Citação, uma guerrilheira cultural nas encruzilhadas do amanhã
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245250.288-312Palabras clave:
Citação. Bibliografia. Livro. Perspectivismo Ameríndio. Informe.Resumen
Relacionar a questão da citação com a Bibliografia, desde um ponto de vista da alteridade, este é o propósito textual. Trama alguns debates acerca da reciprocidade de perspectivas que o pensamento ameríndio pode provocar nas discussões epistêmicas do campo da Library and Information Science. Inversões de perspectivas são alimentadas na travessia textual, como: a informação enquanto informe, a citação enquanto misto de discurso e método, o livro enquanto corpo selvagem, a bibliografia enquanto mapa virtual intensivo de uma humanidade disseminada. A argumentação busca incitar por meio das temáticas dissertadas um debate acerca da descolonização do pensamento ocidental, apresentando elementos dentro do próprio discurso ocidental, todavia, com o enfoque nuclear no pensamento ameríndio e suas possíveis alianças em busca de um mundo por vir. Ao final, na encruzilhada da brasilidade antropofágica, toca a perspectiva ameríndia com as ciências encantadas do baraperspectivismo, numa devoração afroindígena genuinamente brasileira, que se precipita sobre um amanhã que veio ontem.
Descargas
Citas
AGAMBEN, Giorgio. O aberto: o homem e o animal. Lisboa: Ed. 70, 2002.
AGAMBEN, Giorgio. A Aventura. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
AGAMBEN, Giorgio. El fuego y el relato. Madrid: Sextopiso, 2016.
AGAMBEN, Giorgio. Infância e história: destruição da experiência e origem da história. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2005.
AGAMBEN, Giorgio. Medios sin fin: notas sobre la política. Valencia: Pre-textos, 2001.
ANDRADE, Oswald. A utopia antropofágica. São Paulo: Globo, 2011.
ARENDT, Hannah. Trabalho, obra, ação. Cadernos de ética e filosofia política, v. 7, n. 2, p. 175-201, 2005.
ARENDT, Hannah. Walter Benjamin. In: ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 165-222.
ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: Loyola, 2002.
BENJAMIN, Walter. Ensaios reunidos: escritos sobre Goethe. São Paulo: Ed. 34, 2009.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre a literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987.
BENJAMIN, Walter. Origem do drama barroco alemão. São Paulo: Brasiliense, 1984.
BROTHERSTON, Gordon. Towards a grammatology of America. In: HAWKES, Terence (Ed.). Literature, Politics and Theory. London: New York: Methuen, 1986, p. 190-209.
CALVINO, Italo. As cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
CASSIN, Bárbara. O efeito sofístico. São Paulo: Ed. 34, 2005.
CASSIN, Bárbara. Jacques, o Sofista: Lacan, logos e psicanálise. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
CASSIN, Bárbara. Que quer dizer: dizer alguma coisa?. Discurso, v. 20, p. 19-39, 1993.
CASSIN, Bárbara. Se Parmênides. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
CASTRO, Eduardo Viveiros de. A floresta de cristal: notas sobre a ontologia dos espíritos amazônicos. Cadernos de Campo, n. 14-15, p. 319-338, 2006.
CASTRO, Eduardo Viveiros de. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
CESARINO, Pedro de Niemeyer. A escrita e os corpos desenhados: transformações do conhecimento xamanístico entre os Marubo. Revista de Antropologia, v. 55, n. 1, 2012.
CESARINO, Pedro de Niemeyer. Donos e Duplos: relações de conhecimento, propriedade e autoria entre Marubo. Revista de Antropologia, v. 53, n. 1, 2010.
COMPAGNON, Antoine. O trabalho da citação. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1996.
CRIPPA, G. A invenção bibliográfica da arte na modernidade: notas históricas sobre a organização do conhecimento artístico no século XVI. Informação & Informação, v. 23, n. 2, p. 58-77, 2018.
