Long live the new flesh

grotesco e biopolítica em Cronenberg

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19132/1807-8583.56.133928

Palavras-chave:

pós humanismo, identidade, tecnologia, cinema, análise de conteúdo

Resumo

O objetivo é apresentar a categoria de grotesco político. Parte-se da hipótese que esse está entranhado nos conceitos de grotesco existentes (escatológico, chocante, teratológico e crítico). O método de análise de conteúdo é acionado para organizar e articular os dois planos da pesquisa: o teórico: a partir de autores como Bakhtin, Sodré e Paiva, que estudaram o grotesco na literatura e na comunicação; e o empírico: a partir da obra Videodrome que, em nossa interpretação, apresenta-se como uma crítica ao biopoder. Conclui-se que o grotesco político constitui um recurso central não só para o entendimento das obras de Cronenberg, mas de outras que criticam a mente como prisão do corpo.

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Biografia do Autor

Eduardo Yuji Yamamoto, Universidade Estadual do Centro Oeste

Jornalista e especialista (latu sensu) em Comunicação Popular e Comunitária pela Universidade Estadual de Londrina (UEL/PR). Mestrando do PPG Comunicação Midiática da Universidade Estadual Paulista (UNESP/FAAC). Pesquisador do grupo Mídia e Sociedade (CNPq). Bolsista Capes. E-mail: yudieduardo@bol.com.br

Douglas Meurer Kuspiosz , Universidade Estadual de Londrina

Bacharel em jornalismo pela Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro/PR). Mestrando em Comunicação pelo PPGCom da Universidade Estadual de Londrina (UEL/PR)

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Publicado

2024-02-28

Como Citar

Yamamoto, E. Y., e D. M. Kuspiosz. “Long Live the New Flesh: Grotesco E biopolítica Em Cronenberg”. Intexto, nº 56, fevereiro de 2024, doi:10.19132/1807-8583.56.133928.

Edição

Seção

Artigos