A atenção cartográfica e o gosto pelos problemas
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.97450Palabras clave:
atenção, cartografia, experiência de problematizaçãoResumen
O artigo dá continuidade e amplia a discussão sobre o funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo, colocando o problema da possibilidade de ensinar a atenção cartográfica e a política cognitiva da invenção. Baseado nas ideias de Gilles Deleuze e Félix Guattari, aponta a necessidade de uma aprendizagem inventiva para chegar a uma atenção concentrada e aberta ao plano coletivo de forças. Sugere que as condições de possibilidade de tal aprendizagem podem ser criadas pela prática de contato direto com as forças da matéria que habitam os objetos do mundo e também pela prática mediada por um professor. Recorrendo ao trabalho de Antoine Hennion sobre a pragmática do gosto, aponta que o professor pode acompanhar o processo do aprendiz, despertando nele o curioso gosto pela experiência de problematização que caracteriza o trabalho do cartógrafo. Em lugar de centrar o ensino na linguagem, trata-se de cultivar e compartilhar processos de problematização, envolvidos na atenção ao mundo e na atenção a si.
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