DELEUZE, Gilles. O atual e o virtual. In: ALLIEZ, Éric. Deleuze filosofia virtual. São Paulo: Ed. 34, 1996. p. 47-57.
DELEUZE, Gilles. Crítica e clínica. São Paulo: Ed. 34, 1997.
DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1976.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Kafka: por uma literatura menor. Rio de Janeiro: Imago, 1977.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia, volume 1. São Paulo: Ed. 34, 1995.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. O que é a filosofia? São Paulo: Ed. 34, 1992.
DERRIDA, Jacques. A farmácia de Platão. São Paulo: Iluminuras, 2005.
DERRIDA, Jacques. Gramatologia. São Paulo: Perspectiva, 2013.
DERRIDA, Jacques. Papel-máquina. São Paulo: Estação Liberdade, 2004.
FRANCHETTO, Bruna. Brasil de muitas línguas. In: CASSIN, Bárbara (coord.). Dicionários dos intraduzíveis: um vocabulário das filosofias. Belo Horizonte: Autêntica, 2018. p. 77-100.
FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. Rio de Janeiro: Record, 1990.
GARCÍA MÁRQUEZ, Gabriel. Cem anos de solidão. Rio de Janeiro: Record, 2006.
GELL, Alfred. Arte e agência. São Paulo: Ubu, 2018.
GOODY, Jack. A domesticação da mente selvagem. Rio de Janeiro: Vozes, 2012.
GOW, Peter. A geometria do corpo. In: NOVAES, Adauto (org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009.
KOPENAWA, David; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. Campinas: Papirus, 1989.
MACEDO, Silvia Lopes da Silva. Xamanizando a escrita: aspectos comunicativos da escrita ameríndia. Mana, v. 15, n. 2, p. 509-528, 2009.
MATOS, Olgária. Walter Benjamin: a citação como esperança. Revista Semear, v. 6, 2002.
MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Lisboa: Antígona, 2014.
MENEZES, Vinícios Souza de. A mulher como informe: uma maculatura desclassificada na tipografia do informar. Liinc em Revista, [s. l.], v. 14, n. 2, p. 136-151, 2018.
RACIONAIS MC’S. Sobrevivendo no Inferno. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.
SEEGER, Anthony; DA MATTA, Roberto; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A construção da pessoa nas sociedades indígenas brasileiras. Boletim do Museu Nacional, [s. l.], n. 32, p. 2-19, 1979.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. Walter Benjamin e os sistemas de escritura. In: SELIGMANN-SILVA, Márcio. O local da diferença: ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução. São Paulo: Editora 34, 2005. p. 181-211.
SEVERI, Carlo. Il percorso e la voce. Un’antropologia della memoria. Torino: Einaudi, 2004.
SILVA, Márcia Regina; MOSTAFA, Solange Puntel. A documentalidade das citações bibliográficas. Filosofia e Educação, [s. l.], v. 5, n. 2, 2013.
SIMAS, Luiz Antonio; RUFINO, Luiz. Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro: Mórula, 2018.
STRATHERN, Marylin. O efeito etnográfico e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
TAYLOR, Anne-Christine. L’americanisme tropical: une frontière fossile de l’ethnologie? In: RUPP-EISENREICH, B. (org.). Histoires de l’anthropologie: XVI-XIX siècles. Paris: Klinksieck, 1984. p. 213-33.
WITTGENSTEIN, Ludwig. Gramática filosófica. São Paulo: Ed. Loyola, 2010.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2019 Vinícios Souza de Menezes

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
Los autores mantienen los derechos autorales y ceden a la Revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que admite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoria.
Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales en forma separada, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta Revista, como para publicar en repositorio institucional, con reconocimiento de autoria y publicación inicial en esta Revista.
Los artículos son de acceso abierto y gratuitos. Según la licencia, usted debe dar crédito de manera adecuada, brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios. No puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otras a hacer cualquier uso permitido por la licencia.