Produção de corpos generificados em um bloco cirúrgico: uma análise pelo trabalho como atividade
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.108172Palavras-chave:
Trabalho em saúde, Atividade, Performatividade, Gênero, Normatividade.Resumo
Neste artigo analisamos o trabalho em saúde em um bloco cirúrgico a partir dos referenciais teóricos da Clínica da Atividade e da Ergologia, atentando para a especificidade da performatividade do gênero por entre esta experiência. Para tanto, produzimos um percurso transverso do ponto de vista do método, operando por entre Clínica da Atividade e pistas do Método Cartográfico, realizando, ainda, articulações com a proposta praxiográfica. As análises apontam que, apesar das fortes prescrições que compõem o trabalho em um bloco cirúrgico, os trabalhadores e trabalhadoras problematizam as normas de trabalho e de gênero nas situações laborais, produzindo estilizações. É na atividade que as normas de trabalho, e também de gênero, são colocadas em questão abrindo brechas e críticas a modelos regulatórios, e também violentos, que ancoram, por vezes, as práticas em saúde. A partir dessa pesquisa, apontamos a importância de produzir estudos relativos à produção do gênero em meio aos processos operativos do trabalho.
Downloads
Referências
Butler, Judith. (2003). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Butler, Judith. (2002). Cuerpos que importan: sobre los límites materiales y discursivos del “sexo”.Buenos Aires: Paidós.
Barros, Laura Pozzana de; Kastrup, Virgínia. (2009). Cartografar é acompanhar processos. In: Passos, E.; Kastrup, Virginia; Escóssia, Liliane. Pistas do método da cartografia. Porto Alegre: Sulina.
Clot, Y. (2010). Trabalho e poder de agir. Belo Horizonte: Fabrefactum
Clot, Y. (2013) O ofício como operador de saúde. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho. 16(spe), 1-11.
Clot, Y. (2011). Clínica do trabalho e clínica da atividade. In P. Bendassolli, & L. A. P. Soboll (Orgs.), Clínicas do Trabalho – novas perspectivas para compreensão do trabalho na atualidade (pp. 71-83). São Paulo: Atlas.
Canguilhem, G. (1990). O normal e o patológico. 3 ed. Rio de Janeiro: Forense-Universitária.
Deleuze, G. & Guattari, F. (1995). Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol. I. São Paulo: Ed. 34.
Faita, D. (2004). Gêneros de discurso, gêneros de atividade, análise da atividade do professor. In: Machado, Ana Rachel (org.). O ensino como trabalho: uma abordagem discursiva. São Paulo: Eduel, 2004, p. 57 – 80.
Mol, Annemarie. (2002). The body multiple: Ontology in medical practice. Durham and London: Duke University Press.
Moraes, Marcia Oliveira; Arendt, R. J. J. (2013). Contribuições das investigações de Annemarie Mol para a psicologia social. Psicol. estud., 18 (2), Maringá, 313-321.
Autor & Autor. (2017).
Paraíso, Marluce. (2011). Raciocínios generificados no currículo escolar e possibilidades de aprender. In: Leite, C. et al. (Orgs). Políticas, fundamentos e práticas do currículo (p. 147-160). Porto: Porto Editora.
Rocha, Marisa Lopes da & Aguiar, Katia Faria. (2010). Entreatos: percursos e construções da psicologia na rede pública de ensino. Estudos e Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, 13 (1), 68-84.
Sade, C., Ferraz, G. C. & Rocha, Jerusa Machado. (2013). O ethos da confiança na pesquisa cartográfica: Experiência compartilhada e aumento da potência de agir. Revista Fractal, 25 (2), 281-298.
Schwartz, Y. (2007). Trabalho e uso de si. In: Schwartz, Yves; Durrive, Louis. Trabalho e Ergologia. Niterói: EDUFF.
Teixeira, Danielle Vasconcelos & Barros, Maria Elizabeth Barros de. (2009). Clínica da Atividade e Cartografia: construindo metodologias de análise do trabalho. Psicologia & Sociedade; 21 (1): 81-
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
IMPORTANTE: a carta de declaração de direitos deverá ser submetida como documento suplementar.