SEMINÁRIOS AUTOPOIÉTICOS: DIÁLOGOS E PERCURSOS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.54909/sp.v2i3.87659Resumo
Este artigo destaca o processo de construção de uma rede colaborativa entre trabalhadores, gestão e pesquisadores a partir de ações de Educação Permanente em Saúde (EPS). Tem o objetivo de relatar o desenvolvimento dos Seminários Autopoiéticos e tecer reflexões sobre seu potencial disparador de novas metodologias para o trabalho em saúde. Esta ação propôs rodas de conversas a partir da metodologia da problematização, trabalhando a construção de conhecimentos pela vivência de experiências significativas do cotidiano de trabalho dos participantes. Os participantes puderam repensar e rever o seu processo de trabalho, vislumbrado outras possibilidades para promover cuidado em saúde que emergiam de suas próprias críticas e reflexões, pelos exercícios da problematização, do diálogo e, consequentemente, da transformação do trabalho, preceitos básicos do movimento EPS. Os Seminários apontaram para uma autopoiese construída no e para o trabalho e estimularam novas configurações do ser e do fazer em saúde por um investimento do trabalhador em si e sobre seu processo de trabalho. Esta ação de EPS resultou em reconhecimento de si no trabalho, pois formalizou um espaço-tempo para o debate, reconhecendo fragilidades e forças e reconfigurando percursos na micropolítica cotidiano do trabalho em saúde.
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