Fatores que interferem no (não) credenciamento de pesquisadores em programas de pós-graduação: um estudo nas universidades públicas em Goiás

Autores

  • Itala Moreira Alves Universidade Federal de Goiás
  • João de Melo Maricato Universidade Federal de Goiás
  • Dalton Lopes Martins Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.19132/1808-5245211.150-172

Palavras-chave:

Pós-graduação. Docente. Comportamento organizacional. Goiás. Universidades públicas.

Resumo

Programas de pós-graduação stricto sensu são importantes para a formação de pesquisadores, para a produção e difusão de conhecimentos e desenvolvimento de tecnologias. Este trabalho visa levantar fatores que levam pesquisadores a se credenciarem (ou não) em programas dessa natureza, mesmo reunindo certas condições para tal. A metodologia utilizada consistiu na aplicação de um questionário a 578 docentes das instituições públicas de ensino superior do Estado de Goiás (UFG, UEG, IFGoiano e IFGoiás) que possuíam ao menos um artigo científico publicado nos últimos 5 anos (2009 à 2014). Ao total, 122 docentes (21%) responderam os questionários. Observou-se que 94% dos entrevistados têm interesse em participar de programas de pós-graduação stricto sensu. Os fatores organizacionais são os que mais influenciam os pesquisadores a não se credenciar em programas de pós-graduação, no entanto, os fatores relacionados ao trabalho, à organização a ao pessoal combinados entre si parecem exercer influência nesta decisão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Itala Moreira Alves, Universidade Federal de Goiás

Especialista em Avaliação de Ambientes Informacionais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Bibliotecária no Instituto Federal de Goiás (IFG).

João de Melo Maricato, Universidade Federal de Goiás

Doutor em Ciência da Informação Pela Universidade de São Paulo (USP). Professor na Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás (FIC/UFG).

Dalton Lopes Martins, Universidade Federal de Goiás

Doutor em Ciência da Informação Pela Universidade de São Paulo (USP). Professor na Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás (FIC/UFG).

Referências

BALBACHEVSKY, E. A pós-graduação no Brasil: novos desafios para uma política bem-sucedida. In: BROCK. C.; SCHWARTZMAN, S. Os desafios da educação no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. p. 275-304.

BERGAMINI, C. W. Psicologia aplicada à administração de empresas: psicologia do comportamento organizacional. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 197 p.

BRASIL. Portaria nº 1, de 4 de janeiro de 2012, Define, para efeitos da avaliação, realizada pela CAPES, a atuação nos programas e cursos de pós-graduação das diferentes categorias de docentes. Diário oficial da União, [Brasília, DF], n.4, p. 27, 5 jan., 2012.

BRASIL. Portaria nº 193, de 4 de outubro de 2011, Fixa normas e procedimentos para a apresentação e avaliação de propostas de cursos novos de mestrado e doutorado. Diário Oficial da União, [Brasília, DF], n. 200, p. 14. 18 out., 2011. Seção 1.

CABRAL NETO, A.; CASTRO, A. M. D. A. A expansão da pós-graduação em cenários de globalização: recortes da situação brasileira. Inter-Ação, Goiânia, v. 38, n. 2, p. 339-362, mai./ago. 2013.

CAPES. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/>. Acesso em: maio 2014.

CASSANDRE, M. P. A saúde de docentes de pós-graduação em universidades públicas: os danos causados pelas imposições do processo avaliativo. Revista Mal-estar e Subjetividade, Fortaleza, v.11, n.2, p. 779-816, jun. 2011.

DANTAS, F. Responsabilidade social e pós-graduação no Brasil: ideias para (avali)ação. RBPG, v. 1, n. 2, p. 141-159, nov. 2004.

GATTI, B. et al. Documento: o modelo de avaliação da CAPES. Revista Brasileira de Educação, n. 22, jan./abr. 2003.

GEOCAPES dados estatísticos. Disponível em: <<http://geocapes.capes.gov.br/geocapesds/#>>. Acesso em: 15 set. 2013.

HORTALE, V. A. Modelo de avaliação CAPES: desejável e necessário, porém, incompleto. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 6, n.19, p.1837-1840, nov./dez. 2003.

LUZ, M. T. Prometeu acorrentado: análise sociológica da categoria produtividade e as condições atuais da vida acadêmica. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 1, n.15, p.39- 57, 2005.

MACCARI, E. A.; LIMA, M. C; RICCIO, E. L. Uso do sistema de avaliação da CAPES por programas de pós-graduação em administração no Brasil. Revista de Ciências da Administração, v. 11, n. 25, set/dez 2009, p. 68-96.

MACHADO, M. L. et al. Uma análise da satisfação e da motivação dos docentes no ensino superior Português. Revista Lusófona de Educação, 17, p. 167-181, 2011.

MORO, A. B. et al. Fatores motivacionais e higiênicos considerados relevantes na visão dos docentes e discentes de programas de pós-graduação de uma instituição publica federal. Sociais e Humanas, Santa Maria, v. 26, n. 03, set/dez 2013, p. 608-621.

RIZZATTI, G. Categorias de análise de clima organizacional em universidades federais brasileiras. 2002. 307 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.

SGUISSARDI, V. A avaliação defensiva no “modelo CAPES de avaliação” - É possível conciliar avaliação educativa com processos de regulação e controle do Estado?. Perspectiva, Florianópolis, v. 14, n. 1, jan./jun. 2006, p. 49-88.

SILVA, A. L. Pós-graduação e CAPES. Rev. Col. Bras. Cir., v. 34, n.6, p. 360, nov./dez. 2007.

SIMÕES, T. M. S. E. Gerenciando a qualidade da formação na pós-graduação: um estudo de caso no MBA de gerência empresarial e negócios. Taubaté: Universidade de Taubaté, 2003.

Downloads

Publicado

2015-05-08

Como Citar

ALVES, I. M.; MARICATO, J. de M.; MARTINS, D. L. Fatores que interferem no (não) credenciamento de pesquisadores em programas de pós-graduação: um estudo nas universidades públicas em Goiás. Em Questão, Porto Alegre, v. 21, n. 1, p. 150–172, 2015. DOI: 10.19132/1808-5245211.150-172. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/50145. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)