Um forte argumento para as ciências moles
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-8918.145649Palavras-chave:
Ciências da saúde, Pesquisa qualitativa, Ciências moles, EpistemologiaResumo
Neste ensaio, reflito sobre o artigo de Gastaldo e Eakin Practising Soft Science in the Field of Health, em que a pesquisa qualitativa crítica é uma metodologia, com fundamentos epistemológicos, axiológicos e teóricos. Destaco os elementos-chave emergentes levantados no comentário, discutindo o valor que ele contribui para criar uma presença institucional para a pesquisa qualitativa crítica nas ciências da saúde. Chamo a atenção para o trabalho invisível, muitas vezes emocional, associado a essa estratégia, ao mesmo tempo em que discuto os pontos fortes dessa abordagem. Argumento que a formação de um coletivo alinhado contraria a orientação positivista dominante no que Ndlovu-Gatsheni (2021) chama de “academia de gladiadores”. Em vez disso, ela permite explorar o lócus da enunciação (Mignolo, 2009), trazendo à tona as desigualdades. Por meio da implementação dessas estratégias, a pesquisa qualitativa crítica tem o potencial de contribuir para a disrupção generativa, criando uma ciência mole que alimenta a transformação social.
Downloads
Referências
DWYER, Sonya C.; BUCKLE, Jennifer L. The space between: on being an insider-outsider in qualitative research. International Journal of Qualitative Methods, v. 8, n. 1, p. 54-63, 2009. DOI: https://doi.org/10.1177/160940690900800105
GALVAAN, Roshan. Generative disruption through occupational science: enacting possibilities for deep human connection. Journal of Occupational Science, v. 28, n. 1, p. 6-18, 2021. DOI: https://doi.org/10.1080/14427591.2020.1818276
GASTALDO, Denise; EAKIN, Joan. Practising “soft science” in the field of health. Movimento, v. 30, p. e30061, Jan./Dec. 2024. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-8918.142677.
MATTERA, Don. Azanian love song. Johannesburg: Skotaville Publishers, 1983.
MIGNOLO, Walter. Epistemic disobedience, independent thought and decolonial freedom. Theory, Culture & Society, v. 26, n. 7-8, p. 159-181, 2009. DOI: https://doi.org/10.1177/0263276409349275
NDLOVU-GATSHENI, Sabelo J. The cognitive empire and gladiatory scholarship. 2021. Available at: https://kujenga-amani.ssrc.org/2021/06/25/the-cognitive-empire-and-gladiatory-scholarship/. Accessed: Jan. 16, 2025.
REPUBLIC OF SOUTH AFRICA. Department of Health. Ethics in Health Research: Principles, Processes and Structures. Pretoria: National Department of Health, 2015. Available from: https://www.health.gov.za/wp-content/uploads/2022/05/NHREC-DoH-2015-Ethics-in-Health-Research-Guidelines-1.pdf. Accessed: Jan. 16, 2025
TUHIWAI-SMITH, Linda. Decolonising methodologies: research and indigenous peoples. In: MAKONI, Sinfree et al. (org.). Foundational concepts of decolonial and southern epistemologies. Bristol: Multilingual Matters, 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Movimento

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista Movimento adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) para os trabalhos aprovados e publicados. Isso significa que os/as autores/as:
- mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação; e
- têm o direito de compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial).
