Quadros e enquadramentos metalinguísticos

entonações dialógicas no cinema de Jorge Furtado

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.19132/1807-8583202253.119398

Palabras clave:

dialogismo, entonação, Jorge Furtado, círculo de Bakhtin, metalinguagem

Resumen

Este artigo procura desenvolver uma leitura crítica de Saneamento básico, o filme, de 2007, dirigido e roteirizado por Jorge Furtado, com especial atenção para os mecanismos que a obra utiliza no sentido de construir sua trama permeada de elementos intertextuais, a partir de usos rearticulados que os ressignificam pela entonação. Para isso, tomaremos por apoio a teoria dialógica do discurso, do Círculo de Bakthin, observando aspectos do texto fílmico e de seu contexto de produção, investigando elementos recorrentes no longa-metragem de Jorge Furtado, com atenção à sua dimensão metalinguística em quadros e enquadramentos que caracterizam as marcas de estilo do diretor.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Afonso Barbosa, Universidade Federal da Paraíba

Graduado em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal da Paraíba e doutor em Letras também pela UFPB. Possui experiência em Comunicação e Letras, desenvolvendo estudos nas áreas de Cinema e Literatura, além de análises acerca de processos narrativos no âmbito do videogame e do audiovisual, com ênfase em metalinguagem, dialogismo e cultura.

Luiz Antonio Mousinho, Universidade Federal da Paraíba

Professor Titular da Universidade Federal da Paraíba, atuando no Departamento de Comunicação, no Programa de Pós-Graduação em Letras/ PPGL (mestrado e doutorado) e no Programa de Pós-graduação em Comunicação/ PPGC (mestrado). Graduado em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB (1988), mestre em Letras pela mesma instituição (1994) e doutor em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2003).Publicou Uma escuridão em movimento - relações familiares em Laços de família, de Clarice Lispector (EDUFPB, 1997) e A sombra que me move - ensaios sobre ficção e produção de sentido (cinema, literatura, tv) (EDUFPB, 2012). Tem experiência em Comunicação e Letras, atuando principalmente nas áreas de Cinema, Comunicação e produção de sentido, Análise e interpretação de narrativas, Teoria da narrativa, Teoria/ análise bakhtiniana do discurso, Ficção e sociedade, Literatura e cultura, Literatura brasileira e Ficção televisiva.

Citas

AUMONT, Jacques; MARIE, Michel. Dicionário teórico e crítico de cinema. Campinas, São Paulo: Papirus, 2006.

BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. São Paulo: Editora 34, 2016.

BAKHTIN, Mikhail. Problemas da poética de Dostoiévski. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

BERNARDO, Gustavo. O livro da metaficção. 1. ed. Rio de Janeiro: Tinta Negra, 2010.

BRAIT, Beth. Bakhtin e a natureza constitutivamente dialógica da linguagem. In: BRAIT, Beth. (org.). Bakhtin, dialogismo e construção de sentido. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2015. p. 87-98.

BRAIT, Beth. Teorias do signo e da cultura: Mikhail Bakhtin. In: CITELLI, Adilson et al. Dicionário de comunicação: escolas, teorias, autores. São Paulo: Contexto, 2014. p. 512-516.

BRAIT, Beth. Olhar e ler: verbo-visualidade em perspectiva dialógica. Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso, São Paulo, v. 8, n. 2, p. 43–66, 2013.

BRAIT, Beth; CAMPOS, Maria Inês Batista. Da Rússia czarista à web. In: BRAIT, Beth (org.). O Círculo de Bakhtin. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2009. p. 15-30.

CORTEZ, Clarice Zamonaro. Do texto de Poliziano (o dito) à tela de Botticelli (o visto): o nascimento da Vênus. In: SALZEDAS, Nelyse Apparecida Melro (org.). Uma leitura do ver: do visível ao legível. São Paulo: Arte & Ciência Villipress, 2001. p. 45-49.

GARCIA, Diego. Quase metade dos domicílios brasileiros não tem acesso a rede de esgoto. Folha de São Paulo, São Paulo, 22 jul. 2020.

GRILLO, Sheila. A obra em contexto: tradução, história e autoria. In: MEDVIÉDEV, Pável Nikoláievitch. O método formal nos estudos literários: introdução crítica a uma poética sociológica. São Paulo: Contexto, 2012. p. 19-38.

REIS, Carlos. Dicionário de estudos narrativos. 1. ed. Coimbra: Almedina, 2018.

ROSENFELD, Anatol. Literatura e personagem. In: CANDIDO, Antonio (org.). A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 2004. p. 9-49.

SANEAMENTO básico, o filme. Direção: Jorge Furtado. Intérpretes: Fernanda Torres, Wagner Moura, Camila Pitanga, Bruno Garcia, Lázaro Ramos, Janaína Kremer, Tonico Pereira, Paulo José et al. Roteiro: Jorge Furtado. Brasil: Casa de Cinema PoA, 2007. 1 DVD (112 min), son., color., Super-16/35 mm.

STAM, Robert. A literatura através do cinema: realismo, magia e a arte da adaptação. Belo Horizonte: EDUFMG, 2008.

STAM, Robert. Bakhtin: da teoria literária à cultura de massa. São Paulo: Ática, 2000.

VOLÓCHINOV, Valentin. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Editora 34, 2017.

Publicado

2022-10-31

Cómo citar

BARBOSA, Afonso; MOUSINHO, Luiz Antonio. Quadros e enquadramentos metalinguísticos: entonações dialógicas no cinema de Jorge Furtado. Intexto, Porto Alegre, n. 53, p. 119398, 2022. DOI: 10.19132/1807-8583202253.119398. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/119398. Acesso em: 11 ago. 2025.

Número

Sección

Artículos

Artículos similares

<< < 1 2 3 4 > >> 

También puede Iniciar una búsqueda de similitud avanzada para este artículo.