Desafios Metodológicos e Formativos em Pesquisa com Mulheres na Prisão
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.103634Keywords:
pesquisa-intervenção, presídios mistos, mulheresAbstract
Propõe discussão acerca dos desafios metodológicos e formativos em pesquisa-intervenção ao investigar as relações de poder que incidem sobre os corpos femininos na prisão. Objetiva apresentar como a investigação foi tecida e atravessada pelos encontros-acontecimentos com 12 mulheres numa prisão mista, por meio de observações, registro em diários de campo e realização de entrevistas coletivas. Três blocos de discussão abordam os atravessamentos e aprendizagens para realizar pesquisas com mulheres na prisão: modulações no corpo-experiência para cultivar outras percepções e aprendizagens no fazer-pesquisa; deslocamentos subjetivos e experimentações no caminhar da pesquisa; e discutindo os deslocamentos de si no processo de escrita acadêmica de uma pesquisa coproduzida com mulheres na prisão.
Downloads
References
Barcinski, M., & Cúnico, S. D. (2014). Os efeitos (in)visibilizadores do cárcere: as contradições do sistema prisional”. Psicologia, 28(2), 63-70. Recuperado de http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-20492014000200006&lng=pt&tlng=pt.
Barros, R.B. (2013). Entrada Grupal: uma escolha ético-estético-política. In: R.B. Barros. (2013). Grupo: a afirmação de um simulacro (pp.315-324). Porto Alegre: Sulina.
Bicalho, P.P.G., Rossoti, B.G..P., & Reishoffer, J.C. (2016). A pesquisa em instituições de preservação da ordem. Polis e Psique, 6(1), 85-97. doi: https://doi.org/10.22456/2238-152X.61384.
Candiotto, C. (2010). Foucault e a crítica da verdade. Belo Horizonte: Autêntica.
Chaves, A. G. C. R., & Paulon, S. M. (2015). Sobre o pesquisar uma pesquisa: notas metodológicas acerca das experimentações de uma abordagem metodológica participativa. Pesquisas e Práticas Psicossociais, 10(1), 11-23. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-89082015000100002&lng=pt&tlng=pt.
Dell’Aglio, D.D., Sbeghen, E.P.D, & Heinze, R.B. (2019). Inquietações éticas: sobre a possibilidade de (des)encontros. Polis e Psique, nº especial: 20 anos do PPGPSI/UFRGS, 36-53. doi: https://doi.org/10.22456/2238-152X.97767.
Depen, Departamento Penitenciário Nacional. (2017). Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias - Infopen. Brasília: Depen. Recuperado de: http://depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen/relatorios-sinteticos/infopen-jun-2017-rev-12072019-0721.pdf.
Depen, Departamento Penitenciário Nacional. (2018). Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias - Infopen Mulheres. Brasília: Depen. Recuperado de: http://depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen-mulheres/infopenmulheres_arte_07-03-18.pdf.
Ferreira Neto, J. L. (2015). Pesquisa e Metodologia em Michel Foucault. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 31(3), 411-420. https://dx.doi.org/10.1590/0102-377220150321914100420.
Foucault, M. (2012). Ditos e Escritos IV. Paris: Gallimard.
Foucault, M. (2014). Ética, sexualidade e política. Ditos e Escritos V. (E. Monteiro & I.A.D. Barnosa., Trad.) Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Ferraz, H. G., & Joffily, T. (2019). Democracia e encarceramento em massa: provocações de teoria política ao estado penal brasileiro. Revista Brasileira de Ciências Criminais, 152,383-422. Recuperado de https://www.academia.edu/38254886/Democracia_e_encarceramento_em_massa_provocações_de_teoria_política_ao_Estado_penal_brasileiro.
Germano, I. M. P., Monteiro, R. A. F. G., & Liberato, M. T. C. (2018). Criminologia Crítica, Feminismo e Interseccionalidade na Abordagem do Aumento do Encarceramento Feminino. Psicologia: Ciência e Profissão, 38(spe2), 27-43.
Gomes, C. M. (2016). Corpos negros e as cenas que não vi: Um ensaio sobre os vazios de uma pesquisa criminológica situada. Sistema Penal & Violência, 8(1), 16-28. Recuperado de http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/sistemapenaleviolencia/article/view/23717.
hooks, bell. (2019). O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. (H. Libanio, Trad.). Rio de janeiro: Rosa dos Tempos.
Kastrup, V. (2019). A atenção cartográfica e o gosto pelo problema. Polis e Psique. N° especial: 20 anos do PPGPSI/UFRGS, 99-106. doi: https://doi.org/10.22456/2238-152X.97450 .
