Fundo ou coleção?
Um debate contínuo na Arquivologia
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245.29.124736Palabras clave:
coleção, fundo, princípio do respeito aos fundos, princípio da proveniênciaResumen
Objetiva-se discutir sobre o dualismo existente entre os conceitos de fundo e coleção, quase sempre concebidos, respectivamente, como conjunto orgânico e conjunto artificial de documentos. A discussão inevitavelmente remete ao Princípio do Respeito aos Fundos e/ou ao Princípio da Proveniência, a depender da compreensão de cada autor. Por meio de abordagem qualitativa, o estudo revisa a literatura arquivística em busca de definições e nuances para os dois tipos de conjuntos documentais. Com frequência, constata-se que a categorização tradicional se mostra problemática, gerando dúvidas em relação aos elementos essenciais que determinam a natureza do conjunto. A partir das reflexões de Geoffrey Yeo, apresenta-se um olhar alternativo a respeito do dualismo fundo-coleção. As concepções de fundo conceitual e coleção física, propostas por Yeo, permitem uma abordagem de continuum e abrem perspectivas para o tratamento de fundos dispersos ou misturados, documentos com múltiplas proveniências e conjuntos de organicidade questionável.
Descargas
Citas
ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005.
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento documental. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Introdução metodológica. In: NOGUEIRA, Arlinda Rocha; BELLOTTO, Heloísa Liberalli; HUTTER, Lucy Maffei. Catálogo dos manuscritos: coleção Alberto Lamego. 2 ed. São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros, 2002. p. 121-126.
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. A terminologia nas áreas do saber e do fazer: o caso da arquivística. In: BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivo: estudos e reflexões. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. p. 144-55.
CAMARGO, Ana Maria de Almeida; BELLOTTO, Heloísa Liberalli (org.). Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo: Associação dos Arquivistas Brasileiros, 1996.
CAMARGO, Ana Maria de Almeida; GOULART, Silvana. Tempo e circunstância: a abordagem contextual dos arquivos pessoais. São Paulo: Instituto Fernando Henrique Cardoso, 2007.
CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS. ISAD (G): norma geral internacional de descrição arquivística. 2. ed. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2000.
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (Brasil). NOBRADE: norma brasileira de descrição arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2006.
COOK, Terry. O conceito de fundo arquivístico: teoria, descrição e proveniência na era pós-custodial. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2017.
CUNHA, Murilo Bastos da; CAVALCANTI, Cordélia Robalinho de Oliveira. Dicionário de biblioteconomia e arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos Livros, 2008.
DICTIONARY of Archives Terminology. Chicago: The Society of American Archivists, c2005-2022.
DOUGLAS, Jennifer. Origens: ideias em evolução sobre o princípio da proveniência. In: EASTWOOD, Terry; MACNEIL, Heather. Correntes atuais do pensamento arquivístico. Horizonte: Editora UFMG, 2016. p. 47-74.
DUCHEIN, Michel. O respeito de fundos em Arquivo: princípios teóricos e problemas práticos. Arquivo & Administração, Rio de Janeiro, v. 10-14, n. 1, p. 14-33, 1986.
DURANTI, Luciana. Origin and development of the concept of archival description. Archivaria, Ottawa, n. 35, p. 47-54, 1993.
GREENE, Mark. Archival collection. In: DURANTI, Luciana; FRANKS, Patricia C. (ed.). Encyclopedia of Archival Science. Lanham: Rowman & Littlefield, 2015. p. 32-35.
HEREDIA HERRERA, Antonia. Archivística general: teoría y práctica. 5. ed. Sevilha: Diputación Provincial de Sevilla, 1991.
HEREDIA HERRERA, Antonia. ¿Qué es un archivo? Somonte-Cenero: Trea, 2007.
HEREDIA HERRERA, Antonia. Manual de Archivística básica: gestión y sistemas. Puebla: Benemérita Universidade Autónoma de Puela, 2013.
HEYMANN, Luciana Quillet. O lugar do arquivo: a construção do legado de Darcy Ribeiro. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2012.
HORSMAN, Peter. Adestrando o elefante: uma abordagem ortodoxa do Princípio da Proveniência. Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação, Brasília, v. 10, n. 2, p. 443-454, 2017.
JENKINSON, Hilary. A manual of archive administration: including the problems of war archives and archive making. Londres: Humphrey Milford, 1922.
JENKINSON, Hilary. The english archivist: a new profession. In: JENKINSON, Hilary. Selected writings of Sir Hilary Jenkinson. Gloucester: Alan Sutton Pub, 1980. p. 236-259.
JOHNSTON, Pete; ROBINSON, Bridget. Collections and collection description. Collection Description Focus Briefing Paper, Bath, v. 31, n. 1, p. 1-4, jan. 2002.
KETELAAR, Eric. Archival theory and the Dutch Manual. Archivaria, Ottawa, n. 41, p. 31-40, 1996.
MARTÍN-POZUELO CAMPILLOS, María Paz. La construcción teórica en archivística: el principio de procedencia. Madri: Universidad Carlos III, 1996.
MILLAR, Laura. A morte dos fundos e a ressurreição da proveniência: o contexto arquivístico no espaço e no tempo. Informação Arquivística, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 144-162, 2015.
MULLER, Samuel; FEITH, Johan; FRUIN, Robert. Manual for the arrangement and description of archives: drawn up by direction of the Netherlands Association of Archivists. 2. ed. Chicago: Society of American Archivists, 2003.
NOGUEIRA, Arlinda Rocha; BELLOTTO, Heloísa Liberalli; HUTTER, Lucy Maffei. Catálogo dos manuscritos: coleção Alberto Lamego. 2 ed. São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros, 2002.
ROUSSEAU, Jean-Yves; COUTURE, Carol. Os fundamentos da disciplina arquivística. Lisboa: Dom Quixote, 1998.
SCHELLENBERG, Theodore Roosevelt. Arquivos modernos: princípios e técnicas. 6. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
SCHMIDT, Clarissa Moreira dos Santos. Arquivologia e a construção do seu objeto científico: concepções, trajetórias, contextualizações. 2012. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.
YEO, Geoffrey. The conceptual fonds and the physical collection. Archivaria, Ottawa, n. 73, p. 43-80, 2012.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Rodrigo Fukuhara, Sonia Troitiño

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
Los autores mantienen los derechos autorales y ceden a la Revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que admite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoria.
Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales en forma separada, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta Revista, como para publicar en repositorio institucional, con reconocimiento de autoria y publicación inicial en esta Revista.
Los artículos son de acceso abierto y gratuitos. Según la licencia, usted debe dar crédito de manera adecuada, brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios. No puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otras a hacer cualquier uso permitido por la licencia.