Políticas Cognitivas: Ontologias da Autoconsciência
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.86535Resumo
Neste texto a discussão é feita considerando as proposições a cerca de políticas cognitivas, compreendendo que a representação pode ser alcançada através de diferentes agenciamentos que distribuem de maneira diversa os atores envolvidos. Exploramos três políticas diferentes para compor, representar e reconhecer um processo cognitivo, a autoconsciência. 1) Uma política de mensuração, performada pela psicologia experimental, principalmente através da aplicação de testes psicológicos; 2) Uma política de simulação, resultado da atuação das neurociências a partir de processos de imageamento cerebral com tecnologias digitais e 3) Um política de metamorfose constituída nas práticas de pesquisa-intervenção. A metodologia desse processo segue a sugestão de Mol (2002), e investiga as sessões de métodos, materiais e procedimentos em artigos científicos. Essas sessões especificam o tanto quanto possível as práticas de investigação, o que reforça a ideia de que as práticas que permitem aos objetos se manifestar são cruciais para aquilo que pode ser dito deles.
Downloads
Referências
Baum, C. (2017). Políticas cognitivas: negociação e performance entre psicologia e neurociências. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Baum, C.; Cardoso Filho, C.; Maraschin, C.; Costa, L. A.; Gavillon, P.; Kroeff, R. (2017). Políticas da Representação na Filosofia da Diferença, Enação e Teoria Ator-Rede. Oficinando com Jogos Digitais: Experiências de aprendizagem inventiva. Curitiba: Editora CRV
Baum, C.; Maraschin, C; Markuart, E. (no prelo). Políticas cognitiva como uma abordagem para as relações intercientíficas. Fractal: revista de psicologia
Beaulieu, A. (2002). Images are not the (only) truth: Brain mapping, visual knowledge, and iconoclasm. Science, Technology & Human Values, 27(1), 53-86.
DaSilveira, A. C., DeCastro, T. G., & Gomes, W. B. (2012). Escala de Autorreflexão e Insight: nova medida de autoconsciência adaptada e validada para adultos brasileiros. Psico, 43(2).
Despret, V. (2004). The body we care for: Figures of anthropo-zoo-genesis. Body & Society, 10(2-3), 111-134.
Dresler, M., Wehrle, R., Spoormaker, V. I., Koch, S. P., Holsboer, F., Steiger, A., ... & Czisch, M. (2012). Neural correlates of dream lucidity obtained from contrasting lucid versus non-lucid REM sleep: a combined EEG/fMRI case study. Sleep, 35(7), 1017-1020.
Gavillon, P., Baum, C., & Maraschin, C. (2017). Dos modelos às políticas: O papel da representação nas Ciências Cognitivas. Estudos de Psicologia, 22(2), 145-151.
Haraway, D. (2008). When species meet. Minneapolis: University of Minnesota Press. .
Hoeppe, G. (2015) Representing Representation. Sci. Technol. Hum. Values, 40, 1077–1092
Humphry, S. (2013). Understanding measurement in light of its origins.Frontiers in psychology, 4, 113.
Kastrup, V. (2007). O funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo. Psicologia & Sociedade, 19(1), 15-22.
Kastrup, V. (2008a). O lado de dentro da experiência: atenção a si mesmo e produção de subjetividade numa oficina de cerâmica para pessoas com deficiência visual adquirida. Psicologia: ciência e profissão, 28(1), 186-199.
Kastrup, V. (2008b). O método da cartografia e os quatro níveis da pesquisa-intervenção. Pesquisa-intervenção na infância e juventude, 1, 465-489.
Langlitz, N. (2015). On a not so chance encounter of neurophilosophy and science studies in a sleep laboratory. History of the Human Sciences, 28(4), 3-24.
Latour, B. (2005). Reassembling the social. Hampshire: Oxford University Press.
Latour, B. (2013). An inquiry into modes of existence. Harvard University Press.
Law, J., & Benschop, R. (1997). Resisting pictures: representation, distribution and ontological politics. The Sociological Review, 45(S1), 158-182.
Maul, A. (2013). On the ontology of psychological attributes. Theory & Psychology, 23(6), 752-769.
Michell, J. (1999). Measurement in psychology: A critical history of a methodological concept. Cambridge University Press.
Roepstorff, A. (2007). Navigating the brainscape: When knowing becomes seeing. Skilled visions: Between apprenticeship and standards, 191.
Rose, N. (2011). Inventando nossos selfs: psicologia, poder e subjetividade.Petrópolis: Vozes.
Stengers, I (2000) The invention of modern science. University of Minnesota Press.
Stengers, I. (2011). Cosmopolitics II. Minneapolis: University of Minnesota Press
Verran, H. (2010). Number as an inventive frontier in knowing and working Australia’s water resources. Anthropological Theory, 10(1-2), 171-178.
Verran, H. (2013). Numbers performing nature in quantitative valuing. Nature Cultures, 2, 23-37.
Vieira, R. V., Vieira, D. C., Gomes, W. B., & Gauer, G. (2013). Alexithymia and its impact on quality of life in a group of Brazilian women with migraine without aura. The journal of headache and pain, 14(1), 1.
Von Eckardt, B (2001) Multidisciplinarity and cognitive science. Cognitive Science, v. 25, n. 3, p. 453-470.
Young, J. L. (2014). When Psychologists Were Naturalists: Questionnaires and Collecting Practices in Early American Psychology, 1880-1932 (Doctoral dissertation, YORK UNIVERSITY TORONTO).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
IMPORTANTE: a carta de declaração de direitos deverá ser submetida como documento suplementar.