Um estudo sobre o paradigma proibicionista e a (des)criminalização da maconha no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.108226Keywords:
Maconha, Proibicionismo, Subjetividade.Abstract
A maconha atualmente figura entre as substâncias consideradas ilícitas no Brasil. No entanto, nem sempre foi assim. O processo histórico que culminou com a proibição da maconha no Brasil é datado do início do século XX, perpassado por concepções eugenistas e higienistas que consolidaria o paradigma proibicionista. Todavia, ainda que paulatinamente, o proibicionismo vem sendo questionado em âmbito internacional e já há registros de outros modelos de relação de Estados com as drogas e dos indivíduos com as substâncias psicoativas. Sendo assim, o presente artigo, através da realização de entrevistas semiestruturadas, buscou identificar as diferentes maneiras pelas quais a proibição da maconha exerce seus efeitos nas subjetividades de indivíduos militantes, usuários ou não da planta. Dessa maneira, pretende-se demostrar a possibilidade de se pensar novas formas de se relacionar com a maconha, tanto em âmbito individual quanto em âmbito social, e ampliar o conhecimento da população acerca dos efeitos da proibição.
Downloads
References
Alves, J. M. D & Pizzi, L. C. V. (2014). Análise do Discurso em Foucault e o papel dos enunciados: pesquisar subjetividades nas escolas. Rev. Temas em Educação, João Pessoa, 23 (1), 81-94.
lmeida, C. D & Carvalho, N. C. B. (2016). A dificuldade do acesso à justiça na tentativa de uso da maconha para fins medicinais no Brasil. Direitos Sociais e Políticas Públicas, Bebedouro/SP, 4 (1), 46-69.
Brasil. Decreto n°20.930, de 11 de Janeiro de 1932. Diário Oficial da União - Seção 1 - 16/1/1932, Página 978 (Publicação Original)
Brito Neto, J. A. B., Lemos, F. C. S., Galindo, D. C. G., Ferla, A. A. & Corrêa, M. R. (2016). Figuras e facetas da lógica proibicionista-medicalizante nas políticas sobre drogas, no Brasil. Rev. Polis e Psique, 6(3), 59 - 76.
Carvalho, M. A. (2017). Abordagem nos Jardins tem de ser diferente da periferia, diz novo comandante da Rota. Folha de São Paulo, 24 de agosto de 2017. Recuperado de: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,abordagem-nos-jardins-tem-de-ser-diferente-da-periferia-diz-novo-comandante-da-rota,70001948516.
Damasceno, A. P. P. (2010). As representações sociais do usuário de maconha sob a política da segurança nacional nas décadas de 60/70. Universitas Jus, Brasília, 1-85, jan/jun.
Dória, R. (1958). Os fumadores de maconha: efeitos e males do vício. In: Maconha: coletânea de trabalhos brasileiros. 2. Ed. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Educação Sanitária.
Escohotado, A. (1998). Historia General de las Drogas. Madrid: Alianza Editorial, S.A.
Fiore, M. (2002). Algumas reflexões a respeito dos discursos médicos sobre uso de drogas. In: Encontro Anual da ANPOCS, 26, Caxambú. Anais... Caxambú. p.5.
Fiore, M. (2012). O lugar do Estado na questão das drogas: o paradigma Proibicionista e as alternativas. Novos Estudos CEBRAP (Impresso), 92, 9-21.
Foucault, M. (2008). O nascimento da Biopolítica. São Paulo: Martin Fontes.
Foucault, M. (2007a). Arqueologia do Saber. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Foucault, M. (2007b). Microfísica do Poder. 24.ed. São Paulo: Edições Graal.
Foucault, M. (2005). Em Defesa da Sociedade. Curso no Collège de France, 1975-1976. São Paulo: Martins Fontes.
França, J. M. C. (2015). A História da Maconha no Brasil. São Paulo: Três Estrelas.
Hart, C. (2014). Um preço muito alto: a jornada de um neurocientista que desafia nossa visão sobre drogas. Rio de Janeiro: Zahar.
Infopen (2018). Infopen Mulheres, Levantamento Nacional de informações penitenciárias. 2. ed. Santos, T. (Org.); Rosa, M. I. da. Et al. Brasília: Ministério da Justiça e Segurança Pública. Departamento Penitenciário Nacional.
