IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DO DIAGNÓSTICO MOLECULAR NO MANEJO DO CARCINOMA MEDULAR DE TIREÓIDE HEREDITÁRIO
Palavras-chave:
CMT, proto-oncogene RET, NEM 2A, NEM 2B, CMTFResumo
O carcinoma medular de tireóide (CMT) hereditário pode apresentar-se como componente das síndromes de Neoplasia Endócrina Múltipla (NEM 2A e 2B) ou Carcinoma Medular de Tireóide Familiar (CMTF). Diferentes mutações no RET foram identificadas como responsáveis pelo CMT e estudos recentes sugerem uma correlação entre o genótipo-fenótipo, podendo existir uma grande variabilidade de síndromes clínicas associadas às diferentes mutações. O presente estudo realizou a análise molecular do RET em indivíduos com CMT e avaliou a correlação entre fenótipo-genótipo nos afetados e seus familiares. Foram incluídos 57
indivíduos com diagnóstico histopatológico/imunohistoquímico de CMT (10 esporádicos e 47 hereditários, provenientes de 16 famílias). O DNA genômico foi extraído de leucócitos periféricos e os exons 10, 11, 13, 14, 15 e/ou 16 do RET amplificados por PCR com primers específicos. A presença de mutações foi determinada por SSCP, restrição enzimática e/ou sequenciamento. Das famílias com CMT hereditário, 7 apresentavam NEM 2A, 3 NEM 2A associada à Líquen Amilóide Cutânea (CLA), 3 NEM 2B, 2 CMTF e 1 outras formas hereditárias. Em 6 famílias com NEM 2A, nas 3 com NEM 2A+CLA e nas 2 com CMTF a mutação estava
presente códon 634. Enquanto que a outra família com NEM 2A apresentava a mutação no códon 618. Nos indivíduos com NEM 2B foi detectada uma mutação de novo no códon M918T. Na família classificada como outros, a mutação também localizava-se no códon 634. O diagnóstico molecular identificou mutações em todos indivíduos com doença hereditária, em 23 indivíduos carreadores sem evidência clínica da neoplasia e em 3 indivíduos com CMT aparentemente esporádico, destacando a importância do rastreamento genético como método diagnóstico.
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Copyright (c) 2022 Marcia Khaled Puñales, Jorge Luiz Gross, Ana Luiza Maia

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