A (re)construção de si no cinema: aspectos autobiográficos em Amarcord, de Federico Fellini
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583201947.39-53Palabras clave:
Amarcord. Análise fílmica. Escrita de si. Federico Fellini. Romance autobiográfico.Resumen
Os estudos de narrativas autobiográficas – ou escritas de si –, como apontam autores como Arfuch, encontraram grande fonte de análise na literatura. O presente artigo procura traçar um panorama geral desses aspectos autobiográficos no cinema, tendo por objeto o filme Amarcord, do diretor italiano Federico Fellini. Aliando elementos de análise fílmica (às considerações de Philippe Lejeune sobre narrativas autobiográficas, verificamos que Amarcord se situa em uma fronteira entre rememoração e criação que, além de apontar para o potencial (res)significador do cinema, mimetiza a natureza coletiva e potencialmente contraditória da realidade. Acreditamos que o filme se utiliza de recursos do romance autobiográfico para tratar de questões como a (re)construção do eu, o anuviamento dos limites entre o ficcional e o real e a impossibilidade de composição totalmente individual dos sujeitos.
Descargas
Citas
AMARCORD. Direção: Federico Fellini. Itália: Vides Cinematografica, 1973. 1 DVD (124 min), color.
ARFUCH, Leonor. O espaço biográfico: dilemas da subjetividade contemporânea. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2010.
AUMONT, Jacques; MARIE, Michel. A análise do filme como narrativa. In: AUMONT, Jacques; MARIE, Michel. A análise do filme. Lisboa: Texto & Grafia, 2010.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
DAHLET, Véronique Braun. Pessoa referência e identidade na escrita de si. Itinerários, Araraquara, v. 1, n. 40, p. 15-28, jan./jun. 2015.
FELLINI, Federico. Fellini por Fellini. Madri: Fundamentos, 1998.
FELLINI, Federico. Dream as reality: an interview with Fellini. Entrevistador: Bert Cardullo. [S. l.]: State University of New York, 27 Aug. 2013. Entrevista concedida a Diary of a screenwriter: notes on writing for film.
FRANCO JÚNIOR, Arnaldo. Operadores de leitura da narrativa. In: BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (org.). Teoria da Literatura, abordagens históricas e tendências contemporâneas. Maringá: Eduem, 2003. p. 33-56.
GOMES, Kathleen. Crítica: Ainda se recorda de. Público, [s.l.], 14 ago. 2003. Cultura-Ípsilon. Disponível em: https://www.publico.pt/2003/08/14/culturaipsilon/critica/ainda-se-recorda-de--1652264. Acesso em: 04 fev. 2019.
IAPECHINO, Mari Noeli Kiehl; GOMES, Valéria Severina. As cidades nas escritas da cidade: identidade, memória e autoria. Raído, Dourados, v. 1, n. 2, p. 57-74, jun. 2007.
LEJEUNE, Philippe. El pacto autobiográfico y otros estudios: la autobiografia. Madrid: Megazul-Endymion, 1994.
LINS, Osman. Espaço romanesco: conceito e possibilidades. In: LINS, Osman. Lima Barreto e o espaço romanesco. São Paulo: Ática, 1976. p. 62-123.
PALOMO, Miguel Ángel. ‘Amarcord’, los recuerdos de Fellini alimentan una película magistral. El País, [s.l.], 26 agosto 2015. Televisión: ¿qué hay que ver hoy en la tele?
PAVÃO. In: CHEVALIER, Jean (org.). Diccionario de los símbolos. Barcelona: Herder, 1986.
REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina. Dicionário de teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1988.
REZENDE, Antonio Paulo. Amarcord: conversas com a vida. Historiar, Sobral, v. 7, n. 12, p. 8-19, jun. 2015.
ROSENFELD, Anatol. Literatura e personagem. In: CANDIDO, Antonio et al. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 2002.
SENRA, Marcia. A cidade moderna: história, memória e literatura – Paris, Belo Horizonte. Univap, São José dos Campos, v. 17, n. 29, p. 62-79, ago. 2011.
STIERLE, Karlheinz. Que significa a recepção dos textos ficcionais? In: LIMA, Luiz Costa (org.). A literatura e o leitor: textos de estética da recepção. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
VELASCO, Tiago Monteiro. Escritas de si contemporâneas: uma discussão conceitual. In: CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC, 14., 2015, Belém. Anais [...]. Belém: Ufpa, 2015. p. 1-12.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2019 Marcelo de Lima, Luiz Antonio Mousinho

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en esta Revista pertenecen a los autores, y los derechos de la primera publicación están garantizados para la revista. Por estar publicados en una revista de acceso libre, los artículos son de uso gratuito, con la atribución apropiada, en las actividades educativas y no comerciales.
La revista utiliza la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY-NC 4.0), que permite el intercambio de trabajo con el reconocimiento de la autoría.
Autoarchivo (política de repositorios): se permite a los autores depositar todas las versiones de sus trabajos en repositorios institucionales o temáticos, sin período de embargo. Se solicita, siempre que sea posible, que se agregue la referencia bibliográfica completa de la versión publicada en Intexto (incluido el enlace DOI) al texto archivado.
Intexto no cobra ninguna tarifa por el procesamiento de artículos (article processing charge).