O sujeito cerebral: um esboço histórico e conceitual

Autores

  • Fernando Vidal Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-152X.25883

Resumo

Desde meados do século XX, numerosos discursos e práticas, dentro e fora das disciplinas científicas e filosóficas, têm apresentado o desenvolvimento da noção de ser humano como um ‘sujeito cerebral’. O cérebro é concebido como a única parte do corpo que devemos possuir, e que deve ser nossa, para que sejamos nós mesmos. Já que a personalidade é a qualidade ou condição para ser considerado um indivíduo, a ‘cerebralidade’ é, dessa forma, a qualidade ou condição de ser um cérebro. Esta propriedade define o sujeito cerebral. A antropologia da ‘cerebralidade’ pode parecer uma conseqüência natural do progresso das neurociências – mas procede de  desenvolvimentos das filosofias da matéria e da identidade pessoal do século XVII. As neurociências confirmam e reforçam esta perspectiva. O autor delineia a narrativa histórica relacionada ao desenvolvimento do sujeito cerebral assim como alguns temas contemporâneos que surgem a partir das neurociências.

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Publicado

2012-02-10

Como Citar

Vidal, F. (2012). O sujeito cerebral: um esboço histórico e conceitual. Revista Polis E Psique, 1(1), 169. https://doi.org/10.22456/2238-152X.25883

Edição

Seção

Artigos