A cartografia como expressão da sensibilidade
abdução, rizoma e criação
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583202254.120463Palavras-chave:
Cartografia, Rizoma, Abdução, CriatividadeResumo
Este artigo, de caráter teórico-reflexivo, versa sobre o tema cartografia, escolhido pela relevância que a ele se atribui em contraponto a mapeamento, o que implica reconhecer que as realidades observáveis são passíveis de reconhecimento e são de natureza racional e sensível. Ele objetiva desenvolver o conceito de cartografia como um processo operado pela sensibilidade, no sentido de responder ao desafio de trabalhar representações, intensidades e fluxos socioculturais, compreendidos como motores da criação de sentido. Os sentidos estruturam-se em rizomas, termos em interação e constante fluxo, os quais se organizam em teias emaranhadas cujos configuram territórios de simbolização. Esses movimentos são orientados pelo desejo. Esses territórios, embora dinâmicos e mutantes, permitem cartografá-los em seus deslocamentos. Para viabilizar essa formulação julgou-se necessário: (a) rever o nível de conhecimento da metalinguagem em relação à língua-objeto (na ordem de relações com metodologia e epistemologia), situando a metalinguagem em uma relação imediata com a realidade. O desaparecimento de uma circunscrição preliminar de recorte da realidade promoverá maior abertura para a interpretação, para a captura de elementos sem pertinência a priori, pelas linhas de força da assimilação ou da dispersão; e (b) retomar o conceito de abdução como raciocínio de descoberta, por excelência. Em consequência dessas proposições, será explorar o processo cartográfico no desenvolvimento das pesquisas aplicadas nos campos do design e da comunicação.
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