Falar o sofrimento de vidas presas: uma política da narratividade

Autores

  • Alyne Alvarez Silva Universidade da Amazônia (UNAMA); Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
  • Maria Cristina Gonçalves Vicentin Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-152X.42231

Palavras-chave:

política da narratividade, sofrimento, manicômio judiciário, mecanismo de segurança

Resumo

O artigo aborda o sofrimento de vidas reclusas em um manicômio e um simulacro de manicômio, respectivamente: o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico do Pará e a Unidade Experimental de Saúde de São Paulo. Apresenta duas modalidades de mecanismos de segurança que acionam circuitos de intercâmbio entre norma biológica e norma jurídica como forma de garantir a construção do indivíduo perigoso e a manutenção de dispositivos de exclusão e violência. Pontuando a lógica que os atravessa, em diálogo com o estado penal e a biopolítica, destacamos o sofrimento dos internos como um dos efeitos desta lógica, buscando fazer ecoar o intolerável e ativar lutas que impeçam a ampliação da rede penal. Apontamos, por fim, algumas pistas para uma ação ético-política neste âmbito, pontuando as condições de enunciação desse sofrimento em uma política da narratividade.

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Biografia do Autor

Alyne Alvarez Silva, Universidade da Amazônia (UNAMA); Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Professora de Psicologia da Universidade da Amazônia (UNAMA), membro do Movimento Paraense de Luta Antimanicomial. Psicóloga e Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Doutoranda em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Maria Cristina Gonçalves Vicentin, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Professora Doutora do Programa de  Pós-gradução em Psicologia Social da PUC-SP; coordenadora do Núcleo de Pesquisa Lógicas Institucionais e Coletivas; integrante do grupo interinstitucional Saúde Mental e Justiça; autora do livro “A vida em rebelião. Histórias de jovens em conflito com a lei”.

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Publicado

2013-10-31

Como Citar

Silva, A. A., & Vicentin, M. C. G. (2013). Falar o sofrimento de vidas presas: uma política da narratividade. Revista Polis E Psique, 3(3), 125. https://doi.org/10.22456/2238-152X.42231

Edição

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