Jesus, R. & Teixeira, I. (2019) A hegemonização do proibicionismo brasileiro: a disputa em torno do consenso sobre as drogas. Áskesis, 8(2), jul-dez, 50-64.
Karam, M. L. (2007). Legislações proibicionistas em matéria de drogas e danos aos direitos fundamentais. Rev. Verve, 12, 181-212.
Lunardon, J. A. (2015). Maconha, Capoeira e Samba: a construção do proibicionismo como uma política de criminalização social. In: Anais do I Seminário Internacional de Ciência Política. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
MacRae, E. & Alves, W. C. (2016). Fumo de Angola: cannabis, racismo, resistência cultural e espiritualidade. Salvador. EDUFBA. 565 p.
MacRae, E. (2017). Maconha e o Proibicionismo. In: Figueredo, R; Feffermann, M., & Adorno, R. (Org). Drogas & sociedade contemporânea: perspectivas para além do proibicionismo. São Paulo: Instituto de Saúde.
Mbembe, A. (2018). Necropolítica. São Paulo. N-1 edições.
Organização Mundial da Saúde (OMS) (2018). Relatório Global sobre Álcool e Saúde. Genebra, Suíça.
Ribeiro, L. C. (2011). História das polícias militares no Brasil e da Brigada Militar no Rio Grande do Sul. In: Em Anais XXVI Simpósio Nacional de História. Simpósio conduzido em ANPUH, São Paulo, Brasil.
Ribeiro, T. M. (2016). Governo ético-político de usuários de maconha. Curitiba: Prismas.
Silva, E. M. da. (2005). O Estado Democrático de Direito. Informação Legislativa, Brasília, 167 (42), 213-230, jul./set.
Souza, J. E. L. (2015). Sonhos da diamba, controles do cotidiano: uma história da criminalização da maconha no Brasil republicano. 1. ed. Salvador: EDUFBA/CETAD-UFBA, v. 1. 263p.
Vargas. E. V. (2008). Fármacos e outros objetos sócio-técnicos: notas para uma genealogia das drogas. In: Labate, B., Goulart, S., Fiore, M., MacRae, E., & Carneiro, H. (Org.) Drogas e cultura: novas perspectivas. Salvador: EDUFBA.
Vinci, C. F. (2018) O conceito de experimentação na filosofia de Gilles Deleuze. Sofia, 7(2) 322-342.
Zorzanelli, R.T., & Cruz, M. G. A. (2018). O conceito de medicalização em Michel Foucault na década de 1970. Interface (Botucatu).; 22(66):721-31.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright Statement
Authorship Responsibility:
First author: ______________________________________________________________________
Manuscript title:___________________________________________________________________
Manuscript Number:________________________________________________________________
Co-author(s) identification (in the order that they should appear in the manuscript):____________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
1. Author Statement of Responsibility: - By this statement I guarantee, that in case of multiple authors, they read and agreed with the terms of this statement, granting me, through their written authorization, the right to sign this statement on their behalf; - Certify that it is an original and unpublished work, that neither, partially or totally, any other work with substantially similar content, of my authorship, was published or is being considered for publication elsewhere, electronically or printed; - Certify that, if requested, I will provide or cooperate in obtaining the information data on which the article was based, for examination by the editors; - Certify that all authors have participated sufficiently in this work, holding also the public responsibility for their content. In case of articles with more than six authors, the statement must specify the type(s) of participation(s) of each author, as specified below: - It is certify that In this work, (1) I, significantly contributed to the design, planning, collection and/or analysis and interpretation of data; (2) significantly contributed to the manuscript draft and/or in the critical revision of the content, (3) Participated effectively in the approval of the final version of the manuscript.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Signature (on behalf of all authors):
________________________________________________________________________________
Date:____________________________________________________________________________
Copyright Transfer:
It is stated that, in case of recommendation for publication (acceptance) of the manuscript, I agree that its copyrights shall become the exclusive property of the journal Polis e Psique, implying the prohibition of any form of reproduction, totally or partially, in any other part or means of divulgation, printed or electronic, without the request of a prior authorization that, if obtained, I will provide the proper acknowledgment to the Polis e Psique Journal from Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Signature (on behalf of all authors):
________________________________________________________________________________
Date: