art. 31 bis 1. apartados a y b CP)”, en AAVV/SUAREZ LÓPEZ; BARQUÍN SANZ; BENÍTEZ ORTUZAR; JIMÉNEZ DÍAZ; SAINZ-CANTERO CAPARRÓS (Dirs.). Estudios jurídicos penales y criminológicos en homenaje al Prof. Dr. Dr. H. C. Mult. Lorenzo Morillas Cueva, Ed. Dykinson, Madrid, 2018.

GALÁN MUÑOZ, Alfonso; Fundamentos y límites de la responsabilidad penal de las personas jurídicas tras la reforma de la LO 1/2015, Ed. Tirant Lo Blanch, Valencia, 2017.

FUCHS, Christian.; HOFKIRCHNER, Wolfgang. Autopoiesis and Critical Social Systems Theory. Magalhães, & Sanchez (Eds.) Autopoiesis in Organization Theory and Practice, 2009.

GÓMEZ MARTÍN, Víctor. Penas para las personas jurídicas: ¿Ovejas con piel de lobo?». LANDA GOROSTIZA (Dir.) Prisión y alternativas en el nuevo Código Penal tras la reforma 2015, Ed. Dykinson, Madrid, 2017.

GÓMEZ TOMILLO, Manuel. Introducción a la responsabilidad penal de las personas jurídicas, Ed. Lex Nova, Valladolid, 2010.

GÓMEZ TOMILLO, Manuel. Introducción a la responsabilidad penal de las personas jurídicas, 2ª Edición, Ed. Aranzadi, 2015.

HABERMAS, Jürgen. Excursus on Luhmann’s Appropriation of the Philosophy of the Subject through Systems Theory, In HABERMAS, The Philosophical Discourse of Modernity: Twelve Lectures, Ed. Cambridge Polity Press, 1987.

KNUDSEN, Morten. Displacing the Paradox of Decision Making: The Management of Contingency in the Modernization of a Danish County. EN SEIDL, D./BECKER H. (Eds.) Niklas Luhmann and Organization Studies, Ed. Liber & Copenhagen Business School Press, Copenhagen, 2005.

LASCURAÍN SÁNCHEZ, Juan Antonio. “¿Penamos a la persona jurídica por conductas de participación?”. Almacén del Derecho, 2019. Disponível em: https://almacendederecho.org/penamos-a-la-persona-juridica-por-conductas-de-participacion. Acesso em: 6 jun. 2022.

LUHMANN, Niklas. Organización y decisión. Autopoiesis, acción y entendimiento comunicativo [Tit. orig.: Organisation und Entscheidung. Autopoiesis, handlug un kommunikative verständigung, 1982], Anthropos Editorial, Barcelona, 2005.

LUZÓN PEÑA, Diego Manuel. Lecciones de Derecho Penal, Ed. Tirant Lo Blanch, Valencia, 2016.

MINGERS, John. Observing Organizations: An Evaluation of Luhmann’s Organization Theory. Hernes/Bakken (Eds.), Autopoietic Organization Theory: Drawing on Niklas Luhmann’s Social Systems Perspective, Ed. Copenhagen Business School Press, Copenhagen, 2003.

MINGERS, John. Can Social Systems Be Autopoietic? Assessing Luhmann’s Social Theory, en Sociological Review, 50, 2002.

MIR PUIG, Santiago.; Una tercera vía en materia de responsabilidad penal de las personas jurídicas. Revista Electrónica de Ciencia Penal y Criminología RECPC, núm. 06-01, 2004, p. 01:2- 01:17.

PRADEL, Jean. La responsabilidad penal de las personas jurídicas en el Derecho francés: “algunas cuestiones”. Revista de Derecho penal y Criminología, núm. 4, 1999.

RAGUÉS i VALLÈS, Ramón. La atribución del conocimiento en el ámbito de la imputación dolosa, tesis doctoral, UPF, 1998. Disponível em: http://hdl.handle.net/10803/7299 . Acesso em: 6 jun. 2022

POLAINO NAVARRETE, Miguel. Lecciones de Derecho Penal Parte General, Ed. Tecnos, 2019.

SEIDL, David; MORMANN, Hannah. Niklas Luhmann as Organization Theorist. The Oxford Handbook of Sociology, Social Theory, and Organization Studies, vers. digital, Ed. Oxford University Press, Oxford, 2014.

Downloads

Publicado

10-07-2022

Como Citar

AGUILERA GORDILLO, R. Imputação subjetiva da pessoa jurídica: Dolo eventual, culpa consciente e o “juízo probabilístico do risco”. Revista Eletrônica de Direito Penal e Política Criminal, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 89–116, 2022. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/redppc/article/view/125211. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos