Sigilo na atenção em DST/AIDS: do consultório aos processos organizacionais

Autores

  • Renata Bellenzani Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
  • Rúbia de Fátima Mendes Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-152X.31535

Palavras-chave:

HIV/AIDS, Sigilo, Privacidade, Cuidado em Saúde, Humanização

Resumo

O sigilo integra o cuidado em saúde para proteger as pessoas com HIV/Aids, ou “sob suspeita”, do estigma/discriminação. A partir de observações etnográficas buscou-se compreender sentidos e práticas envolvendo sigilo e privacidade em um serviço especializado em DST/Aids, num município pequeno, no Estado de Mato Grosso do Sul. A análise, de cunho construcionista social, de episódios e conversações evidenciou a valorização do sigilo no plano discursivo, mas em razão de limites tênues entre privacidade e sociabilidade em municípios interioranos “quebras de sigilo” eram práticas sociais naturalizadas, não intencionais, tampouco reconhecidas como falhas técnicas/éticas. A análise revelou que fluxos e processos de trabalho violavam a privacidade de usuários. O sentido de manter sigilo, era, predominantemente, o de não revelar a soropositividade dos pacientes; não se associava aos modos de organização do trabalho. Acreditamos que ao problematizarem os sentidos e implicações locais de suas práticas, as equipes podem construir novas práticas e realidades institucionais adensadas pelos referenciais do Cuidado, Humanização e Atenção Psicossocial

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Biografia do Autor

Renata Bellenzani, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Docente da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa do CNPq/USP: NEPAIDS/USP (Núcleo de Estudos para Prevenção da Aids).

Rúbia de Fátima Mendes, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Acadêmica de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

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Publicado

2012-08-16

Como Citar

Bellenzani, R., & Mendes, R. de F. (2012). Sigilo na atenção em DST/AIDS: do consultório aos processos organizacionais. Revista Polis E Psique, 1(3), 140. https://doi.org/10.22456/2238-152X.31535

Edição

Seção

Artigos