Bibliotecas universitárias públicas no YouTube

métricas dos canais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1808-5245.29.127026

Palavras-chave:

Biblioteca universitária, inovação, YouTube, Tecnologias digitais de informação e comunicação, vídeo

Resumo

Analisa as bibliotecas universitárias federais e estaduais no que concerne ao desenvolvimento de novas formas de interação e comunicação com suas comunidades, a partir das métricas de visualização no YouTube. Caracteriza-se como uma pesquisa exploratória e descritiva, de abordagem mista com a aplicação das técnicas de pesquisa bibliográfica e documental. Para a identificação das universidades federais e estaduais brasileiras, recorreu-se a plataforma E-mec, no qual aplicaram-se os seguintes filtros na busca: sendo considerados todas as unidades federativas, selecionando apenas universidades de natureza pública federal e pública estadual, totalizando 110 universidades. Com base nas instituições listadas, foram acessados os sites das universidades e, posteriormente, localizadas as abas que se intitulavam de Biblioteca e ou Sistema de Biblioteca. Na aba das bibliotecas, localizou-se informação sobre redes sociais, tutoriais e canal no YouTube. Quando não localizadas essas informações, pesquisou-se diretamente no YouTube pela abreviatura da universidade, associando como biblioteca ou sistema de biblioteca.  Assim foram localizados 57 canais de bibliotecas, sendo delimitados os canais a partir de 1.000 inscritos, restando 14 deles vinculados às 14 universidades. As bibliotecas universitárias da região sul e sudeste consolidam suas práticas e serviços nos canais, e o maior fluxo de publicações e visualizações nos canais corresponderam ao período de distanciamento social, inferindo que as bibliotecas universitárias utilizaram a plataforma como recurso de comunicação. As temáticas recorrentes nos 70 vídeos listados focam o Currículo Lattes, a normalização de trabalhos acadêmicos (citação, referência), o uso de fontes de informação e pesquisa em bases de dados, a utilização dos gerenciadores bibliográficos (Mendeley, EndNote, Zotero), a construção de trabalhos acadêmicos TCC, projeto de pesquisa e artigos científicos (escrita), plágio acadêmico, uso do Canva, Excel, Open Jounal Systems.

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Biografia do Autor

Orestes Trevisol Neto, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2012) e mestrado em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2015). Foi professor no curso de Biblioteconomia EaD da Unochapecó (2016-2019) e tutor na especialização EaD em Gestão de Bibliotecas Escolares UAB/UFSC/CIN (2015-2016). Atualmente é bibliotecário na Universidade do Estado de Santa Catarina, tutor no curso de Biblioteconomia EaD UAB/UDESC/DBI e presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia de Santa Catarina

Ana Clara Cândido, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora em Avaliação de Tecnologia pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL). Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Regional de Blumenau (2007) e Mestrado em Economia e Gestão da Inovação pela Universidade do Porto - Portugal (2010). Atuou com consultoria em processos de inovação, gestão da inovação. Pesquisadora Associada ao Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa (CICS.NOVA). Membro do Grupo de Estudos em Avaliação de Tecnologia (GrEAT). Tem-se dedicado à análise da adoção de Inovação Aberta, Avaliação de Tecnologia, Inovação Disruptiva e Inovação Tecnológica. Atualmente é Professora Adjunta no Departamento de Ciência da Informação (CIN) da Universidade Federal de Santa Catarina.

Mateus Rebouças Nascimento, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutorando e Mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2022). Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Amazonas (2019). Atualmente, é Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) em nível de doutorado, representante discente titular do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal de Santa Catarina (PGCin/UFSC) no Conselho de Unidade do Centro de Ciências da Educação (CED) e membro do Grupo de Pesquisa Gestão da Informação e do Conhecimento na Amazônia (GICA). Tem experiência na área de Ciência da Informação, com ênfase em estudos métricos da informação com foco na bibliometria e cientometria aplicado à Ciência da Informação, ecossistemas de conhecimento e competência em informação.

Priscila Machado Borges Sena, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutora (2020) e Mestra (2014) em Ciência Informação pela Universidade Federal de Santa Catarina (PGCIN/UFSC). Graduada em Biblioteconomia (2009) pela Universidade Federal de Mato Grosso/Rondonópolis (UFMT). É Professora Adjunta no Departamento de Ciências da Informação da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Está Pesquisadora no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT); Professora colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Gestão da Informação da Universidade do Estado de Santa Catarina (PPGInfo/UDESC); Diretora de Formação Política e Profissional (Gestão 2020-2023) na Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas de Informação e Instituições (FEBAB) e; Integrante do eCÓDICE, um repositório de eventos online. Experiência na área de Ciência da Informação, com interesse voltado para os seguintes temas: fontes de informação; ecossistemas de startups e inovação; empreendedorismo; tecnologia e inovação; inovação em biblioteca; inovação aberta; ciência aberta. Está Vice-Líder no Grupo de Pesquisa em Gestão e Sustentabilidade na Ciência da Informação (GPSCIn/UFSC). Participa do Grupo de Pesquisa em Informação (GPINFO/UFSC); do Laboratório de Estudos Métricos da Informação na Web (Lab-iMetrics); do Laboratório do Ecossistema da Pesquisa Científica Brasileira (LaEPeCBr/IBICT); do Grupo de Observatório do Mercado de Trabalho do Profissional da Informação na Era Digital (OMTID-ECA/USP) e; do Comitê Técnico de Gestão de Documentos, Informação e Conhecimento da Associação de Empresas e Profissionais da Informação (ABEINFO). Realizou Doutorado Sanduíche (financiado com recursos do Programa PDSE/Capes) na Universidad Carlos III de Madrid. 

Dayane Dornelles, Universidade do Estado de Santa Catarina

Mestranda em Gestão da Informação pelo Programa de Pós-Graduação em Gestão da Informação da UDESC. Graduada em Biblioteconomia - Hab. Gestão da Informação pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC (2009). Atualmente é coordenadora da biblioteca do Centro de Ensino Superior do Alto Vale do Itajaí - CEAVI/UDESC (2012 - até o momento).

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Publicado

2023-07-05

Como Citar

TREVISOL NETO, O.; CÂNDIDO, A. C.; REBOUÇAS NASCIMENTO, M.; MACHADO BORGES SENA, P.; DORNELLES, D. Bibliotecas universitárias públicas no YouTube: métricas dos canais . Em Questão, Porto Alegre, v. 29, p. 127026, 2023. DOI: 10.1590/1808-5245.29.127026. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/127026. Acesso em: 6 dez. 2023.

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