Tessituras da Adolescência na Pandemia: Demandas Psicossociais de um CAPSi
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.122621Keywords:
Adolescência, Covid-19, Saúde MentalAbstract
A pandemia da Covid-19 afetou, drasticamente, o campo social. O público adolescente, por apresentar um caráter específico do desenvolvimento, também é atravessado na pandemia. O objetivo desta pesquisa foi identificar e descrever quais as demandas de atenção psicossocial que emergiram nos acolhimentos em um CAPSi de um município do interior do estado do Rio Grande do Sul na pandemia no período da adolescência. O método utilizado foi o modelo quali-quantitativo, de caráter descritivo e exploratório. Os resultados das demandas psicossociais que mais apareceram foram: comportamento suicida, ansiedade, heteroagressividade, autoagressividade, conflitos familiares e dificuldades de aprendizagem. Através do estudo pode-se perceber os atravessamentos que a pandemia da Covid-19 reverberou no público adolescente acolhido neste CAPSi, e o que essas demandas mostram sobre as questões de saúde mental no cenário pandêmico.
Downloads
References
Aberastury, A., & Knobel, M. (1981). Adolescência normal: um enfoque psicanalítico. Porto Alegre: Artes Médicas.
Amarante, P. (2007). Saúde mental e atenção psicossocial. Rio de Janeiro: Fiocruz.
Arentz, M., Yim, E., Klaff, L., Lokhandwala, S., Riedo, F. X., Chong, M., & Lee, M. (2020). Characteristics and outcomes of 21 critically III patients with COVID-19 in Washington State. JAMA, 323(16), 1612–1614. DOI: 10.1001/jama.2020.4326
Assembleia das Gaúchas e Gaúchos: A Casa dos Grandes Debates. (2015/2019). Adolescência e Saúde.
Azevedo, A. E. B. I., Eisenstein, E., Bermudez, B. E. B. V., Fernandes, E. C., Oliveira, H. F., Hagel, L. D. et al. (2019). Autolesão na adolescência: como avaliar e tratar. Sociedade Brasileira de Psiquiatria, (12). Recuperado de https://deborahpimentel.com.br/wp-content/uploads/2019/08/00000C_-_Guia_Pratico_-Autolesao_na_adolescencia_-_como_avaliar_e_tratar.pdf
Baére, F. D., & Zanello, V. (2018). O gênero no comportamento suicida: uma leitura epidemiológica dos dados do Distrito Federal. Estudos de Psicologia, 23(2), 168-178. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413294X2018000200008.
Barbosa, A. J. G., Santos, A. A. A., Rodrigues, M. C., Furtado, A. V., & Brito, N. M. (2011). Agressividade na infância e contextos de desenvolvimento: família e escola. Psico, 42(2). Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/6791.
Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Batista, M. A., & Oliveira, S. M. S. S. (2005). Sintomas de ansiedade mais comuns em adolescentes. Psic: revista da Vetor Editora, 6(2), 43-50. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-73142005000200006&lng=pt&tlng=pt.
Belasco, A. G. S., & Fonseca, C. D. (2020). Coronavírus 2020. Revista Brasileira de Enfermagem, 73(2). Recuperado de https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71672020000200100&script=sci_arttext&tlng=pt.
Birman, J. (2021). O trauma na pandemia do coronavírus: suas dimensões políticas, sociais, econômicas, ecológicas, culturais, éticas e científicas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Botega, N. J. (2014) Comportamento suicida: epidemiologia. Psicologia USP, 25(3), 231-236. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642014000300231&lng=en&nrm=iso.
Botega, N. J. (2015). Crise suicida: avaliação e manejo. Porto Alegre: Artmed.
Brasil. Ministério da Saúde. (2004). Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. (2006). Residência multiprofissional em saúde: experiências, avanços e desafios. Brasília: Ministério da Saúde.
Calligaris, C. (2000). A adolescência. São Paulo: Publifolha.
Carvalho, F. C., & Costa, E. M. D. (2013). Transtorno de ansiedade na adolescência. Revista Lugares De Educação, 2(4), 54-74. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rle/article/view/15416.
Costa-Rosa, A., Luzio, C. A., & Yasui, S. (2003). Atenção psicossocial: rumo a um novo paradigma na saúde mental coletiva. In: P.D.C. Amarante (Org.). Archivos de saúde mental e atenção psicossocial (pp. 13-44). Rio de Janeiro: Nau Editora.
Chung-Hall, J., & Chen, X. (2010). Aggressive and prosocial peer group functioning: effects on children's social, school, and psychological adjustment. Social Development, 19(4), 659-680. DOI: 10.1111/j.1467-9507.2009.00556.x.
