Entre Família e Nação: a filiação naturalizada

Autores

  • Éric Fassin École Normale Supérieure / IRIS-EHESS, Paris, França

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-152X.31524

Palavras-chave:

Família, Imigração, Nação, Racialização

Resumo

Na França, o debate sobre as uniões de casais do mesmo sexo foi mais centrado na filiação – ao mesmo tempo naturalizada e sacralizada – do que no casamento, como foi o caso dos Estados Unidos. A filiação não é mais definida pelo casamento, mas em termos biológicos. Nós podemos certamente compreender este fato como uma reação contrária às novas reivindicações relativas ao “casamento gay”, mas também como parte dos debates sobre a nacionalidade francesa, no contexto das políticas anti-imigração. De fato, a filiação pertence tanto ao direito de família como ao direito de nacionalidade, intersecção crucial nos casamentos binacionais. Além disso, a diferença legal entre as famílias francesas e estrangeiras é cada vez mais definida em termos biológicos a partir de um “DNA francês”, contribuindo assim para uma racialização da nação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Éric Fassin, École Normale Supérieure / IRIS-EHESS, Paris, França

Sociólogo, Professor agrégé da École Normale Supérieure- Paris, Pesquisador do IRIS-EHESS-Paris. Endereço: Ecole normale supérieure, Département de sciences sociales, 48 boulevard Jourdan 75014 Paris – França.

Downloads

Publicado

2012-08-16

Como Citar

Fassin, Éric. (2012). Entre Família e Nação: a filiação naturalizada. Revista Polis E Psique, 1(3), 06. https://doi.org/10.22456/2238-152X.31524

Edição

Seção

Artigos