GESTÃO MEDICAMENTOSA, CONHECIMENTO SOBRE MOTIVO DE INTERNAÇÃO E CAPACIDADE DE PEDIR AJUDA EM CRISE PSIQUIÁTRICA
ESTUDO TRANSVERSAL EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
DOI:
https://doi.org/10.54909/sp.v8i2.140179Palavras-chave:
Saúde mental, Hospitalização, Adesão ao tratamento, Transtornos mentais, Unidade hospitalar de psiquiatria, Autonomia, PsicoeducaçãoResumo
Introdução: A Lei 10.216/2001 estabelece a reforma psiquiátrica no Brasil e restringe a internação psiquiátrica, visando garantir os direitos das pessoas com transtornos mentais. O fortalecimento da autonomia é essencial para influenciar a adesão ao tratamento e reduzir as reinternações. Objetivo: Identificar o conhecimento quanto ao motivo da internação psiquiátrica e o grau de autonomia quanto à gestão dos medicamentos e à capacidade de pedir ajuda em situação de crise psiquiátrica, em pacientes internados em hospital universitário. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, realizado em uma internação psiquiátrica de um hospital geral universitário em uma capital do sul do país. A amostra foi constituída por pacientes que internaram na unidade psiquiátrica pelo Sistema Único de Saúde no período de agosto a dezembro de 2021. Foram excluídos pacientes em reinternações e internações com menos de 24 horas. Foi aplicado questionário em formato de entrevista, com questões sobre características sociodemográficas e a Escala de Avaliação Psicossocial. As respostas foram analisadas no Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS), pela estatística descritiva. Resultados: Participaram do estudo 91 pacientes. Apesar de em torno de 90% dos pacientes verbalizar compreender o motivo de sua internação, 28,6% não sabe a quem recorrer quando necessitam de ajuda e 31,9% não sabe nomear os fármacos que lhe foram prescritos. Quase metade da amostra declarou precisar de auxílio (18%) ou depender totalmente de terceiros (27%) para gerenciar seu tratamento medicamentoso. Conclusão: Os achados do estudo apontam para uma assistência caracterizada pela equipe de saúde assumindo o lugar de protagonista do cuidado e detentora do saber, e deixando o indivíduo com transtorno mental em um lugar passivo, como recebedor de cuidados. Sugere-se a implementação de estratégias que visem a autonomia e a participação crítica e ativa do indivíduo no seu tratamento.
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