“Não vamos obedecer”. O comando do ódio no Brasil de hoje

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-152X.108630

Palavras-chave:

ódio, anti racismo, pedagogia, democracia, feminismo

Resumo

O ódio é um gatilho. E ele quer mesmo é separar: classificar, conjurar, controlar, eliminar. Ele cria blocos de bloqueio. O artigo analisa práticas de ódio no Brasil de 2018-2020 procurando “responder” ou pensar o comando do ódio a partir de três perspectivas: a produção cultural anti racista; os feminismos interseccionais e a noção de reprodução social; e a produção do conhecimento situada na universidade. Analisa ainda a linguagem e a criação, a transitividade crítica e a pedagogia “lenta” como forma de alimentar os dissensos necessários para a realização de uma democracia. Compreendendo que não é possível rebater o ódio na sua totalidade, o texto se soma ao enunciado em creole “não vamos obedecer” e propõe a imagem de um emoliente do ódio que possa atuar nos seus desmanchamentos.

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Biografia do Autor

Cristina Thorstenberg Ribas, PPGAV/IA/UFRGS (PNPD)

Bolsista Capes PNPD Programa de Pós-graduação em Artes Visuais - UFRGS. PhD no Goldmishts College University of London.

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Publicado

2021-01-19

Como Citar

Ribas, C. T. (2021). “Não vamos obedecer”. O comando do ódio no Brasil de hoje. Revista Polis E Psique, 11(1), 204–221. https://doi.org/10.22456/2238-152X.108630

Edição

Seção

Dossiê Temas em Debate 2019: O que pode a Psicologia Social no presente?

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