A Vulnerabilidade como condição da Vida Comum
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.108339Palavras-chave:
Psicologia, Fenomenologia, COVID-19Resumo
Este artigo tem por objetivo pensar os contextos e cenários da pandemia da COVID-19 a partir da categoria de vulnerabilidade entendida como abertura original para e na vida. Para tanto se fará um estudo fenomenológico de base Henriana que se pergunta pela possibilidade e dinâmicas de modalização da vida dentro dos contextos oportunizados pela pandemia. Com este intuito se fará uma distinção entre fragilidade e vulnerabilidade, na sequência se explorará a ideia do duplo aparecer e da afetação a partir do provar-se a si mesmo com os outros sobre a forma de cuidado e por fim, se pensará alguns contextos e possíveis interlocuções para as pesquisas e práticas psicológicas dentro deste cenário. Como possíveis conclusões se pode observar que a pandemia tem produzido uma dimensão importante ainda a ser explorada, a saber, o desenvolvimento da ideia de hábito de vida não apenas como práticas, mas como fluxo e como vínculo afetivo anteriores a ideia de sujeito e de identidade.
Downloads
Referências
Agamben, G. (2020). Reflexões sobre a peste: Ensaios em tempos de pandemia. São Paulo: Bointempo.
Antúnez, A. F. A.; Martins, F. (2015). Michel Henry: Afetividade e alucinação. Revista de abordagem gestaltica – Phenomenological Studies. XXI(2):177-183, jul-dez
Arendt, H. (1989). Origens do totalitarismo. Tradução de Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras.
Bennett, B. & Carney, T. (2014) Vulnerability: an issue for law and policy in pandemic planning? In Hawkes, S, Freeman, M, & Bennett, B (Eds.) Law and global health [Current Legal Issues, Volume 16]. Oxford University Press, United Kingdom, pp. 121-132.
Bradbury‐Jones, C. & Isham, L. (2020). The pandemic paradox: The consequences of COVID‐19 on domestic violence. J Clin Nurs. doi:10.1111/jocn.15296
Buber, M. (2001). Eu e Tu. 10. ed. São Paulo: Centauro.
Cénat J. M. (2020). The vulnerability of low-and middle-income countries facing the COVID-19 pandemic: The case of Haiti. Travel medicine and infectious disease, 101684. Advance online publication. https://doi.org/10.1016/j.tmaid.2020.101684
Chen, S; Boucher, H., & Kraus, M. W (2011). The Relational Self in S.J. Schwartz et al. (eds.), Handbook of Identity Theory and Research, Doi 10.1007/978-1-4419-7988-9_7,
Duhigg, C. (2012) The power of Habit: Why we do what we do in life and Business. New York: Randon House.
Faro, A., Bahiano, M. A., Nakano, T. C., Reis, C., Silva, B. F. P., & Vitti, L. S. (2020). COVID-19 e saúde mental: a emergência do cuidado. Estudos de Psicologia (Campinas), 37, e200074. Epub June 01, 2020.https://doi.org/10.1590/1982-0275202037e200074
Heidegger, M. (2005). Os problemas Fundamentais da Fenomenologia. Petrópolis: Vozes.
Heidegger, M. (2008) La logique comme question em quête de la pleine essence du langage. Paris: Éditions Gallimard.
Henry, M. (1965). Philosophie et phénoménologie du corps. Paris: PUF.
Henry, M. (1976). Marx I: une philosophie de la réalité. Paris: Gallimard.
Henry, M. (1985). Généalogie de la Psychanalyse. Paris: PUF.
Henry, M. (1990). Phénoménologia Matérielle. Paris: PUF.
Henry, M. (1990a). Phénomenologie Materielle. Paris: PUF.
Henry, M. (1990b). L’essence de la manifestation, Paris: PUF.
Henry, M. (1993). Genealogy of Psychanalisys. Standford: Standford Univerty Press.
Henry, M. (1996a). Vie et révélation, Université St Joseph de Beyrouth.
Henry, M. (1996b). Le cadavre indiscret. Paris: Albin Michel.
Henry, M. (1998). Incarnation: Une philosophie de la chair. Paris: Seuil.
Henry, M. (2001). Eux em moi: Une phénoménologie. Porto, IPATIMUP.
Henry, M. (2004a). De l’art et du politique (Phénoménologie de la vie : III), PUF.
Henry, M. (2011). Notes sur l’expérience d’autrui in Revue International Michel.
Henry, M. (2015). Phénoménologie de la vie V - Paris: PUF.
Husserl, E. (2001). Meditações Cartesianas: Introdução à Fenomenologia. São Paulo: Madras.
Husserl, E. (2008). Idée directrices pour une phénoménologie. Paris: Gallimard.
Husserl, E. (2012). Investigações lógicas: Investigações para a Fenomenologia e teoria do conhecimento. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Kartseva M. A. & Kuznetsova P. O. (2020) The economic consequences of the coronavirus pandemic: which groups will suffer more in terms of loss of employment and income? Population and Economics 4(2): 26-33. https://doi.org/10.3897/popecon.4.e53194.