Kastup, V. (2010). Experiência estética para uma aprendizagem inventiva: notas sobre o acesso de pessoas cegas a museus. Informática na Educação: teoria e prática,13 (2), 38-45. doi: https://doi.org/10.22456/1982-1654.12463.
Kastrup, V., Tedesco, S., & Passos, E. (2008). Políticas da Cognição. Porto Alegre: Sulina.
Kastrup, V., & Barros, R.B. (2009). Movimentos-funções do dispositivo na prática da cartografia. In E. Passos, V. Kastrup, & L. Escóssia (Orgs.), Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade (pp. 76-91). Porto Alegre: Sulina.
Kastrup, Virgínia. (2005). Políticas cognitivas na formação do professor e o problema do devir-mestre. Educação & Sociedade, 26(93), 1273-1288. https://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302005000400010.
Leite, M. (2014). Cartografar (n)a prisão. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 14(3), 795-813.
doi: https://doi.org/10.12957/epp.2014.13883.
Macedo, J.P, & Dimenstein, M. (2009). Escrita acadêmica e escrita de si: experienciando desvios. Mental, 7(12), 153-166.
Oliveira, C. B. (2017). A mulher em situação de cárcere: uma análise à luz da criminologia feminista ao papel social da mulher condicionada pelo patriarcado. Porto Alegre: Fi.
Passos, E., & Barros, R.B (2009). A cartografia como método de pesquisa-intervenção. In E. Passos, V. Kastrup, & L. D. Escóssia (Org.), Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade (pp. 17-31). Porto Alegre: Sulina.
Paulon, S. M. (2005). A análise de implicação com ferramenta na pesquisa-intervenção. Psicologia & Sociedade, 17(3), 18-25. doi: https://dx.doi.org/10.1590/S0102-71822005000300003.
Paulon S.M., & Romagnoli R.C. (2010). Pesquisa-intervenção e cartografia: melindres e meandros metodológicos. Estud. Pesqui. Psicol., 10(1), 85-102.
Queiroz, Nana. (2015). Presos que menstruam. Rio de Janeiro: Record.
Ribeiro, D. (2017). O que é lugar de fala?. Belo Horizonte: Letramento.
Rocha, M. L. da, & Aguiar, K. F. de. (2003). Pesquisa-intervenção e a produção de novas análises. Psicologia: Ciência e Profissão, 23(4), 64-73.
Rolnik, S. (1993). Pensamento, corpo e devir. Uma perspectiva ético/estético/política no trabalho acadêmico. Cadernos de Subjetividade, v.1 n.2: 241-251.
Romagnoli, R.C. (2009). A cartografia e a relação pesquisa e vida. Psicologia & Sociedade, 21(2), 166-173. https://doi.org/10.1590/S0102-71822009000200003.
Tedesco, S. H., Sade, C., & Caliman, L. V. (2013). A entrevista na pesquisa cartográfica: a experiência do dizer. Fractal: Revista de Psicologia, 25(2), 299-322. doi: https://dx.doi.org/10.1590/S1984-02922013000200006.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright Statement
Authorship Responsibility:
First author: ______________________________________________________________________
Manuscript title:___________________________________________________________________
Manuscript Number:________________________________________________________________
Co-author(s) identification (in the order that they should appear in the manuscript):____________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
1. Author Statement of Responsibility: - By this statement I guarantee, that in case of multiple authors, they read and agreed with the terms of this statement, granting me, through their written authorization, the right to sign this statement on their behalf; - Certify that it is an original and unpublished work, that neither, partially or totally, any other work with substantially similar content, of my authorship, was published or is being considered for publication elsewhere, electronically or printed; - Certify that, if requested, I will provide or cooperate in obtaining the information data on which the article was based, for examination by the editors; - Certify that all authors have participated sufficiently in this work, holding also the public responsibility for their content. In case of articles with more than six authors, the statement must specify the type(s) of participation(s) of each author, as specified below: - It is certify that In this work, (1) I, significantly contributed to the design, planning, collection and/or analysis and interpretation of data; (2) significantly contributed to the manuscript draft and/or in the critical revision of the content, (3) Participated effectively in the approval of the final version of the manuscript.
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Signature (on behalf of all authors):
________________________________________________________________________________
Date:____________________________________________________________________________
Copyright Transfer:
It is stated that, in case of recommendation for publication (acceptance) of the manuscript, I agree that its copyrights shall become the exclusive property of the journal Polis e Psique, implying the prohibition of any form of reproduction, totally or partially, in any other part or means of divulgation, printed or electronic, without the request of a prior authorization that, if obtained, I will provide the proper acknowledgment to the Polis e Psique Journal from Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Signature (on behalf of all authors):
________________________________________________________________________________
Date: