Estrangeirismos na cidade: inventando o comum em zonas urbanas fronteiriças / Estrangement in the city: inventing the common in urban fringe zones
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.66835Palavras-chave:
segregação urbana, produção do comum, estética, política, pesquisa-intervençãoResumo
Resumo
Nossas cidades sãofortemente marcadas por processos de segregação socioespacial que as dividem em territórios estrangeiros, cada qual com seu universo cultural próprio. Esses
estrangeirismos frequentemente colocam desafios às práticas de extensão universitária, ou outras práticas de pesquisa e trabalho que colocam em contato distintos universos culturais. A
partir da experiência de se sentir estrangeira na Favela da Mangueira, que se deu no âmbito de um projeto de extensão universitária vinculado ao Instituto de Psicologia da UFRJ,
pretendemos traçar uma reflexão sobre como delimitam-se
essas fronteiras urbanas e sobre as possibilidades de invenção do comum em uma cidade dividida, colocando em diálogo nossas experiências no campo com as elaborações de autores da fenomenologia, filosofia política, história, arte e urbanismo. Buscamos colaborar, desta forma, com aqueles que atuam em
projetos de pesquisa-intervenção, extensão universitária, movim
entos sociais, ONGs e outras formas de organização social que trabalhem em zonas fronteiriças dentro da cidade.
Palavras-chave: Segregação Urbana; Produção do Comum; Estética; Política; Pesquisa-Intervenção.
Abstract
Our cities are keenly characterized by processes of socio-spatial segregation which divide them into estranged territories, each with its own cultural universe. Such estrangements are
often challenging to university extension practices, as well
as to other work and research practices which foster contact between different cultural universes. Based on our experience of
‘feeling like a foreigner’ in the Favela da Mangueira during a university extension project associated with the Institute of Psychology of the Federal University of Rio de Janeiro, we offer a reflection on how urban partitions arise and how we can invent the common in a divided city. We look to make our experiences in the field conversant with the works of authors from different areas, such as phenomenology, political philosophy, history, art and urbanism. Thus, we seek to collaborate with other researche
rs who direct research-intervention projects, university extension, social movements, NGOs and other types of social organizations working in urban fringe zones.
Keywords: Urban Segregation; Production of the Common; Aesthetics; Politics; Research-Intervention.
Downloads
Referências
Alvim, M.B. (2014). A poética da Experiência: Gestalt-terapia, fenomenologia e Arte. Rio de Janeiro: Garamond.
Alvim, M.B., Castro, F.G. (2015). O que define uma clínica de situações contemporâneas? Apontamentos a partir de J.P. Sartre e M. Merleau-Ponty. Em: Alvim, M.B., Castro, F.G. (orgs). Clínica de situações contemporâneas: fenomenologia e interdisciplinaridade. Curitiba: Juruá.
De certeau, M. (1998). A Invenção do Cotidiano: Artes de Fazer. Tradução: Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Editora Vozes.
Hardt, M; Negri, A. (2004). MULTITUDE – War and Democracy in the age of empire. Nova Iorque: The Penguin Press.
Jacques, P. B. (2008). Corpografias Urbanas. Arquitextos, ano 08.
Lepecki, A. (2012). Coreopolítica e Coreopolícia. ILHA, 13 (1), 41 – 60.
Mauss M. (2003). Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify.
Merleau-ponty, M. (1999). Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes.
Pelbart, P. (2008). Elementos para uma cartografia da grupalidade. Em: Saadi, F.; Garcia, S. (orgs.). Próximo ato: questões da teatralidade contemporânea. São Paulo: Itaú Cultural.
Ranciére, J. (2005). A partilha do sensível: estética e política. Tradução: Mônica Costa Netto. São Paulo: EXO Experimental org.
Ranciére, J. (2012). O espectador emancipado. Tradução: Ivone C. Benedetti. São Paulo: Editora WWF Martins Fontes.
Rolnik, R. (1998). O que é cidade. São Paulo: Editora Brasiliense.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
IMPORTANTE: a carta de declaração de direitos deverá ser submetida como documento suplementar.