Künn, S., Seel, C. & Zegners, D. (2020) Cognitive performace in the Home Office – Institute of Labor economics. July 2020. ISSN: 2365-9793.
Lévinas, E. (2010). Totalité et Infini: Essai sur L´exteriorité. Kluwer Academic.
Losekann, R. G. C. B. & Mourão, H. C. (2020). Desafios do teletrabalho na pandemia covid-19: quando o home vira office. Caderno De Administração, 28, 71-75. https://doi.org/10.4025/cadadm.v28i0.53637
Maldiney, H. (2007). Penser l’homme et la folie. Paris: Millon.
Martins, F. (2015). Afeição e filosofia primeira: relação entre Fenomenologia e ciência da vida. Psicologia USP. Vol. 26. N. 3. p. 364-370
Mastroianni, A.C. (2009). Slipping through the Net: Social Vulnerability in Pandemic Planning. Hastings Center Report 39(5), 11-12. doi:10.1353/hcr.0.0186.
Mogaji, E., 2020. Financial Vulnerability During a Pandemic: Insights for Coronavirus Disease (COVID-19). Research Agenda Working Papers. Vol 2020 No 5 pp 57-63
New Zealand Family Violence Clearinghouse (NZFVC). (2020). Preventing and Responding to Family, Whānau and Sexual Violence during COVID‐19. Available at https://nzfvc.org.nz/COVID‐19/preventing‐responding‐violence‐COVID‐19.
Oliveira, J. N., Orrilo, J. & Gamboa, F. (2020). "The Home Office in Times of COVID-19 Pandemic and its impact in the Labor Supply," Papers 2007.02935, arXiv.org, revised.
Ricoeur, P. (2010). Tempo e Narrativa: O tempo Narrado. Vol . 3. São Paulo: Martins Fontes.
Roy, D., Tripathy, S., Kar, S. K., Sharma, N., Verma, S. K. & Kaushal, V. (2020) Study of knowledge, attitude, anxiety & perceived mental healthcare need in Indian population during COVID-19 pandemic, Asian Journal of Psychiatry, Volume 51, 2020, 102083, ISSN 1876-2018, https://doi.org/10.1016/j.ajp.2020.102083.
Santos, C. F. (2020). Reflections about the impact of the SARS-COV-2/COVID-19 pandemic on mental health. Brazilian Journal of Psychiatry, 42(3), 329. Epub April 17, 2020. https://dx.doi.org/10.1590/1516-4446-2020-0981.
Scheler, M. (1973) Formalis in Ethics and Non-Formal Ethics of Values. Northwestern University press.
Scruton, R. (2016) Desejo Sexual: Uma investigação filosófica. Campinas: Vide editorial
Shanafelt, T, Ripp J. & Trockel, M. (2020) Understanding and Addressing Sources of Anxiety Among Health Care Professionals During the COVID-19 Pandemic. JAMA. 2020;323(21):2133–2134. doi:10.1001/jama.2020.5893
Silva, R. J. B. (2020). Reflexões Acerca Do Trabalho Home Office Ocasionado Pela Pandemia Do Covid-19. Revista Multidiciplinar: Humanidade e tecnologias. ISSN: 1809-1628. vol. 25.
Smith, J. A., & Judd, J. (2020). COVID-19: Vulnerability and the power of privilege in a pandemic. Health promotion journal of Australia : official journal of Australian Association of Health Promotion Professionals, 31(2), 158–160. https://doi.org/10.1002/hpja.333.
Serres, M. (1991) Le tiers-instruit. François Bourin, Paris
Serres, M. (1993) Filosofia mestiça. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Thélot, J. (2013). Vie et violence: esquisse pour une généalogie du monde. In JEAN, G.; LECLERCQ, J, MONSEU, N. (orgs.), La vie et les vivants: (Re)-lire Michel Henry. Louvain: UCL Presses.
UK Home Office. (2020). Coronavirus (COVID‐19): Support for Victims of Domestic Abuse. Available at https://www.gov.uk/government/publications/coronavirus‐COVID‐19‐and‐domestic‐abuse/coronavirus‐COVID‐19‐support‐for‐victims‐of‐domestic‐abuse
Von Gaudecker, H. M., Holler, R., Janys, L., Siflinger, B. & Zimpelmann, C. (2020) Labour Supply in the Early Stages of the COVID-19 Pandemic: Empirical Evidence on Hours, Home Office, and Expectations. IZA Discussion Paper No. 13158, Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=3579251
Wondracek, K. H. K. (2010). Ser nascido da vida: A Fenomenologia de Michel Henry e sua contribuição para a clínica. Tese de doutorado, São Leopoldo.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
IMPORTANTE: a carta de declaração de direitos deverá ser submetida como documento suplementar.