Notas sobre um exercício para desformar crises
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.144830Palavras-chave:
neoliberalismo, racismo, desastre político-climático, vulnerabilidade, ancestralidadeResumo
O presente artigo se dedica a refletir sobre o exercício de um pensamento crítico acerca dos recentes acontecimentos no Rio Grande do Sul, sobretudo em relação às enchentes de 2024. Tais eventos nos convocam, enquanto dois psicólogos e uma assistente social, a desnaturalizar discursos, ferramentas e práticas hegemônicas. Buscamos, então, produzir notas sobre esse tempo, na esperança de contribuir para um diálogo mais crítico e amplo junto das maiorias populares e seus saberes. Para isso, nos aproximamos de imagens, vozes, olhares e percepções que nos ajudam a romper com os lugares já conhecidos por nós em nossas respectivas profissões. Com mais perguntas do que respostas, nos lançamos em um encontro de saberes que propõe contranarrativas aos discursos oficiais já consolidados por ideologias hegemônicas como o neoliberalismo. Nossa nota final dispara uma flecha ao passado, convidando ao reencontro com uma percepção de ancestralidade em contraponto ao progresso presente.
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