Coutinho, L. G. (2009). Adolescência e errância: destinos do laço social contemporâneo. Rio de Janeiro: Nau – FAPERJ.
de Figueiredo, C. S., Sandre, P. C., Portugal, L., Mázala-de-Oliveira, T., da Silva Chagas, L., Raony, Í., et al. (2021). COVID-19 pandemic impact on children and adolescents' mental health: biological, environmental, and social factors. Progress in neuro-psychopharmacology & biological psychiatry, 106, 110171. DOI: 10.1016/j.pnpbp.2020.110171
Freud, S. (1980). O mal-estar na civilização (1930). Rio de Janeiro: Imago, v. 21.
Fundação Oswaldo Cruz. (2020). Suicídio na pandemia Covid-19. Rio de Janeiro: Fiocruz. Recuperado de https://portal.fiocruz.br/noticia/covid-19-e-saude-mental-cartilha-aborda-prevencao-do-suicidio.
Fundação Oswaldo Cruz. (2020a). Covid-19 e Saúde da criança e do adolescente. Rio de Janeiro: Fiocruz. Recuperado de http://www.iff.fiocruz.br/pdf/covid19_saude_crianca_adolescente.pdf
Fundação Oswaldo Cruz. (2020b). Depressão, ansiedade e estresse aumentam durante a pandemia. Rio de Janeiro: Fiocruz. Recuperado de https://www.fi ocruzbrasilia.fi ocruz.br/depressao-ansiedade-eestresse-aumentam-durante-a-pandemia/.
Fundação Oswaldo Cruz. (2020c). Recomendações gerais. Rio de Janeiro: Fiocruz. Recuperado de https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/cartilhas-reunem-informacoes-e-recomendacoes-em-saude-mental-na-pandemia-de-covid-19.
Fundação Oswaldo Cruz. (2020d). Recomendações para gestores. Rio de Janeiro: Fiocruz. Recuperado de https://portal.fiocruz.br/documento/saude-mental-e-atencao-psicossocial-na-pandemia-covid-19-recomendacoes-para-gestores.
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.
Gutmann, V. L. R., Santos, D., Silva, C. D., Vallejos, C. C. C., Acosta, D. F., & Mota, M. S. (2022). Motivos que levam mulheres e homens a buscar as unidades básicas de saúde. JONAH: Journal of Nursing and Health. 12(2). Recuperado de https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/enfermagem/article/view/20880.
Houaiss, I. A. (2009). Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2017). Conheça cidades e estados do Brasil. Recuperado de https://cidades.ibge.gov.br/.
Jans, T., Vloet, T. D., Taneli, Y., & Warnke, A. (2017). Suicidio y conducta autolesiva. In: Rey, J. M (ed.). Manual de salud mental infantil y adolescente de la IACAPAP. Ginebra: Asociación Internacional de Psiquiatría del Niño y el Adolescente y Profesiones Afines. Recuperado de https://iacapap.org/content/uploads/E.4-Suicidio-Spanish-2018.pdf
Klein, M. (org.) (1980). Novas tendências na psicanálise. Rio de Janeiro: Guanabara.
Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 e Lei Federal 13.431, de 04 de abril de 2017. (2018). Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Comissão de Cidadania e Direitos Humanos.
Leone, C., & Gallo, P. R. (2016). Saúde do jovem, início do século XXI, Brasil. In: Lauridsen-Ribeiro, E., & Tanaka, O. Y. (orgs.). Atenção em saúde mental para crianças e adolescentes no SUS. (2ª ed.). São Paulo: Hucitec.
Lessa, A. (2004). Arqueologia da agressividade humana: a violência sob uma perspectiva paleoepimeiológica. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 11(2), 279-296. Recuperado de https://www.scielo.br/j/hcsm/a/fs79kXyPyjs7z9fHXMbtXRL/?lang=pt.
Miliaukas, C. R., & Faus, D. P. (2020). Saúde mental de adolescentes em tempos de Covid-19: desafios e possibilidades de enfrentamento. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 30(4). Recuperado de https://www.scielo.br/j/physis/a/W578M6SCTxdZQxCCtFJSbrH/?lang=pt
Minayo, M. C. de S (org.). (2002). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes.
Möller-leimkühler, A. M. (2003). The gender gap in suicide and premature death or: Why are men so vulnerable? European Archives of Psychiatry and Clinical Neuroscience, 253(1). Recuperado de https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12664306/
Noal, D. (2017). O humano do mundo: diário de uma psicóloga sem fronteiras. São Paulo: Astral Cultural.
Organização Mundial de Saúde. (2020). Diretrizes para o atendimento em casos de violência de gênero contra meninas e mulheres em tempos da pandemia da Covid-19. Brasília.
Organização Mundial de Saúde. (2021). Saúde mental de adolescentes. Recuperado de https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/adolescent-mental-health
Plener, P. L., Allroggen, M., Kapusta, N. D., Brähler, E., Fegert, J. M., & Groschwitz, R. C. (2016). The prevalence of nonsuicidal self-injury (NSSI) in a representative sample of the German population. BMC Psychiatry, 16(353). DOI: 10.1186/s12888-016-1060-x.
Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011. (2011). Brasília: Distrito Federal. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_rep.html.
Psiquiatria, A. B. (2014). Suicídio: informando para prevenir. Brasília: Conselho Federal de Medicina.
Rego, K. O., & Maia, J. L. F. (2021). Ansiedade em adolescentes no contexto da pandemia por Covid-19. Research, Society and Development, 10(6). Recuperado de file:///D:/Usu%C3%A1rios/Acer/Downloads/15930-Article-199429-1 1020210519%20(1).pdf
Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. (2012). Brasília: Distrito Federal. Recuperado de http://www.conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf.
Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016. (2016). Brasília: Distrito Federal, Diário Oficial da União. Recuperado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2016/res0510_07_04_2016.html.
Rodrigues, L. L. S., Rodrigues, N. A., & Mello, M. R. A. (2018). Dificuldades de aprendizagem em meninos e meninas: uma revisão sistemática com metanálise. PSI UNISC 2(2), 133-148. Recuperado de https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/11784
Savietto, B. B. (2010). Adolescência: ato e atualidade. Curitiba: Juruá.
Schlosser, A., Rosa. G. F. C., & More, C. L. O. O. (2014). Revisão: comportamento suicida ao longo do ciclo vital. Temas Psicologia, 22(1), 133-145. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413389X2014000100011&lng=pt&nrm=iso>
Schoen-Ferreira, T. H., & Aznar-Farias, M. (2010). Adolescência através dos séculos. Psicologia: teoria e pesquisa, 26(2), 227-234. Recuperado de https://www.scielo.br/j/ptp/a/MxhVZGYbrsWtCsN55nSXszh/abstract/?lang=pt
Silva, L. (2019). Suicídio entre crianças e adolescentes: um alerta para o cumprimento do imperativo global. Acta Paulista de Enfermagem, 32(3), III-IVI. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010321002019000300001&lng=en&nrm=iso
Silva, R. V. B. (2015). Os conflitos na fronteira de contato entre pais e filhos adolescentes. Revista IGT na Rede, 12(22), 53-66. Recuperado de http://www.igt.psc.br/ojs
Souza, K. R., & Kerbauy, M. T. M. (2017). Abordagem quanti-qualitativa: superação da dicotomia quantitativa-qualitativa na pesquisa em educação. Educação e Filosofia, 31(61), 21-44. Recuperado de http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/29099.
Vilhena, J.; Maia, M. V. (2002). Agressividade e violência: reflexões acerca do comportamento anti-social e sua inscrição na cultura contemporânea. Revista Mal-estar e Subjetividade, 2(2), 27-58. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S151861482002000200003&lln=pt&nrm=iso
Winnicott, D. W. (2019). O brincar e a realidade (1971). UBU: Editora.
Winnicott, D. W. (2019). Privação e delinquência (1987). São Paulo: Martins Fontes.
World Health Organization. (2019). Suicide in the world. Recuperado de https://www.who.int/publications/i/item/suicide-in-the-world.
World Health Organization. (2018). Suicide prevention: toolkit for engaging communities. Recuperado de https://www.who.int/publications/i/item/suicide-prevention-toolkit-for-engaging-communities.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright Statement
Authorship Responsibility:
First author: ______________________________________________________________________
Manuscript title:___________________________________________________________________
Manuscript Number:________________________________________________________________
Co-author(s) identification (in the order that they should appear in the manuscript):____________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
1. Author Statement of Responsibility: - By this statement I guarantee, that in case of multiple authors, they read and agreed with the terms of this statement, granting me, through their written authorization, the right to sign this statement on their behalf; - Certify that it is an original and unpublished work, that neither, partially or totally, any other work with substantially similar content, of my authorship, was published or is being considered for publication elsewhere, electronically or printed; - Certify that, if requested, I will provide or cooperate in obtaining the information data on which the article was based, for examination by the editors; - Certify that all authors have participated sufficiently in this work, holding also the public responsibility for their content. In case of articles with more than six authors, the statement must specify the type(s) of participation(s) of each author, as specified below: - It is certify that In this work, (1) I, significantly contributed to the design, planning, collection and/or analysis and interpretation of data; (2) significantly contributed to the manuscript draft and/or in the critical revision of the content, (3) Participated effectively in the approval of the final version of the manuscript.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Signature (on behalf of all authors):
________________________________________________________________________________
Date:____________________________________________________________________________
Copyright Transfer:
It is stated that, in case of recommendation for publication (acceptance) of the manuscript, I agree that its copyrights shall become the exclusive property of the journal Polis e Psique, implying the prohibition of any form of reproduction, totally or partially, in any other part or means of divulgation, printed or electronic, without the request of a prior authorization that, if obtained, I will provide the proper acknowledgment to the Polis e Psique Journal from Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Signature (on behalf of all authors):
________________________________________________________________________________
Date: