PERFIL DE SAÚDE MENTAL DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS EM SAÚDE DO ESTADO DE MATO GROSSO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.54909/sp.v7i1.128620Palavras-chave:
Saúde Mental, Estudantes, Internato e Residência, Educação de Pós-graduação, COVID-19Resumo
O avanço da pandemia de COVID-19 afetou diretamente a saúde mental das populações, especialmente entre pós-graduandos da área da saúde, que vivenciaram a prática profissional e a pós-graduação durante este período. A pesquisa teve como objetivo conhecer o perfil da saúde mental de residentes de um programa de pós-graduação lato sensu do Estado Mato Grosso, durante a pandemia de COVID-19. Trata-se de estudo descritivo, transversal e de caráter quantitativo, com pós-graduandos a nível lato sensu da área da saúde vinculados aos programas de residência multiprofissional de Mato Grosso. A coleta de dados se deu por meio da aplicação online de questionário sociodemográfico e da Escala Transversal de Sintomas de Nível 1 – Autoaplicável do DSM-5. Os dados foram codificados pelo programa Minitab19®, importados para o software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 26.0. Participaram deste estudo 25 alunos, predominantemente do sexo feminino, com idade entre 18 a 29 anos, raça/cor negra, renda
familiar entre 3 e 4 salários mínimos e sem companheiro(a), 76% não possuíam problemas de saúde, 72% realizavam atividades físicas frequentemente, 36% apresentavam sobrepeso ou obesidade e 72% relataram percepção de piora da saúde. Quanto à saúde mental, 56% apresentaram sintomas somáticos, 52% depressão, raiva e ansiedade, seguidos de 44% pelo funcionamento da personalidade, 40% de uso de substâncias, 36% distúrbio do sono, 32% dissociação e mania, 28% pensamentos e comportamentos repetitivos, 24% memória, 16% psicose e, em menor frequência, 12% ideação suicida. O agravamento da saúde mental pode estar relacionado ao fato desses alunos vivenciarem uma dicotomia, seja por estarem frente a frente com o desconhecido da pandemia no atendimento à comunidade, seja pela adaptação ao ensino remoto. Torna-se fundamental conhecer esse cenário para o planejamento de ações que possam mitigar consequências negativas desse momento pandêmico.
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