Menos Educação Física, menos formação humana, menos educação integral
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-8918.125819Palavras-chave:
Educação Física, Educação Básica, Currículo Escolar, Política Pública.Resumo
Neste ensaio refletimos sobre um dos efeitos do Novo Ensino Médio [(NEM) (Lei federal nº 13.415/2017)] no Rio Grande do Sul. Em outras palavras, tratamos, especificamente, da extinção progressiva da Educação Física Escolar e das Ciências Humanas em geral na “Matriz Curricular Gaúcha” do Estado do Rio Grande do Sul (RS) concretizado na portaria SEDUC 350/2021 emitida pela Gestão Estadual no exercício do mandato de 2019–2022. Para cumprir com o objetivo efetivamos uma análise dos documentos relativos ao que denominamos contrarreforma curricular. Sugerimos ao final a revisão da normativa estadual que reduz a carga horária da Educação Física na Educação Básica, tarefa que coincide com posições afirmadas por entidades científicas nacionais.
Downloads
Referências
APPLE, Michel. Educação a direita: mercados, padrões, Deus e desigualdades. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2003.
AZEVEDO, José Clovis. Gratidão e trajetória: a medalha e os “farrapos” da rede estadual gaúcha, 2022. Mimeografado.
BERNARDI, Guilherme B. “A palo seco”: a autonomia docente na sociedade neoliberal. Tese (Doutorado em Ciências do Movimento Humano) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2021. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/230834. Acesso em 21 out. 2022.
BERNARDI, Guilherme B. Proletarização do trabalho docente: implicações na educação física escolar. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/101489. Acesso em 21 out. 2022.
BRACHT, Valter. Educação Física & ciência: cenas de um casamento (in)feliz. Ijuí: Unijuí, 1999.
BRACHT, Valter. EF & Ciência: novas cenas de um casamento (in)feliz. 2011. Mimeografado.
BRASIL. Lei Nº 13.415 De 16 de fevereiro de 2017 - Altera A Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional e dá outras providências. Brasília, D.O.U, 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13415.htm
BRASIL. Resolução nº 2, de 30 de janeiro 2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, 2012. Disponível em: http://pactoensinomedio.mec.gov.br/images/pdf/resolucao_ceb_002_30012012.pdf. Acesso em 29 de junho de 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de atividade física para a população brasileira. Brasília: MS, 2021. Disponível em: guia_atividade_fisica_populacao_brasileira.pdf (saude.gov.br). Acesso 1 jul. 2022.
COMITÊ Editorial. Autoritária e regressiva reforma: o novo ensino médio. Retratos da Escola, v. 16, n. 34, p. 7-12, jan./abr. 2022. Disponível em: https://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/1542/1089. Acesso em 29 jun. 2022.
CONCEIÇÃO, Victor Julierme S. A construção da identidade docente de professores de educação física no início da carreira: um estudo de caso etnográfico na rede municipal de ensino de Porto Alegre. Tese (Doutorado em Ciências do Movimento Humano) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/99038. Acesso em 21 out. 2022.
DALLA FONTE, Sandra S. Formação humana em debate. Educação e Sociedade, v. 35, n. 127, p. 379-395, abr./jun. 2014. Disponível em https://doi.org/10.1590/S0101-73302014000200003. Acesso em 29 jun. 2022.
DUBET, François. O que é uma escola justa? Cadernos de Pesquisa, v. 34, n. 123, p. 539-555, set./dez. 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/jLBWTVHsRGSNm78HxCWdHRQ/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 21 out. 2022.
GONZALES, Fernando Jaime; FRAGA, Alex Branco. Afazeres da Educação Física na escola: planejar, ensinar, partilhar. Anos finais do ensino fundamental, v.3. Erechim, RS: Edelbra, 2012.
GONZALES, Fernando Jaime; SCHWENGBER, Maria Simone V. Práticas Pedagógicas em Educação Física: espaço, tempo, corporeidade. Anos iniciais do ensino Fundamental, v.9. Erechim: Edelbra, 2012.
HABERMAS, Jurgen. Teoría de la acción comunicativa, I: Racionalidad de la acción y racionalización social. Madrid: Taurus, 1987.
INEP – Resumo técnico do Estado do Rio Grande do Sul – Censo escolar da educação básica 2021. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/centrais-de-conteudo/acervo-linha-editorial/publicacoes-institucionais/estatisticas-e-indicadores-educacionais/resumo-tecnico-do-estado-do-rio-grande-do-sul-censo-da-educacao-basica-2021. Acesso em: 3 nov. 2022.
KUHN, Simone. S. A reforma do ensino médio e suas implicações para a Educação Física na rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul: um estudo de caso. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2021.
LOPES, Rodrigo A.; WITTIZORECKI, Elisandro S.; MOLINA NETO, Vicente. Sobreviver aos evangelhos, esgotar as metafísicas: trabalho docente em Educação Física no transcurso de implantação das políticas educativas contemporâneas no estado do Rio Grande do Sul. : FONSECA, Denise G. (org).Trabalho docente em Educação Física: questões contemporâneas. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2021.
MOLINA NETO, Vicente. Grupo de pesquisa: um lugar para fazer ciência e pensar o que os professores e as professoras de Educação Física fazem nas escolas. In: FONSECA . Trabalho docente em Educação Física: questões contemporâneas. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2021
MOLINA NETO, Vicente . A Educação Física no Ensino Médio ou para entender a Era do Gelo. Revista Motrivivência, v. 29, n. 52, p. 87-105, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2017v29n52p87
RAMOS, Marise N.; FRIGOTTO, Gaudêncio. “Resistir é preciso, fazer não é preciso”: as contrarreformas do ensino médio no Brasil. Cadernos de Pesquisa em Educação, n. 46, p. 26-47, jul./dez. 2017. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/index.php/educacao/article/view/19329/
SAMPAIO, Maria das Mercês S.; MARIN, Alda J. Precarização do trabalho docente e seus efeitos sobre as práticas curriculares. Dossiê: “Globalização e educação: precarização do trabalho docente”. Educação e Sociedade, v. 25, n. 89, dez. 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302004000400007
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Movimento
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista Movimento adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) para os trabalhos aprovados e publicados. Isso significa que os/as autores/as:
- mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação; e
- têm o direito de compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial).
Mais informações em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
